Quinze minutos passam e nós ainda estamos sentados no sofá preto de pele encostado a uma parede branca lisa. A empregada está desconfortável com o tempo que o diretor está a demorar. O Miguel não para de dar comentários rudes sobre o diretor e o que ele está a fazer, faz com que o tempo passe mais depressa e com brincadeiras.
"Mas o que é que ele está a fazer?" Ele rudemente pergunta à pobre secretária.
"Não faço ideia. Ele deve de estar a chegar."
"Já disse isso à vinte minutos atrás. Ou lhe liga outra vez, ou então..." ele resmunga e eu corto-o.
"Miguel! Tu só vieste porque tu quiseste." Lembro-o.
POV Cristovinho
Estou a tentar não me fazer levantar e ir correr atrás do maldito diretor. Mas ele não tem mais nada que fazer, a não ser deixar as pessoas à espera? Por um lado eu não me importo estou a ter o privilégio de ter uma vista direta a um anjo. Se esta empregada de meia tigela não estivesse aqui, eu era capaz de lhe agarrar novamente naquela cintura e sabe-se lá fazer mais o quê. Mas é melhor não, ela ainda me dava outra estadala e eu não quero andar por aí com dedos marcados. Mas que ela está uma gata hoje, está! Os nervos estão depositados aos quilos no seu rosto perfeito. Decido acalmar as coisas e começo a gozar com o diretor a própria empregada ria-se com as provocações e a Teresa está com os olhos brilhantes e com um pouco de lágrimas de tanto rir. Vinte minutos após termos chegado aqui eu estava literalmente a enlouquecer, sempre é melhor estar aqui do que estar na miséria da aula de matemática.
Brincar com o diretor e com o que ele está a fazer, faz com que o tempo passe mais depressa e com brincadeiras.
"Mas o que é que ele está a fazer?" Viro-me para a secretária que está sentada de perna cruzada e com uma caneta entre os seus lábios.
"Não faço ideia. Deve estar a chegar." Mas ela está a brincar com a minha paciência?
"Já disse isso à vinte minutos atrás. Ou lhe liga outra vez, ou então..." a Teresa vira-se para mim e interrompe-me da minha forma rude.
"Miguel! Tu só vieste porque tu quiseste." Ela lembra-me, mas não me arrependo de ter vindo.
Ela põe as suas mini mãos com as unhas devidamente cortadas e uma cor branca, muito leve está sobre elas. Pouso uma das minhas mãos em cima das dela.
"Estás nervosa, outra vez?" Ela abana a cabeça a confirmar a minha pergunta e eu deito a cabeça para a almofada atras do meu pescoço, sem tirar a minha mão de cima da dela. Estão frias e suadas de nervos, adoro a Teresa agitada, não que eu a conheça à muito mas vou fazer os possíveis para a conhecer melhor. O meu primeiro plano é convidá-la para jantar, ou lanchar quando ocorrer o momento certo.
"Olhem, eles já chegaram." A empregada morena aponta para um homem de fato preto e gravata vermelha. Ele está acompanhado de outro homem que creio que seja um novo professor daqui. A Teresa olha-os com atenção antes da empregada falar novamente. "Sr. Manuel? Esta menina queria falar consigo." Mas que gente formal. Se fosse eu mandava-o foder-se por ter deixado uma dama à espera. O homem ao lado que não está de fato aproximar-se da Teresa.
"Teresa... és tu? Filha, és mesmo tu?" O quê!? Filha!? Mas ele não reconhece a própria filha?
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Ás Vezes - D.A.M.A (Concluída)
Fanfic"Ás vezes quando tudo parece dar errado, acontecem coisas boas na nossa vida que não teriam acontecido se tudo tivesse dado certo" Uma estudante universitária (Teresa) conhece um rapaz (Miguel Cristovinho). Vinda do Porto para Lisboa estudar gestão...