Os raios de sol de setembro, penetram a minha janela iluminando o meu quarto.
Hoje será um grande dia. A grande viagem que me espera do Porto a Lisboa, a minha primeira faculdade. Estou a tirar o curso de gestão e o meu maior sonho era poder conclui-lo numa das melhores universidades do país.
"Teresa!" A voz da minha mãe ecoa pela casa. Não estou atrasada são apenas seis da manhã, mas tenho de me preparar para as três horas sentada no carro a passar por autoestradas e mais autoestradas.
Levanto-me preguiçosamente da cama e assim que os meus pés tocam no chão, um arrepio invade o meu corpo quente da manhã. Tomo um duche rápido e quando chego ao quarto, um vestido rosa e umas sabrinas pretas estão à minha espera em cima da cama. O meu cabelo loiro está devidamente alisado e é hora de descer as escadas.
O cheiro a café que está completamente instalado na cozinha vai direto do meu nariz para o meu cérebro.
"Bom dia..." Saludo assim que chego à beira da minha mãe. Ela é sempre tão antecipada e prepara-se para tudo. Uma coisa que eu herdei.
"Bom dia... tens tudo?" Pela milésima vez essta semana acento com a cabeça em concordância e levo a minha caneca ao lábios.
A minha mãe está vestida com uns jeans justos e uma blusa branca, os seus saltos altos deixam um barulho pela casa sossegada. Ela vê, revê e volta a rever a minha bagagem antes de a colocar no carro.
Os últimos ajustes e verificações e estamos prontas para seguir viagem em rumo ao meu futuro. Mantenho-me calada a maior parte da viagem, ouvindo apenas a minha mãe a resmungar com o trânsito e como eu me tenho de esforçar para conseguir o que quero. Uma mensagem chega à minha barra de notificações. O meu melhor amigo, Pedro Castro. *Então? Como vai isso? Já chegaste a Lisboa? *
O meu melhor amigo é o meu herói, sempre presente nis momentos mais difíceis da minha vida. Como à oito anos atrás, quando os meus país se separaram. Tinha apenas dez anos, e tudo começou com uma simples discussão entre os meus pais enquanto eu estava refugiada ni meu quarto. Já os tinha ouvido discutir, normalmente sobre as despesas mas naquela noite... foi diferente. Ouvi um som, perfeitamente inaudível desde que nasci pelo menos. O som de uma estalada. Saio do meu quarto e vejo a minh mãe a chorar com a cara muito vermelha e na tentativa de encontrar o meu pai e perguntar o que se tinha passado, uma tentativa falhada. Finalmente respondo *Sim estou bem. Inda não cheguei. Depois ligo.*
Uma placa enorme assinala a seguinte escritura "Lisboa", o que é um bom sinal pelo menos.
Um grande edifício passa diante dos meus olhos e apercebo-me de imediato que é a universidade. A minha mãe informa que o meu apartamento não fica muito longe daqui. E ela está certa, apenas umas ruas e chegamos à minha casa. No exterior do edifício, está o senhor da imobiliária à nossa espera suponho.
O parque de estacionamento está vazio e assim que desligamos o carro andamos rápido para encontrar o Sr. António.
"Bom dia." Comprimento educadamente e a minha mãe faz o mesmo com um aperto de mão.
"Tenho a informar que este apartamento estará disponível para si, e para uma nova habitante." Habitante? Ele continua "A menina Teresa irá, se assim o entender repartir este apartamento com outra rapariga."
"Mas porquê?" Os nervos são notáveis na cara da minha mãe.
"Bem, quando nós alugamos este apartamento à senhora, não tínhamos o conhecimento de que já estava alugado, e quando descobrimos pensamos que as duas poderiam repartir o mesmo..." A minha mãe está furiosa, completamente.
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Ás Vezes - D.A.M.A (Concluída)
Fanfiction"Ás vezes quando tudo parece dar errado, acontecem coisas boas na nossa vida que não teriam acontecido se tudo tivesse dado certo" Uma estudante universitária (Teresa) conhece um rapaz (Miguel Cristovinho). Vinda do Porto para Lisboa estudar gestão...
