44- Amigas? Amigas!

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Quando acordei, ainda estava no quarto do Adam. A cama estava feita, o pijama dele em cima da cadeira. Comecei a ficar mesmo muito preocupada por achar que ele não tinha vindo a casa. Sentei-me, com os piores pensamentos possíveis, e comecei a chorar. De repente, o Adam sai da casa de banho, sem t-shirt, a secar o cabelo. Quando ele olhou para mim preocupado, eu lancei-me para cima dele, saltei-lhe para o colo e, mesmo que ele não me estivesse a segurar, eu agarrei-o com toda a força que consegui. Depois, levantei a cabeça do pescoço dele e olhei-o nos olhos.

- Peço tantas desculpas! -disse eu enquanto chorava. Já alguma vez disse que sou super dramática e muito chorona? Pois se não tinha dito, disse agora.

- Eu sei que foi pela farsa.- disse ele, com uma voz magoada.

- Não, não. Não por isso. Peço desculpa por ter sido à tua frente. Por ter sido como foi. Mas não vai ser nunca mais. -disse eu a abanar a cabeça de um lado para o outro.

- Mel...- ele disse, tentando afastar-me.

- Não. Não vai voltar a acontecer. - olhei para os olhos dele e beijei-o. Aquele calor que eu tinha sentido tanta falta. Que eu precisava. Aquela chama que se estava a apagar. Por mais estranho que pareça, em vez de sentir o calor do corpo dele, o calor que eu senti era todo meu, como se uma chama se tivesse descontrolado.

Ele andou comigo até à cama e, deitando-me beijou-me. Mesmo estando meio chateado comigo e possivelmente ressentido, ele precisava tanto de mim como eu dele. Escusado será dizer que em pouco tempo as nossas roupas estavam no chão e nós bem juntinhos a fazer coisas impróprias para menores de 18 anos.

Falámos sobre nós durante algum tempo e ele começou a brincar com a minha mão. Eu virei-me para ele e sussurrei:

- Ei. Queres namorar comigo? - devia parecer um tomate mas o sorriso dele foi a melhor coisa que eu podia ter recebido.

Ele abanou a a cabeça em forma de sim, muito lentamente e beijou-me.

- Não devia ser eu a perguntar isso ou assim?

- Isso é um conceito muito sobrestimado e além disso, não interessa muito desde que a resposta seja sim. E que estejamos juntos- disse eu aninhando-me nele.

- Nunca quis que isto tivesse acabado. - respondeu ele aninhando-se em mim.

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_ Lucy!- gritei eu, na escola, enquanto corria para ao pé dela.

_ O que é que tu queres? - perguntou ela com um ar de nojo super arrogante.

_ Para onde é que vocês estão a olhar suas molengas? - perguntei eu friamente às pseudo-Lucys que seguem a Lucy para todo o lado. - Eu vim lembrar-te de que temos trabalho. Hoje.

_ Sim, sim. À mesma hora? - perguntou ela.

_ Sim. Mas hoje estou sozinha em casa. É sexta então ninguém vem passar lá o fim de semana. Por acaso não queres ir lá passar o fim de semana para irmos fazendo o trabalho? - muito arriscado. Eu sei que ela pode nem responder sim mas nunca custou tentar.

_ Não me agrada nada essa ideia mas pode ser. Os meus pais vão ter o fim de semana cheio de reuniões e não me apetece ser a filhinha perfeita deles.

_ Até lá então. - dei mais um olhar enojado para as "amiguinhas" dela e fui-me embora. Saí da escola e mandei uma mensagem ao Adam a dizer que a Lucy ia passar o fim de semana à minha casa e então ele disse que ia passar o fim de semana a casa dos pais para evitar o risco de ser visto. Por falar nisso, nunca percebi porque é que ele mudou de casa. Então, resolvi perguntar-lhe. Ele respondeu-me que os pais não gostaram que ele fosse um Aliud então compraram-lhe aquela casa. Mas que quando ele quisesse podia ficar lá em casa, desde que não fosse muitas vezes e que não falasse com eles.

Romance Proibido - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora