O carro liga-se e eu posso dizer que o Miguel fica um sexy do outro mundo a conduzir. O seu olhar atento na estrada faz com que cresça um vinco entre as suas sobrancelhas. Após algumas ruas eu apercebo-me de que ainda não concordei em ir para casa dele.
"Espera... eu ainda não disse que queria ir contigo para tua casa." Ele olha-me e levanta a sobrancelha e volta de novo o seu olhar para a estrada.
"Mas tu aqui não tens de decidir nada. Vais e acabou a conversa." Mas desde quando é que ele tem poder sobre mim?
"Não. Eu sou capaz de abrir a porta e saltar para fora do carro." Dito isto o som de um clic a trancar passa por todo o carro. "Isto é uma espécie de rapto, com o qual eu estou a concordar?"
"Neste caso aqui não à concordar ou deixar de concordar, vais e pronto!" Possessivo este rapaz. Há quem goste e não se queixe. Não sei quem... ora, eu diria alguém chamada Teresa Filipa Carneiro Sousa! Armério vai ver se está a chover em mim lá fora, porque agora tenho que rezar a "Cristo".
"A tua casa é muito longe? Estou farta de andar de carro." Reclamo, não é o caso de o carro ser confortável ou não, que por acaso é, mas é o facto de eu enjoar bastante nas curvas.
"Vai a pé." Ele dá uma gargalhada e eu faço beicinho. Ele já não está zangado, nem furioso como à bocado e eu agradeço internamente por isso.
"Mas tu trancas-te o carro, queres que eu saia por onde? Pela fechadura?" Quero ouvir novamente o seu riso, e lá está ele, rouco e alto a encher o carro todo. Mais uns metros e o carro é estacionado numa garagem completamente escura. Abro a porta e saio, não vejo nada e vou em busca do meu telemóvel na minha bolsa, mexo e remexo e finalmente o encontro. Ligo a luz e assuto-me terrivelmente quando vejo um rosto bem acima do meu a sorrir. Reviro os olhos e o seu sorriso expande-se por toda a sua cara. Um puxão da minha cintura e vou direta à sua boca, nada de língua, por agora, os seus lábios passam pelos meus como a pedir permissão para invadir a minha eu abro-a para ele e aí sim, as nossas línguas brincam o que faz como que um sorriso estúpido fique nos nossos rostos quando acabamos o nosso beijo.
Ele guia-me com os seus dedos entrelaçados nos meus por umas escadas e aqui já há luz, posso ver o seu rabo mesmo à minha frente, porra, porque é que ele é assim tão alto? Eu perco-me nesta visão. Ele olha para mim lá do alto e percebe o meu olhar, baixo a cara e sei que pareço um tomate, bem vermelho.
"Adoro quando coras." Boa! Ainda faz pior. Uma porta abre-se e deparo-me com uma enorme casa em tons de preto e branco o que é encantador, muito moderno sem dúvida. Vamos para o que eu aposto ser a sala de estar um grande sofá branco está em frente a uma televisão. Mas que coisa! Só a sala é quase o tamanho do meu apartamento.
"É linda a tua casa, adoro a decoração."
"Achas? Não está um pouco tudo no preto e branco?" Ele pergunta apontando para cada canto da casa.
"Não... o que vamos fazer?" Dou saltinhos até ele.
"O que é que tu queres fazer?" Ele está com um olhar maroto. "Eu pensei em vermos um filme, mas se queres mais ação, tudo bem." Para além de atraente tem de ser pervertido.
"Não." Reviro os olhos. "Um filme está bom." A sua mão grande agarra o meu pulso e sou levantada pela cintura até ao seu peito e os meus pés levantam-se do chão para torno da sua cintura assim que dou um grito com medo de cair.
Uma porta em vidro, que vai dar a um pequeno all de entrada e outra porta é aberta revelando o incrível quarto nos mesmos tons que o resto da casa. É maravilhosamente bem decorado, as janelas grandes em vidro permite uma vista deslumbrante de Lisboa noturna. Assim que sou posta no chão os meus pés fazem o caminho direto para a grande janela coloco uma mão no vidro como se pudesse tocar nas luzes que iluminam a estrada as luzes do quarto são apagadas o que facilita uma melhor visão e uma melhor perceção do que está diante dos meus olhos, sinto passos pesados atrás de mim e sei que é o meu príncipe.
"Maravilhoso, não é?" Ele questiona segurado o meu queixo, forçando-me a voltar o olhar para o seu lindo rosto agora iluminado, fazendo com que pareça ainda mais bonito que o normal.
"Sim, é lindo."
"Estás a referir-te a mim, ou à paisagem?" E pronto um momento sério que passa para uma risada.
"Da paisagem, claro." Encolho os ombros. Ele agarra o meu pescoço e deixa um beijo forte e apertado nos meus lábios, conduzido os nossos corpos para a cama. Caio e ele fica por cima de mim apoiado nos seus cotovelos.
"E agora o que é mais bonito?" Dou um sorriso e caio de novo na tentação de beijar docemente os seus lábios carnudos e atrativos.
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Ás Vezes - D.A.M.A (Concluída)
Fanfic"Ás vezes quando tudo parece dar errado, acontecem coisas boas na nossa vida que não teriam acontecido se tudo tivesse dado certo" Uma estudante universitária (Teresa) conhece um rapaz (Miguel Cristovinho). Vinda do Porto para Lisboa estudar gestão...