No quarto

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- O que está fazendo aqui?

- Que péssima maneira de me receber, Clarissa. Aliás, pode continuar o que ia fazer, eu não me importo de continuar aqui.

- ah, cala a boca! - Ela falou. Foi até a porta e a trancou. Não queria que a mãe desse de cara com Jace, principalmente pelo fato dele estar no quarto dela.

- Vim conversar. Apenas conversar. Missão de paz. - Ele falou levando as mãos ao alto, em sinal de rendição.

Clary suspirou. Então percebeu que ele estava deitado em sua cama, todo a vontade.

- Pode dizer, Jace. - Ela falou, enfim sentando na ponta de sua cama, cansada de ficar em pé, mas ao mesmo tempo com os batimentos cardíacos acelerados por estar tão próxima de Jace.

- Eu quero conversar com você. Não achei justo ter me dispensado, na verdade nunca fui dispensado via SMS por uma.garota...

- Nem cara a cara?

- Nem cara a cara. Você foi a primeira.

Clary ficou calada. Ela não estava nem um pouco confortável ao lado de Jace. Ele era a única pessoa até então que tinha o poder de fazer seu coração acelerar.

- O que quer, Jace? Eu já te falei. Minha mae não gosta de você, não quer que eu o encontre, achei que tivesse entendido isso.

- Eu entendi. - Ele falou se aproximando mais da garota. - Agora não entendi se é isso que você quer. Se é isso que você sente. Que tem que ficar longe de mim porque sua mãe quer que você fique. E sua opinião? E o que você sente, não importa?

Clary paralisou sua respiração. Ele estava tão próximo dela, que ela conseguia sentir o suave cheiro do shampoo que ele usava.

- Porque resiste? Porque não assume o que sente por mim?

Porque... Eu não sei porque.. É muito intenso o que sinto por você, mas não sei se você sente p mesmo - Clary pensava nisso, mas não ousou falar.

- Por que eu tenho medo. Não me interrompa. - Ela pediu ao vê-lo mexer a boca. - Porque eu nunca senti isso antes. Porque eu sei como isso vai acabar, vou dizer que acho que estou apaixonada por você e depois você vai me largar e me deixar como uma garota largada, e eu vou .... - Mas ela não pôde completar seu pensamento, porque logo Jace estava com os lábios colados nos dela.

Ela sentia borboletas em seu estomago, uma sensação da qual sentira muita falta nos últimos dias. Quando se separaram, eles se olharam intensamente.

- Você acha que eu faria o que fiz por uma garota se eu não estivesse a fim mesmo? Nenhuma garota mexeu comigo como você, Clary. Nenhuma.

Aquelas palavras saiam como sussurros para Clary. Ela mal conseguia desviar seu olhar dos dele. Pareciam hipnotizados.

- Eu não quero me magoar, voce não entende, Jace?

- Eu não vou magoar você. Longe de mim te ver machucada, Clary. Eu.. Eu não sei que poder você tem, mas desde que te vi naquela boate, você não saiu nenhum minuto da minha cabeça.

- E nem da minha. - ela falou sorrindo.

- Ahá. Admitiu que gosta de mim. - Ele falou triunfante.

- se acha não é, garoto?

- Eu não. - ele deu um sorriso torto, e em seguida a beijou novamente.

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