20. She gonna kill me mom!

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Horas depois que Zayn saiu o sono não parecia tão bom como pensei que seria, acabei acordando no meio da noite, eu estava com uma cólica insuportável e o bebê não parava de mexer, eu pensei que era mais um incomodo ou fome, mas minha opinião mudou quando senti o liquido escorrer pelas minhas pernas, e eu instintivamente gritei a minha mãe, que chegou correndo no meu quarto.

- Você tá bem? O que houve? – ela perguntou e eu alisava a barriga esperando aquela dor passar.

- Mamãe a bolsa estourou – falei e ela arregalou os olhos em minha direção, me sentei encostando a cabeça na cabeceira e respirei fundo.

- Eu vou me trocar pra te levar ao hospital, cronometre as contrações que eu já volto – ela falou e sem me deixar responder saiu do quarto, peguei o celular mas não tinha foco para ficar olhando o relógio.

Fiquei esperando até que minha mãe aparecesse, eu queria chorar de medo e preocupação, minha sorte era que as contrações ainda não eram próximas, porque eu não sabia o que fazer caso minha filha resolvesse nascer dentro de casa, e eu não sabia se conseguia dar a luz sem Zayn ao meu lado, e eu precisava dele ali. Minha mãe voltou com uma bolsa e pegou as minhas, veio até mim e me deu apoio para levantar, ela parecia bastante preocupada e era horrível ver ela assim.

- Mãe liga pro Zayn, ele não pode viajar – pedi e ela acariciou minhas costas.

- Ele não vai, vou ligar no caminho agora fica tranquila e se concentra pra dar tudo certo – ela disse e eu assenti me agarrando ao corrimão da escada.

Nós fomos para o carro e eu fiquei no banco de trás, pouco depois que eu sentei mais uma contração veio e daquela vez eu chorei como um bebê, eu só queria que passasse logo, eu não queria ficar o dia todo assim.

Minha mãe dirigia até a maternidade, eu estava aflita e suando frio, o caminho nunca tinha ficado tão agoniante e distante, por um segundo preferia deixar minha filha dentro de mim do que passar por tudo aquilo. Pedi para que ela ligasse mais uma vez, e mesmo dirigindo ela ligou.

- Onde você está? Sim, está tudo bem... não, não ela está bem... você precisa ir a maternidade... Perrie está prestes a dar a luz... ela não parou de me pedir pra te ligar, ela precisa de você! Ótimo, tudo bem. Até e pode deixar – ouvi minha mãe falar ao telefone e suspirei.

- O que ele disse? – perguntei.

- Ele está no aeroporto e vai dar um jeito de ir para lá o mais rápido, ele ficou bastante preocupado – ela disse, deu um aperto só de pensar que ele estaria largando uma reunião importante por nossa causa, me senti egoísta por ter ligado, mas por outro lado era a filha dele, e não seria justo passar por isso sozinha.

Chegamos no hospital e minha mãe pegou uma cadeira de rodas pra mim, eu me sentei e ela foi procurar minha médica, ainda bem que ela estava de plantão aquela noite e não demorou para me atender. Me levaram para a sala de parto e me trocaram, a maca não era o lugar mais confortável, mas a doutora disse que era pra facilitar as coisas e eu deixei por isso mesmo.

Por volta de uma hora eu fiquei reclamando de fome e sede, a médica estava me acompanhando e eu estava ficando irritada com minha mãe repetindo que ia ficar tudo bem, a médica perguntando da dor e Zayn que não tinha aparecido, e eu queria picar ele em mil pedacinhos, se ele tinha embarcado naquele voo ele podia dizer adeus a família dele.

O dia estava amanhecendo e as contrações estavam vindo de vinte em vinte minutos, e durante o intervalo continuava uma cólica horrível, e eu estava inchada de tanto suar e chorar, as enfermeiras diziam que era pra eu manter a calma, e eu me arrependi de não ter escolhido a cesariana. Um dos momentos que eu mais chorei foi quando Zayn apareceu na porta, faltavam uns cinco minutos para outra contração mas eu esqueci da dor quando ele me abraçou forte, tudo ficou melhor com ele ali, comigo.

Battlefield: The Happiness [Zerrie]Onde histórias criam vida. Descubra agora