Capítulo 23

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Mas o que é que se está a passar aqui? Temos duas pessoas à nossa frente, o Miguel ficou irritado e pos-me irritada também. Será que por ele ver os amigos fica assim todo nervoso. Acho que não tem motivo para tal.

"Olá Teresa." O Miguel Coimbra comprimenta alegremente.

"Olá..." repondo. Ele está acompanhado por uma rapariga magra, mas muito bonita. Ela olha para o Cristo irritado, que nem à segundos atrás me estava a carregar ao colo como uma boneca.

"Olá Cristo como vai isso?" O que é que esta cabra se é assim que lhe posso chamar faz aqui? Ela continua o seu discurso com a sua voz finíssima e irritante. "Não tens saudades minhas, esta noite estou livre." Ela é uma espécie de prostituta? Não estou a perceber nada e olho para o Miguel ao meu lado pronto para lhe dar uma pancada. Força!

"Marta pira-te daqui." Ele resmunga. Algo se está a passar em frente aos meus olhos e não estou a conseguir raciocinar corretamente. Olho novamente para ele e faz um gesto que já tinha reparado antes, passar as mãos pelo cabelo.

"Se a tua amiga quiser vir até pode ser a quatro, oh... mas ela deve ser filha da mamã e só é capaz de foder na noite de núpcias, coitada deve ser cá uma..."

"Cala-te caralho!" Ele agora berra e eu estremeço.

"Marta já chega deixa-os." O Coimbra diz calmamente. "Queres ir tomar alguma coisa?" Ele está a falar comigo? Acho que sim.

"Não ela não quer, e nós já estamos de saída." O Miguel diz e agarra no meu pulso levando-me para o carro. Desde quando é que ele pode decidir por mim? Fodasse, a verdade também é uma eu não queria estar com uma puta que se atira ao Miguel. Eu já percebi que eles... mais do que uma vez, mas agora estou preocupada com o seu nervosismo à flor da pele.

Ele encosta-se ao carro e passa repetidamente a mão pelo cabelo, a sua respiração está rápida. Ponho a minha pequena mão no seu peito e esfrego lentamente para cima e para baixo para o tentar acalmar e parece resultar quando ele finalmente olha para mim. Dou um sorriso fraco, neste momento não tenho muita vontade de me rir. Um aperto dá-se na minha cintura e sem dar conta os seus lábios estão em volta dos meus um, outro, mais outro e perco a conta dos beijos e das vezes que as nossas línguas tocam desperadas. Uma hora depois estupida, nen dois minutos passaram ok... dois minutos depois estamos os dois ofegantes e deito a cabeça no seu peito que sobe e desde rápido por causa do que aconteceu. Outra vez. Mas desta, eu não fujo não lhe vou dar o desprezo e um estalo na cara e sair daqui a correr, porque eu gostei tanto os mais que ele.

"Desculpa aquilo dela..." levanto a cabeça do seu peito e coloco um dedo nos seus lábios.

"Shiu..." sussurro e assim que tiro a mão da sua boca ponho-me de bicos de pés e beijo-o novamente, com mais calma agora. Afasto-me gentilmente e ele sorri. Ele sorri! OMG!

"Anda vamos." Ele diz e leva-me à porta do passageiro.

"Onde vamos?" Pergunto assim que ele entra no carro.

"Para minha casa."

"Tua casa!? Mas eu tenho de ir para o apartamento, e amanhã é dia de aulas, e eu..." calo-me assim que a sua mão passa para a minha coxa mais uma vez hoje. Olho diretamente para ele e ele beija a ponta do meu nariz.

"Não te preocupes, ok? Tenho aqui as tuas cenas e os teus livros para amanhã." What the fuck?

"Como é que tu..."

"Eu cá tenho os meus métodos."

Ás Vezes - D.A.M.A (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora