Capítulo 19

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Tomo um duche rápido, ele apanhou-me de surpresa quando me convidou para jantar, coitado, estava todo engasgado. Com uma toalha embrulhada em torno do meu corpo ainda húmido, tento escolher um vestido, já que ele fez questão de eu usar um, vou usar o mais curto que tiver, simplesmente para o provocar. Tiro o vestido que comprei noutro dia na tiffosi, branco, de tecido leve e fino com pequenas flores vermelhas estampadas. Acho que ele vai gostar, pego nele e coloco em cima da cama. Ouço muitas risadas vindas da cozinha e a porta do meu quarto abre rapidamente sem eu ter tempo de raciocinar a minha toalha cai e um "Ai!" terrivelmente agudo solta-se e eu encolho-me puxando-a de novo para o meu corpo. Não sei quem está aqui dentro mas assim que paro para ver quem aqui está e pessoa fala.

"Tem calma! Sou só eu..." a Leonor fala um suspiro longo, cai dos meus lábios e recomponho-me voltando a colocar a toalha à minha volta.

"Pensava que era outra pessoa." Ela ri.

"Se calhar até querias que fosse, não?" O seu riso é contagiante.

"Ha-ha-ha que engraçadinha. O que querias?" Pergunto na tentativa de mudar de assunto.

"Queres que te ponha maquiagem?"

"Ok, mas eu não vou a um casamento, por isso nada de exageros." Dez minutos depois de maquiagem, vestir, calçar, pentear, e mais umas cem coisas entro ma secção da sala. Apenas vejo o Kasha sentado com o comando na mão a passar por todos os possíveis canais. Olho para a Leonor em sinal de emergência, pelo facto do meu príncipe encantado ter ido embora sem dizer nada, nem mesmo uma flecha com um bilhete espetada na parede.

"Não te preocupes, ele está lá em baixo à tua espera." A Leonor é uma querida.

"Obrigada." Suspiro e dou-lhe um abraço bem apertado.

Saio daquele apartamento e entro no elevador, marco o número zero, para me levar ao rés do chão saio apressada pela porta de vidro deste prédio um rapaz alto e forte entra ao mesmo tempo que eu saio e embate contra mim, fazendo-me cair, não propriamente no chão, pois uns braços grandes e fortes amparam a queda. O tal rapaz fica a olhar para mim.

"Estás a olhar para onde, meu?" O meu cristo salvador resmunga com o tal rapaz que parece ver a furiosidade do príncipe encantado que esperou cá fora com o seu cavalo branco e salvou-me da minha queda. Ele olha novamente para mim e pede desculpa entra no apartamento. Assim que me ponho realmente de pé, uma gargalhada sai da minha boca e ele parece confuso.

"O que é?" Ele pergunta agarrando a minha mala que ficou no chão e entrega-ma para a mão.

"Obrigado." Agradeço. "Começamos logo bem, risadas lá em cima, a minha queda cá em baixo, mais alguma coisa?"

"Porque é que me estás a perguntar a mim?"

"Cristo sabe tudo." Ainda me rio mais com a minha resposta e com a sua expressão facial.

Entramos no carro quente, com ar abafado, abro a janela para deixar o ar fresco de Outubro aclarar a minha mente e perceber que tenho um borracho ao meu lado para me levar a jantar. Os meus cabelos começam a esvoaçar em direção à cara dele e ele empurrava-os com delicadeza. A maior parte do caminho foi passado com ele a criticar a Leonor e o Kasha. Após virar-mos em algumas ruas paramos em frente a um edifício branco, muito chique de verdade, mas que elegância.

"Sou eu quem abro a porta. Vou ser cavalheiro para a donzela." Oh, mas que querido.

"Não é preciso, a sério."

"Mais uma palavra e levo-te a uma rolote de vender cachorros." Um sorriso está presente na sua cara e eu devolvo um igualmente.

Ás Vezes - D.A.M.A (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora