Chapter Two

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CARTER P.O.V

Luto contra seu aperto, deixando escapar um gemido doloroso, logo ele começa a rosnar em meu ouvido.

"Seu pai e sua mãe não disseram para você não entrar nesse túnel?" Eu vacilo, seu aperto em minha cintura aumenta. Olho para a lanterna em minha mão, e uma idéia vem à mente. Começo a chutar e gritar, embora meus gritos sejam abafados por sua mão. "Se você continuar lutando, eu vou ter que te amarrar."

Meus olhos se arregalam e não posso evitar, mas tento me libertar de suas mãos. Levanto meu pé esquerdo o chutando, acertando-o na virilha. Ele se afasta, gemendo de dor assim me deixando escapar. Corro por onde entrei. Não olho para trás, pois certamente não ia ver nada neste túnel escuro.

Finalmente saio do túnel, vendo meus amigos que compartilham risos tortuosos. Empurro-os para longe e continuo correndo pela estrada de terra que leva até meu bairro. Com o vento atravessando meus cabelos e a adrenalina em minhas veias, estava perto de casa. Passando por algumas casas, noto que as luzes já estão apagadas e as pessoas já estavam em suas camas. Era meia-noite e eu também deveria estar na cama.

Tropeço chegando perto da minha casa, corro até a calçada, ficando sem fôlego. Não vejo nenhum carro na garagem, meus pais não estavam em casa ainda. Mas, não é meia-noite? Eles haviam saído para um leilão do trabalho da minha mãe. Ela disse que estaria de volta às onze horas, ou um pouquinho mais tarde.

Balanço a cabeça puxando uma chave reserva de meu bolso. Coloco-a no buraco e torço, abrindo a porta. Entro e rapidamente a fecho, inclinando minhas costas contra ela. Solto um grande suspiro, finalmente capaz de recuperar o fôlego. Meu coração ainda bate de forma irregular em meu peito enquanto subo os degraus para meu quarto.

Decido tomar um banho para deixar minha mente livre do que tinha acabado de acontecer. Pego uma toalha e meu pijama antes de entrar no banheiro. Fecho a porta e a tranco antes de entrar no chuveiro. Olho no espelho e meus olhos se arregalam e minha boca fica ligeiramente aberta. Isso não pode estar acontecendo.

Há uma grande marca de mão feita por sangue sobre minha boca que se espalha pelas minhas bochechas.

"Oh meu Deus." Sussurrei balançando minha cabeça e rapidamente pego uma toalha escura. Me sento no balcão e tento retirar o sangue do meu rosto. Com sucesso jogo a toalha no cesto de roupas. Tiro minha roupa e entro no chuveiro, deixando a água quente molhar meu corpo. Isso me relaxa.

Deixo meus pensamentos flutuarem enquanto lavo meu cabelo. Que tipo de amigos eu tenho? Idiotas. Eles se aproveitaram de mim porque eu sou um ano mais nova. E daí? Acho que eles foram longe demais essa vez. Não quero e nunca mais vou falar com eles, eles realmente me assustaram.

Aquele homem no túnel. Ele não parecia ser adulto. Ele parecia um pouco com o Ryder, mas sua voz era mais profunda. Prometo a mim mesma não voltar naquele túnel.

Suspiro e desligo a água, saindo e envolvendo a toalha em meu corpo. Me seco antes de vestir minha calça de moletom preta e uma blusa branca. Coloco as roupas sujas no cesto antes de sair do banheiro. Puxo minha camisola ao sentir arrepios subindo pela minha pele. Pego meu telefone na mesa e o desbloqueio.

Havia recebido uma mensagem da minha mãe há dez minutos. Clico nela e a leio.

Para: Carter, De: Mãe

Nós vamos chegar um pouco tarde. Seu pai comeu algo ruim e agora estamos no hospital, mas ele está bem. Fique tranquila e tranque as portas e as janelas antes de ir para a cama.

Franzi minhas sobrancelhas e revirei os olhos. Claro que ele comeu algo ruim. Ela sempre dá desculpas para que eles possam se divertir um pouco antes de voltar para casa. Como eu sei disso? Bem, um vez peguei eles no flagra, e vamos dizer que isso me magoou, sempre magoa.

deranged | harry styles ( PORTUGUÊS )Onde histórias criam vida. Descubra agora