POV Teresa
Um dos homens aproxima-se de mim e eu reconheço instantaneamente as suas feições do rosto. Ele está tão diferente... e no entanto melhor desde a última vez que o vi.
"Teresa... és tu? Filha és mesmo tu?" Ele pergunta os meus olhos piscam para ter a certeza de que não é um sonho. O meu pai, aquele homem que se divorciou da minha mãe e me deixou está aqui, à minha frente. Agarro o pulso do Miguel para me manter firme ao chão e ele percebe a minha aflição colocando uma das suas mãos livres no meu ombro. As mãos do meu pai, envolvem os meus braços e leva-me para o seu peito num abraço apertado. Sem pensar em mais nada ponho as minhas mãos no seu peito e empurro-o para trás.
"Larga-me!" Grito para ele e agarro na minha mala que se encontra no sofá. "Volto aqui mais tarde." Informo o diretor e saio o mais rápido possível daquele lugar e ando a passos largos até a um banco de jardim passos pesados seguem-me, mas ignoro.
Não consigo conter as lágrimas e estas escorrem pelas minhas bochechas. Atiro a minha mala para o chão em sinal de frustação e os livros espalham-se pelo chão pontapés são despejados em cima deles.
"Foda-se! Caralho!" Grito bem alto. "Ahhhhh!" Umas grandes mãos puxam-me pela cintura e sentam-me no banco. Quem eu precisava de ver agora, está mesmo aqui, ao meu lado a pegar nos meus livros e a guardá-los na minha mochila, em seguida o meu Cristo, aliás quem dera que fosse meu, senta-se ao meu lado no banco. Pouso os meus cotovelos nos meus joelhos e meto a cabeça entre as mãos. Não quero nem saber como é que o meu "pai" está, verdade é uma e única aliás ele é que me deixou e ainda tem a lata de chegar à minha beira com um sorriso estampado na cara. E ainda mais... ele tinha uma aliança no dedo eu reparei quando me agarrou.
"Hey..." o ser que está ao meu lado chama. "O que aconteceu alí?" Devo contar-lhe tudo da minha vida? Ele nunca se abriu comigo, mas talvez se eu falar ele pode fazer o mesmo. Levanto a cabeça e olho para ele, uns soluços entre lágrimas caem da minha cara e os meus olhos encontram os seus. Quero que ele me beije outra vez, mas é impossível ele ler os meus pensamentos. O tal homem a quem eu devia chamar de pai aproximar-se de nós e o Miguel olha para mim.
"Podemos sair daqui? Por favor!" Peço desesperadamente, ele confirma e levantamo-nos do banco frio.
"Espera! Teresa!" O meu pai... o Luís chama por mim mas eu não volto para trás. Em vez disso, olho para o Miguel e faço uma expressão facial como quem pergunta o que devo fazer. Ele olha-me e dá um longo suspiro.
"Não sei... talvez seja melhor falares com ele." Ele sugere e eu paro o nosso contacto visual.
"Não agora." Ele responde com um "ok" e liga o carro. Aqui dentro cheira a Cristo. É um pouco estranho pronunciar o seu nome em certas ocasiões, mas eu gosto. Ele está indeciso para onde me levar e eu respondo aos seus olhos.
"Para o apartamento se faz favor." Ele está a tentar aliviar os meus nervos e começa por brincar.
"Para onde a senhora desejar." É melhor não revelar os meus pensamentos em voz alta, mas a minha resposta seria, Cristo leva-me ao céu. Um pouco constrangedor, talvez, então decido ouvir o meu subconsciente a rir sozinho e a bater palmas pela minha argumentação.
___________________Olá!!! Espero sinceramente que estejam a gostar. Por favor, não se esqueçam de votar e comentar é muito importante para mim.
Obrigado por lerem e bjs!
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Ás Vezes - D.A.M.A (Concluída)
Fanfic"Ás vezes quando tudo parece dar errado, acontecem coisas boas na nossa vida que não teriam acontecido se tudo tivesse dado certo" Uma estudante universitária (Teresa) conhece um rapaz (Miguel Cristovinho). Vinda do Porto para Lisboa estudar gestão...