Romance Proibido - Livro 1

21- Parque de Diversões

-----------------------------------------------ADAM-----------------------------------------------------------------

Quando acordei, ainda não conseguia acreditar que tinha ao meu lado um anjo. O fim de semana tem sido fantástico... ainda que aconteceu o que aconteceu entre mim e a Mel. Como é que aconteceu mesmo? Ah! Já me lembro. Na sala, a ver o filme, depois de ela se levantar e de eu me ter deitado no sofá, não esperei que ela se fosse deitar mesmo em cima de mim. Os nossos olhos encontraram-se e, do nada, ela beijou-me. Foi tão... inesperado! Ela baixou a cabeça e, ao ver os seus olhos a formarem lágrimas, levantei a cabeça dela e beijei-a antes que ela chorasse por causa do que tinha feito. Foi esse o momento. A partir daí, beijámo-nos novamente no dia seguinte de manhã, (por causa da chantagem que eu fiz, que só a largaria se ela me beijasse), ao sair do café onde bebemos chocolate quente, na cabine de fotos, depois das coisas lamechas que eu lhe disse e ontem antes de irmos dormir. Andamos de mão dada a toda a hora e dormimos juntos. Parece quase que estamos a namorar...

Parece quase um sonho. Acho que estou a amolecer. Um Deminius que se prese não sente isto... parece que eu não sou assim tão forte como isso... ela é a minha fraqueza.

Olhei para a Mel a dormir e, como estava tão pacífica, decidi nem a acordar. Ela surpreendeu-me tanto neste fim de semana e fez-me tão feliz que preciso de fazer o mesmo por ela.

Levantei-me o mais cuidadosamente possível e vi que eram quase 9 horas da manhã. Fui tomar o pequeno almoço e, apeteceu-me panquecas. Enquanto estava a pensar se iria ou não fazê-las, lembrei-me de que a Mel adora doces. Por isso, tive a ideia fantástica de fazer isso mesmo. Preparei as panquecas, fazendo uma pilha de umas quantas e, com compota de morango barrei muito generosamente a primeira e algumas no meio. Pus alguns frutos vermelhos como ela adora, e voilá!

Espero que ela goste porque, na verdade, deu um trabalhão a fazer e eu tive que me esforçar para não comer. Acompanhei com leite natural frio como ela gosta, pus tudo no tabuleiro e levei até ao quarto. Ela ainda estava meio a dormir. Chamei pelo seu nome e, quando ela olhou para mim, um sorriso cresceu em seus lábios.

------------------------------------------------------------MERLIA-----------------------------------------------

Acordei com o som de uma porta a bater. Foi muito leve mas o suficiente para eu perceber que estava sozinha naquela cama enorme, quentinha, no quarto do Adam. Ele tinha-se ido embora. Senti um pouco de frio sem o seu corpo para me aquecer. Sou friorenta... Mas tinha sono de mais para ligar ao assunto então voltei a dormir. Tenho um defeito enorme. Quando acordo de manhã antes da hora, não consigo voltar a adormecer normalmente. Fico assim num estado de zombie deitado até me decidir levantar. Por isso, a minha tentativa de dormir foi completamente fracassada!

Ouvi a porta a abrir e, muito suavemente Adam chamou o meu nome. Um cheiro fantástico invadiu o quarto. Deu-me cá uma fome... Olhei para ele e sorri. Quando reparei o que ele tinha trazido, sorri ainda mais.

-Bom dia dorminhoca.- disse ele com um sorriso lindo no rosto.- Dormiste bem?

-Bom dia Adam.-respondi. A minha visão estava a focar-se mas conseguia ver perfeitamente o tabuleiro com panquecas nas mãos dele.- O que é isto tudo?- perguntei, quase a babar-me.

-Pensei que irias gostar de um pequeno almoço diferente.- e esticou-me o tabuleiro para o colo enquanto eu me sentava na cama.- Por isso... espero que gostes!- fez uma pequena pausa enquanto falava.

-Ó meu Ang...-quase que dizia Angeli mas depois pensei e a cabei por parecer uma humana normal. Quase normal.- ...Deus! Isto parece tudo tão bom.

Olhei para ele enquanto falava. Devia parecer uma criança no Natal mas como eu adorava aquilo... Nunca tinha recebido o pequeno almoço na cama. Muito menos panquecas! Despertei logo, com uma vontade enorme de comer, que o meu estômago apoiou firmemente, rosnando.