Capítulo 64

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POV Teresa

A campainha toca impedindo a minha mãe de continuar a conversa e o número dois ficou a flutuar na minha mente. Duas? "Não uma, mas duas lindas meninas..." as palavras da minha mãe soam como melodia aos meus ouvidos. O que é que ela quis dizer com isso? O meu coração deus duas batidas em falso com a possiblidade de ter um irmão ou irmã.

- Terra chama Teresa! - dois dedos são estalados à minha frente e pisco várias vezes os olhos ao ver cinco pessoas bastante conhecidas enquanto me olham confusas. - Pareces uma morta viva, rapariga! Reage! - e desata-se a rir. Só a Tatiana mesmo.

- Desculpa... estava a pensar... - murmuro e deito-me contra o sofá suspirando profundamente.

- Vamos dar uma volta! - a Leonor senta-se ao meu lado e acaricia os meus cabelos.

- Não... - abro os olhos e vejo-os todos a fazer beicinho.

- Por favor... - a Tatiana sussurra. - Vamos lá cima Coi. - ela levanta-se rapidamente e agarra a mão dele.

- Podias ser mais discreta, eles não precisam de saber o que vamos fazer lá cima! - o Coimbra fala rindo e a Tatiana cora.

- Kasha vamos também! - a Leonor levanta-se a faz os mesmos gestos que a Tatiana.

- Ui, a quatro? - ele pergunta e ela resmunga qualquer coisa enquanto sobem as escadas. Restamos eu e o Miguel.

Os seus olhos observam-me atentamente e eu decido quebrar a perfuração de olhares fechando os meus olhos. Afinal como estamos? A minha vida está de pernas para o ar. O Cristo e o jantar estranho; a minha mãe ter sido violada; ter um pai desconhecido; e agora a história das "duas"... Posso comprar um cérebro novo? Assim deixavas de falar comigo! Ora aí está uma boa notícia! Sinto o sofá a afundar-se ao meu lado e sei, pelo perfume doce que é o Cristo. Ai Cris, o que tu nos fazes... espera... tu és gay Beckham? Não sei, com um deus como este aqui ao lado... acho que está na altura de me assumir! QUERO MUDAR DE SUBCONSCIENTE, RIGHT NOW!!!

- Então... - ele murmura.

- Então... - repito.

- O que se passa? - devo contar? Não.

- Não sei se deva... tu sabes, contar... - tremo de nervosismo. - É um assunto delicado e...

- Estás, indiretamente, a chamar-me gay? - ele pergunta de forma brincalhona e arregala os olhos fazendo-se de ofendido. Nego com a cabeça e rio levemente. - Então o que queres dizer com "delicado"? O meu deus! - ele faz uma voz esganiçada provocando uma gargalhada.

- Olha... como é que nós ficamos? - finalmente faço a pergunta que me estava a entupir a garganta.

- Normais. - ele responde firme.

- O que é para ti a normalidade? Não te estás a incluir neste termo pois não? É que, a normalidade não te atinge. - decido entrar na brincadeira.

- Olha quem fala! - ele amua. - A Tânia é que tem problemas de normalidade, não eu.

- Ela é Tatiana, e não Tânia. E aí está uma verdade. - sorrio.

- Acho que devíamos começar do zero. - ele murmura agora sério.

- Zero... - penso. - Acho que sim...

As suas mãos param no meu rosto e começa um beijo de leve. Quando dou por mim estou a ser levada escada acima para o meu quarto, visto que os outros bananas estão no de hóspedes. Sem nunca quebrar-mos o beijo sou deitada no colchão frio que faz contraste com a sua pele quente a passear pela minha barriga. O que posso eu dizer? Aconteceu, outra vez. Ele tem-me quando quer, como quer e onde quer. É impressionante a maneira como ele tem o pleno controlo em mim. E eu gosto disso. Adormecemos agarrados debaixo das cobertas agora aquecidas pelos nossos corpos.

- O MEU DEUS! - uma voz familiar guincha fazendo-me acordar.

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Hey! Double update! Palmas para mim! Ahahahah interromperam um o sono de beleza do nosso casal favorito kkkkk quem foi?? Palpites?? Até ao próximo.

LY4EVER KISS♥

Ás Vezes - D.A.M.A (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora