Capítulo 14

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Quinze minutos passam e nós ainda estamos sentados no sofá preto de pele encostado a uma parede branca lisa. A empregada está desconfortável com o tempo que o diretor está a demorar. O Miguel não para de dar comentários rudes sobre o diretor e o que ele está a fazer, faz com que o tempo passe mais depressa e com brincadeiras.

"Mas o que é que ele está a fazer?" Ele rudemente pergunta à pobre secretária.

"Não faço ideia. Ele deve de estar a chegar."

"Já disse isso à vinte minutos atrás. Ou lhe liga outra vez, ou então..." ele resmunga e eu corto-o.

"Miguel! Tu só vieste porque tu quiseste." Lembro-o.

POV Cristovinho

Estou a tentar não me fazer levantar e ir correr atrás do maldito diretor. Mas ele não tem mais nada que fazer, a não ser deixar as pessoas à espera? Por um lado eu não me importo estou a ter o privilégio de ter uma vista direta a um anjo. Se esta empregada de meia tigela não estivesse aqui, eu era capaz de lhe agarrar novamente naquela cintura e sabe-se lá fazer mais o quê. Mas é melhor não, ela ainda me dava outra estadala e eu não quero andar por aí com dedos marcados. Mas que ela está uma gata hoje, está! Os nervos estão depositados aos quilos no seu rosto perfeito. Decido acalmar as coisas e começo a gozar com o diretor a própria empregada ria-se com as provocações e a Teresa está com os olhos brilhantes e com um pouco de lágrimas de tanto rir. Vinte minutos após termos chegado aqui eu estava literalmente a enlouquecer, sempre é melhor estar aqui do que estar na miséria da aula de matemática.

Brincar com o diretor e com o que ele está a fazer, faz com que o tempo passe mais depressa e com brincadeiras.

"Mas o que é que ele está a fazer?" Viro-me para a secretária que está sentada de perna cruzada e com uma caneta entre os seus lábios.

"Não faço ideia. Deve estar a chegar." Mas ela está a brincar com a minha paciência?

"Já disse isso à vinte minutos atrás. Ou lhe liga outra vez, ou então..." a Teresa vira-se para mim e interrompe-me da minha forma rude.

"Miguel! Tu só vieste porque tu quiseste." Ela lembra-me, mas não me arrependo de ter vindo.

Ela põe as suas mini mãos com as unhas devidamente cortadas e uma cor branca, muito leve está sobre elas. Pouso uma das minhas mãos em cima das dela.

"Estás nervosa, outra vez?" Ela abana a cabeça a confirmar a minha pergunta e eu deito a cabeça para a almofada atras do meu pescoço, sem tirar a minha mão de cima da dela. Estão frias e suadas de nervos, adoro a Teresa agitada, não que eu a conheça à muito mas vou fazer os possíveis para a conhecer melhor. O meu primeiro plano é convidá-la para jantar, ou lanchar quando ocorrer o momento certo.

"Olhem, eles já chegaram." A empregada morena aponta para um homem de fato preto e gravata vermelha. Ele está acompanhado de outro homem que creio que seja um novo professor daqui. A Teresa olha-os com atenção antes da empregada falar novamente. "Sr. Manuel? Esta menina queria falar consigo." Mas que gente formal. Se fosse eu mandava-o foder-se por ter deixado uma dama à espera. O homem ao lado que não está de fato aproximar-se da Teresa.

"Teresa... és tu? Filha, és mesmo tu?" O quê!? Filha!? Mas ele não reconhece a própria filha?

Ás Vezes - D.A.M.A (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora