Capítulo 36

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É sexta-feira, estou sentada na minha cama pronta para que a Leonor saia da casa de banho. Hoje recebi mensagens de toda a família a desejar os parabéns, pois é 18 anos, sou independente, pois a minha mãe não me paga o apartamento nem nada do que eu precise pois ao longo dos anos a minha mãe sempre me deu uma mesada generosa, eu não gastava quase nada e também recebia prendas de natal em dinheiro, todo esse dinheiro foi acumulado ao longo do tempo e mesmo antes de eu vir para aqui, também foi depositado outra grande quantia que a minha mãe me ofereceu para os meus estudos. Por isso, concluindo eu estou bem mas quero trabalhar em algo, acho a minha vida um pouco desocupada e então é como se fosse um entretenimento para o tempo passar.

"Já podes ir." A Leonor sai da casa de banho enrolada numa toalha. "Espero que estejas pronta para a tua festa de logo."

"O que é que vocês andam a tramar?" Ela, o Kasha, o Coimbra e o Miguel prepararam algo para mim, mas eu não sei o quê. E isso enerva-me. "Só uma pista." Faço beicinho exagerado.

"Muita diversão." Ela gargalhada. "Anda lá, vai tomar banho."

E lá vou eu para a casa de banho. Os meus pais disseram que vinham cá por volta das quatro da tarde darem-me a prenda de aniversário. Eu disse que não queria nada mas também não os posso obrigar a não me darem. Tiro a roupa e ligo o chuveiro, a água quente relaxa o meu corpo cansado da semana. Tive duas provas e estudei que me fartei, para o mês que vem é Natal e eu não posso estar mais alegre. É a minha época do ano que mais gosto. Desligo a água após ter esfregado o meu corpo e o meu cabelo. Enrolo uma toalha branca em volta do meu corpo e outro no cabelo para enxaguar a água. Imagens do Miguel a fazer uma trança com os meus fios de cabelo vem à cabeça e eu rio. Seco o meu cabelo ao máximo com a toalha e sigo para o quarto. A Leonor está sentada na cama com uma caixa na mão e eu pergunto o que ela quer com aquilo, por que ela não para de rir. Faço caminho para a gaveta da roupa interior mas ela manda-me parar.

"Não. Tens isto aqui para ti." Ela dá-me a caixa e continua a rir, como se tivesse piada.

"Qual é a piada? De quem é isto?" Ela não responde e senta-se na cama fazendo sinal com a cabeça para que abra. Sento-me ao lado dela e abro a caixa branca. Está uma folha dobrada eu abro e um pequeno texto está lá escrito.

Esta é apenas uma de muitas prendas que receberás hoje. Usa isto se faz favor, espero que gostes da cor, porque passei uma vergonha na loja...

P.s. logo quero ver como te fica amor.

O teu Cristo.

Pouso a carta na cama e vou tirando umas folhas de papel fino que está a cobrir... oh meu deus! Como é que ele sabia o meu tamanho!? Ok Teresa tem calma. Levanto no ar um sutiã branco de renda e uns boxers de senhora, também em renda. Arregalo os olhos a olhar para aquilo na minha mão e a minha colega de casa está a rir que nem doida por ver a minha reação. Ele acertou no tamanho em cheio e eu fico desconfiada como é que ele descobriu.

...

Os meus pais saíram agora do apartamento e eu estou tão, mas tão feliz com a prenda que recebi que eu era capaz de os abraçar para sempre. Dois bilhetes de avião para cinco dias em Londres. Os meus pais disseram para levar alguém especial comigo e eu nem vou pensar duas vezes em quem levar.

No meu corpo está uma saia larga e leve de cor verde água e tenho uma camisola branca justa por dentro da mesma. As minhas All Star brancas estão nos meus pés e tenho uma casaca de pele preta por causa do frio. São sete horas quando eu e a Leonor estamos a sair de casa.

"Pronta miúda? A festa vai começar!" E lá vamos nós para um destino indefinido na minha mente.

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Olá desajeitadas! Muito obrigado pelas mil leituras! Vocês nem sabem o que isso significa para mim! Estou tão feliz!!!
Muitos beijos :*

Ás Vezes - D.A.M.A (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora