Chapter Seventeen

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CARTER P.O.V 

Ele olha para a parede enquanto eu o olhava. Vejo seus punhos e mandíbulas carradas. "Eles me levaram para a prisão." Sua voz fica mais profunda, mas ele continua. "Eles fizeram alguns testes comigo, e pode se dizer que sou viciado em prostitutas e drogas." Um pequeno sorriso começa a surgir em seus lábios e deixo meu olhar desviar. "Agora." Ele sussurra, pegando meu queixo e levantando minha cabeça.

Ele se inclina para frente e não tenho escolha não ser olhar para seus olhos escuros que soltam faíscas. "Não fique triste, querida."

"Não estou fazendo beicinho." Murmuro, vergonha estampada em meu rosto. Eu estava realmente fazendo beicinho? De repente, ele ri e se inclina para mais perto, com nossos narizes quase se tocando.

"Espero que não tenho se esquecido da queimadura em sua mão." Suas sobrancelhas franzem quando ele agarra minha mão e toca a queimadura. Estremeço quando arde ligeiramente.

"Não esqueci." Sussurrei.

"Bom." Afirmou um pouco asperamente. "Agora, você não vai esquecer que é minha, certo?" De repente, ele rosna.

"N-não." Falo rápido gaguejando. Seu sorriso aparece mais uma vez, e estranhamente, ele se vira e começa a andar. Fico ali, minhas sobrancelhas franzidas em confusão e choque. A pequena chama de fogo na parede chama minha atenção. Ando para ficar perto dele, meus olhos piscam para o encontrar, mas ele consegue desaparecer.

Me ajoelho, olhando o fogo, que está começando a subir. Trás lágrimas aos meus olhos, o calor endurece meu rosto. Estendo a mão para toca-lo, querendo sentir a dor que poderia trazer a minha mão trêmula.

"Não toque nisso." Ouço um sussurro. "Você acha que ele vai gostar de ver uma garota morta que coloca a mão no fogo?"

"Faça." O tom diferente de voz me faz estremecer. Mas, onde o Harry foi? Já estou ficando louca e não faz cinco minutos que ele se afastou. "Acabe com sua vida e você vai poder ir embora. Você estará segura no céu com Deus. Ele irá te proteger contra aquele monstro horrível."

"Ele não é um monstro." Sussurro para mim mesma. Não importa se eu tente me convencer que ele não era um monstro, uma grande parte de mim insiste que ele é. Os olhos negros, a marca na minha mão, o prédio em chamas. Ele cria fogo, ele fica feliz em matar pessoas.

"Essa é a verdade, boneca." A voz irada diz. "Ele é um monstro diabólico."

"Não, não, não." Cerro meus dentes, olhando para o fogo como se ele estivesse criando as vozes.

"Vá em frente, e toque."

As pontas dos meus dedos queimam enquanto me movo para mais perto do fogo. De repente, meu braço começa a arder dolorosamente. Engulo em seco e tento apagar o fogo que sobre pelo meu braço.

"Socorro!" Grito com todos os meus pulmões, esperando que Harry ouça. Furiosamente, sacudo meu braço até que o fogo começa a se espalhar pelo meu peito. "Por favor." Grito, com pânico

"Ops." Eu ouço a mesma voz rir enquanto eu lutava. Não conseguia sentir meu braço, me sinto entorpecida. Recuo, tropeçando em meus pés.

"Harry!" Grito mais uma vez, o fogo queima meu corpo inteiro. Não iria conseguir aguentar com tanta dor. Pouco antes de sentir meus olhos se fecharem, o fogo desaparece. Me ouço gritar quando sinto meu corpo se movimentar cuidadosamente. Abro meus olhos um pouco pesados, atenta a meu peito que sangra.

Inclino a cabeça e vejo quem estava me segurando. Nós parecíamos estar em movimento, ou correndo, seu olho estava focado a nossa frente, mas ele olha para baixo em minha direção por apenas um segundo. Minha cabeça se move lentamente até não consegui-la mover com a dor fervente que sentia. Nós não estávamos no túnel, estávamos cercados por árvores.

Através da minha visão embaçada, posso ver algo azul. Luto para manter meus olhos abertos, ouvindo gritos baixos. Pensei que tudo estava acabado para mim, aos meus 19 anos de vida tinha chegado ao fim. Mas, o pensamento escorre para fora quando sinto como se meu corpo estivesse em uma banheira cheia de gelo. Meus olhos se abrem, meu corpo lateja de dor.

Meus olhos ardem e abro minha boca para respirar, apenas para receber água que enche meus pulmões. Algo me puxa para cima e eu desesperadamente engasgo com o ar, tossindo continuamente. Estava deitada em um pequeno rio, Harry estava sentado ao meu lado. Começo a chorar.

"Eu quase morri." Choro. "Eu não quero morrer, Harry." Digo a verdade para ele.

"Você não vai morrer." Ele sussurra, lentamente me tirando do rio. Ele me leva até uma grande árvore, colocando minhas costas contra o tronco. Balanço minha cabeça e olho para ele.

"Não sinto meus braços. Não estou sentindo nada." Sussurro, olhando para seus olhos negros. Meu queixo treme.

"Você vai ficar bem, prometo." Murmura, sentando ao meu lado. Ficamos em silêncio, e durante alguns minutos meu coração volta a bater de forma constante.

"Não estamos no túnel." Falo baixinho, meu corpo ainda está dolorido. Toda vez que eu me movo involuntariamente, uma onda de dor passa por mim.

"Sim." Ele suspira, passando as mãos pelo cabelo. "Você se sente melhor?" Ele pergunta.

"Mais ou menos." Murmuro, levantando o braço para ver minha mão vermelha e roxa.

"Isso é bom." Ele diz, mostrando um indício de desconforto quando ele se senta como uma tábua.

"Você está bem?" Pergunto a ele. Ele permanece em silêncio, deixo escapar um longo suspiro. "Harry-"

"Eu quero te beijar." Ele deixa escapar. Meus olhos se arregalam com suas palavras. Não era o que eu esperava ouvir. "Foda-se eu quero tanto te beijar, Carter."

"É... Demônios tem permissão para para b-beijar?" Pergunto, nervosa. Meu coração começa a bater mais rápido, mais uma vez. Seus punhos se apertam até ficarem brancos.

"Demônios tem permissão para ter sentimento?" Ele atira de volta, olhando para as árvores espalhadas a nossa frente.

"E-eu não sei." Sussurrei.

Ele vira a cabeça lentamente até olhar em minha direção. "Nem eu, apenas me deixe te beijar, caralho." Ele rosna antes de girar meu rosto com sua mão que contém sangue seco. Ele puxa meu rosto para mais perto e eu ignoro a dor. Antes que pudesse pensar em alguma coisa, ele cola seus lábios contra os meus, fazendo meus olhos se fecharem. Ouço o som de um galho caindo a nossa volta, mas só consigo me concentrar no fato de ele estar me beijando.

Ele desliza sua língua em minha boca, a movendo rapidamente. A dor volta quando sinto ele pressionar minhas costas no tronco da árvore, continuando a me beijar, até que sinto falta de ar. Me afasto, lentamente abrindo os olhos enquanto ele permanece com os seus fechados.

"Você sabe." Ele respira com dificuldade. "Aquele ditado dos contos de fadas de merda, que falam que um beijo quebra uma maldição."

"Sim." Franzo minhas sobrancelhas. "Você acredita?" Mantenho meu olhar quando ele abre seus olhos. Olho para seus olhos verdes, fico fascinada com a cor e com o fato de não serem mais escuros.

"Agora eu acredito."


Esta história não é minha, estou apenas traduzindo. Todos os créditos vão para Its_Totally_Makayla

deranged | harry styles ( PORTUGUÊS )Onde histórias criam vida. Descubra agora