13- Lucy

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--------------------------------------------------ADAM-------------------------------------------------------------------

Antes mesmo de fechar a porta ouvi o meu nome. Pareceu-me a Mel. Após pensar um pouco, reabri a porta e sorri-lhe.

-Chamas-te?- perguntei eu.

De repente, ela correu na minha direção e abraçou-me. Como ela é baixinha. Acho que o meu coração acelerou, nunca tive ninguém encostado assim a mim. Geralmente, as raparigas que abraço são as minhas familiares e, diga-se de passagem, são todas mais altas do que a Merlia. Excepto as gémeas, mas elas só têm oito anos e estão numa fase que não gostam de demonstrações de afeto.

-Obrigada- sussurrou ela, quase de forma inaudível. Apertou-me e, ao começar a largar-me, abracei-a. O meu corpo reagiu por impulso. Não queria que ela se separá-se de mim, suponho. Pousei a minha cabeça sobre a dela e disse-lhe que não tinha de se preocupar com nada. Ela largou-me e depois de se re-despedir, foi-se embora.

Fiquei parado na porta de entrada durante algum tempo e, quando me virei para entrar em casa, ouvi uns barulhos suspeitos vindos do arbusto e, ao olhar para o lado, vi os ramos do arbusto, um arbusto alto, encolherem terra adentro e deixarem a descoberto Lucy Naturali, de braços cruzados.

-Obrigada- disse ela a imitar a Mel, com uma vozinha deveras irritante e, virando-se para o lado esquerdo e olhando para baixo com uma voz grossa horrível respondeu a si mesma- De nada.

-Que momento tão romântico!- disse ela muito teatralmente num tom tão irónico que ia daqui à China e voltava, pelo caminho mais longo.

-O que é que tu queres?- disse-lhe eu.

-Isso são maneiras de falar comigo por ventura? A tua namorada querida e adorável?- disse ela encostando-se a mim e abraçando-me.

-Estou sem paciência. Fala.- avisei, empurrando-a pala longe de mim.

-Precisamos de falar.- a sua expressão tornou-se séria e eu convidei-a a entrar. Sentámos-nos no sofá e dei-lhe a palavra. Porém, no momento em que ela se preparava para falar, o meu pai e a minha mãe entraram em casa.

-Adam.- disse a minha mãe- onde está o menino?

-Estou na sala mãe. -disse eu, fazendo sinal a Lucy para não falar.

-AH Adam. O menino tem um trabalho a fazer.- disse ela entrando na sala.- Mas falamos sobre isso mais tarde.- disse ela ao ver Lucy. Ela é uma Deminius como nós mas por ser uma Naturali e nós uma Lumini, a minha mãe não gosta muito dela. Olhou para o relógio e fez uma longa pausa. - A menina quer jantar connosco?- pergunta ela ao fim de algum tempo. Eu queria tanto que disse-se "não". Mas, infelizmente, não foi isso que ela respondeu. Parece que ela fica para jantar. Não pode ser coisa boa...


Romance Proibido - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora