Dediquei estes dois dias ao meu melhor amigo, que acabou por levar com os meus problemas em cima. Mas como ele é, animou-me ao máximo. Fomos jantar fora, e ao cinema foi o melhor fim-de-semana desde que aqui cheguei, mas também foi o que mais rápido passou. A sua companhia faz esquecer os problemas, mas quando a distração se vai... não há quem pare os problemas de voltarem, e com mais força. O Pedro insistiu para que eu fala-se novamente com a minha mãe, eu acabei por aceitar, no entanto, fui rude demais com ela. Assim o fiz, quando ele foi embora, marquei o número da minha mãe e tentei ter uma conversa calma com ela, uma conversa civilizada. À medida que ela ia falando eu sentia-me cada vez culpada de ter falado daquela maneira com ela.
O Miguel não se deu ao trabalho de me ligar, nem mandar mensagem, mas não sou eu que o vou fazer primeiro. Estou sentada na minha cama, com o computador no colo a melhorar o meu trabalho de gestão, os meus fones levam música aos meus ouvidos o que me faz de uma certa forma acalmar.
POV Cristovinho
Mais um fim-de-semana sem nada para fazer. Por acaso, até estive ocupado a pensar numa certa rapariga, nada de mais, apenas nos seus olhos verdes, cabelo loiro, lábios suaves e a pensar nisso acabei por escrever a letra de uma música que comecei assim que ela se cruzou comigo. Chama-se "Ás vezes" e retrata-nos por completo, quando não sei o que ela quer, ou quando não sei o que faço. Vejam só o que ela me faz: põe-me a pensar no seu corpo, põe-me a escrever letras a pensar em nós, agora por falar em nós. Temos alguma coisa? Ela nunca mais disse nada desde que a beijei.
São cinco da tarde de domingo e resisti a não lhe mandar mensagem ou ligar para ouvir a sua voz, pois sei que ela estava com o Pedro. Mas agora ela não está, pois não? Ou seja, "the champion" vai entrar em ação. Sr. Miguel Cristovinho, toca a ligar para um restaurante e marcar um jantar para dois. Ela não me pode fazer a desfeita de não ir, não... ela vai, quando lhe disser que já está tudo marcado. Marco o número de um restaurante chique, e reservo mesa.
Sigo para a casa de banho, e ligo a água quente, o mais quente possível. Dispo a minha roupa e entro na banheira.
"Au! Foda-se! Tão quente não!" Reclamo com a água, como se ela me pudesse ouvir. Esfrego o meu corpo e o meu cabelo, saio da água e embrulho uma toalha na cintura. Vou para o quarto e os nervos apuderam-se da minha mente assim que imagens dela a recusar o meu convite aparecem. Não Miguel! Ela não vai recusar! O meu lado positivo está a fazer uma dança de claque para me dar força. Umas calças pretas são atiradas para cima da cama e estou indeciso entre uma t-shirt ou uma camisa branca. O meu subconsciente lembra-me que ela irá gostar da camisa então visto-a desaperto os botões de cima deixando um pouco do meu peito à mostra. Seco o meu cabelo, que já não corto à algum tempo, passo apenas a minha mão por ele puxando-o para trás. Desta vez deixo as botas em casa e calço umas sapatilhas Nike Air completamente brancas fazem contraste com a camisa. Nunca me preparei tanto para um encontro como hoje. É dos nervos, só pode. Ligo o carro e o meu rádio, informa que já são seis horas.
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Ás Vezes - D.A.M.A (Concluída)
Fanfiction"Ás vezes quando tudo parece dar errado, acontecem coisas boas na nossa vida que não teriam acontecido se tudo tivesse dado certo" Uma estudante universitária (Teresa) conhece um rapaz (Miguel Cristovinho). Vinda do Porto para Lisboa estudar gestão...