16- As gémeas

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--------------------------------------------------------------MERLIA------------------------------------------------------------Acordei de manhã com o som do despertador, às 6:30. Nem me apercebi de ter adormecido. Tomei banho e vesti-me com o que encontrei no armário, com umas calças de ganga justas. Sou um bocado vaidosa, não o posso negar. No entanto, tenho o meu estilo e não ligo muito para o que os outros dizem ou se gostam ou não. Calcei as minhas Vans pretas, que condiziam com a minha camisola às riscas pretas e brancas e desci as escadas. A Nana já estava à minha espera para tomar o pequeno almoço, assim como Simon. Os meus pais já tinham saído.

-Bom dia Abelhinha.- disse a minha avó, sorrindo para mim.

-Bom dia Nana.- Só eu a chamava assim. Quando era pequena não conseguia dizer avó Natasha então só dizia avó Nana, até que encurtou para Nana. Como Simon cresceu comigo, sempre se habituou a ouvir "Nana" e acabou por também usar. A Sarah, a minha irmã mais nova, sempre ouviu a minha avó ser chamada de Nana e como tal sempre usou. Resumindo, a palavra "Nana" pegou por toda a família e até os meus pais a chamam assim.

-Aleluia! Até que enfim a preguiça em pessoa desceu as escadas! Vamos chegar tarde se não te despachares... Ainda é um caminho de 30 minutos não te esqueças.- refilou o Simon.

-Bom dia também para ti Senhor Refilão!- e depois fui até ele e dei-lhe um beijo na testa.

-Bom dia Lia- disse ele por fim, ao mesmo tempo que sorria.

Olhei para o relógio que marcava quase 7:30 da manhã. Tinha que me despachar. A escola começava às 8:15 e o caminho era de 30 minutos.

Fui ao frigorífico e tirei um iogurte simples que misturei com cereais e framboesas. O meu irmão pareceu completamente horrorizado. Eu não o percebo. É tão bom! Assim que acabei de comer, vesti o casaco preto e peguei na minha mochila, chaves, carteira e telemóvel e saímos de casa.

O caminho até à escola foi bastante pacífico e pareceu mais rápido do que realmente foi. Assim que chegámos à escola, o Simon deu-me um beijo na testa, desejou-me uma "boa escola" e correu até aos amigos, craques de desporto.

Caminhei até ao meu  cacifo e vi Anne e Peter aos beijos. Virei-me de costas mas foi tarde de mais porque assim que a Anne me viu gritou o meu nome e correu até mim e, quando me virei, saltou para cima de mim de forma que quase íamos as duas caindo no chão. 

-Bom dia!- gritou ela, cheia de felicidade.- Olha. Preciso do teu número de telemóvel porque ontem queria mandar-te uma mensagem e não tinha. Dás-mo? Dás?

-Ai Anne. Calma. Dou sim. Bom dia, primeiro que tudo. E sai de cima de mim por favor, se não vou cair!- disse eu, tentando equilibrar-me.- Está aqui o meu número, morada e nome do facebook. Toma.- disse eu dando-lhe um papel com as informações todas que ela queria. Achei que me iriam pedir por isso achei melhor ter uns quantos prontos.

-O que querias dizer na mensagem?- perguntei eu assim que ela saiu de cima de mim.

-Oh nada de mais. É que como estavas a fazer o trabalho com o "Mister Põe-O-Meu-Nome-No-Final-Se-Não-Quiseres-Não-Ponhas-Tanto-Me-Faz", queria saber como estava a correr e se ele estava a colaborar ou se estavas a fazer tudo sozinha. -disse ela enquanto fazia aspas com os dedos e uma voz engraçada enquanto imitava o Adam.

- Pois, o trabalho. Não fizemos- disse eu.

-Não fizeram? Porquê? Ele chateou-te e foste-te embora? Ele expulsou-te? Não te deixou entrar? Deu-te a morada errada? 

-Não, nada disso- interrompi-a antes que ela dissesse todas as hipóteses possíveis e imaginárias- Estávamos a fazer uma mini tour pela casa e como a casa estava muito quente acabei por desmaiar. Nem sou assim muito sensível ao calor mas a casa estava mesmo muito quente.- expliquei eu, dando ênfase à palavra muito.- Ele levou-me para o quarto dele e fiquei a dormir. Ele só me acordou quando já eram sete horas da noite e eu tive de ir para casa. Paciência. Fazemos noutro dia.- e sorri-lhe.

Romance Proibido - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora