Chapter Thirteen

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CARTER P.O.V

Olho para ele, meus olhos se arregalaram. Ele se afasta e continua me puxando para fora do edifício que foi consumido pelo fogo. Eu grito quando mais chamas aparecem. Fico ao seu lado, com medo de me queimar. Quando chegamos na escada de espiral, ele a verifica, vendo se não irá escorregar, enquanto fica para trás.

"Leve o tempo que precisar, Carter." Ele ri quando chegamos no pé da escada.

"Desculpa." Murmuro enquanto ele me leva para as portas.

"Não se preocupe em olhar para trás."

Eu tento, realmente eu tento. Mas, quero ver o estrago feito por ele. Olho por cima do meu ombro, vendo o edifício começar a entrar em um colapso. Engasgo e rapidamente desvio o olhar, não querendo olhar para trás.

"Eu avisei para não olhar."

Olho para a calçada, com medo de olhar para ele, eu posso ouvir as sirenes ao longe. A dor nas costas contínua latejando, mas a única coisa que podia pensar era nos enfermeiros pegando fogo no quarto do Harry. Sem saber o que estou fazendo, levanto a mão e bato em meu rosto, tentando obter algum sentido.

A cabeça de Harry vira em minha direção, com curiosidade. "Você acabou de se bater?" Ele questiona, com seu lindo sotaque.

"Uhh, n-não." Gaguejo, perguntando porque me dei um tapa, que na verdade, não ajudou em nada.

"Está mentindo." Afirma, soltando meu pulso para coçar a cabeça com as duas mãos. "Porra, meu cabelo." Ele murmura.

"O quê?"

"Tá coçando como o inferno."

Olho para suas mãos, questionando por que ele coçava furiosamente seu couro cabeludo. Noto o vermelho ao redor da ponta de seus dedos e imediatamente aviso ele sobre isso.

"Uh... Harry. Eu acho que seu couro cabeludo está sangrando." Falo. Ele suspira e afasta suas mãos, limpando os dedos sangrentos em sua roupa azul que os pacientes usam como uniforme.

"Acontece algumas vezes." Ele balança a cabeça e zomba. Fico quieta, me familiarizando com o caminho.

"Será que realmente temos que voltar?" Sussurro, minha voz um pouco embargada.

"Nós não temos escolhas." Ele diz, com firmeza.

"Talvez pudéssemos encontrar um lugar? Apenas... Outro lugar, sem ser o túnel." Rapidamente sugiro.

"Nós não temos escolhas, caramba!" Ele grita. Franzo minhas sobrancelhas, as lágrimas borram minha visão.

"Então, quem faz nossas escolhas?" Eu sussurro.

"Você realmente quer que eu responda isso?"

"N-não. Apenas esquece." Respondo, enxugando as lágrimas. E, na minha visão, de longe, posso ver o túnel escuro. "Não posso." Sussurro, parando no caminho.

"Vamos." Ele sussurra, agarrando meu pulso e me puxa na direção do túnel. Quando nos aproximamos, tomo algumas respirações profundas, na esperança de me acalmar. Ele dá um passo para dentro, olhando de volta para mim. Hesitando, dou um passo e o sigo através da familiar escuridão. Este túnel me da arrepios em comparação com o prédio que Harry queimou drasticamente.

"O que foi aquilo?" Sussurro, quando ouço um barulho em minha direita.

"Um rato." Ele simplesmente declara.

"Como pode ter certeza?" Questionei.

"Eu posso ver." Ele diz. Queria continuar questionando quando fica tudo escuro, mas percebo que tem a ver com seus olhos negros, tal como o demônio. "Você pensa demais."

"Eu não." Falo em um tom defensivo.

"Ou isso ou você fica com medo facilmente, porque eu posso sentir seu medo."

"Estamos em um túnel, cercado pela escuridão, quando quem sabe o que pode estar do meu lado. Me desculpa por ficar com medo." Disse sarcasticamente.

"O que eu disse sobre as palavras que saem de sua boca." Ele alerta e eu reviro os olhos. "Eu vi isso." Murmura.

"Talvez era pra você ter visto mesmo." Murmuro de volta.

"Não brinque comigo, Carter. Você não quer brincar com um cara como eu."

Fico quieta, me perguntando com na Terra eu iria me dar bem com ele. Quero dizer, eu quero, é apenas o fato de que ele me assusta. Quando tudo fica em silêncio, um grito interrompe na minha esquerda. Alego que o som tenha vindo do Harry, esse som é assustador para meus ouvidos.

"Você está bem?" Questiono, me aproximando dele.

"Eles podem sentir meu sangue." Ele responde como se fosse doloroso falar. "O corte no meu peito abriu."

"V-você vai sangrar até a morte. Talvez devêssemos chamar ajuda?" Ele rapidamente responde.

"Não vou sangrar até a morte. Eu não posso." Ele me diz.

"Mas, você está perdendo sangue." Eu digo o óbvio. Sinto que estou falando com nada, apenas com a escuridão.

"É complicado explicar, ok?"

"Tudo bem." Suspiro. Mais uma vez, ele fica em silêncio e de repente Harry para de andar."Por que paramos?"

"Achei que você não quisesse ir mais longe. Estava errado?" Questiona.

"Não, não! Não vamos mais longe... Por favor." Rapidamente imploro. Ele ri e fica aonde está. "Aguardamos a morte, de novo?"

"Olha, você está pegando o jeito!" Ele exclama em voz alta, enquanto eu tento calá-lo. "O quê? Te assusta algo vir te pegar?"

"Tipo isso." Murmuro. A ansiedade começa a se formar e não ajuda quando o Harry solta meu pulso. "Harry?" Quando não obtenho resposta, começo realmente a pirar. Aceno com minhas mãos na minha frente, tentando ver se ele ainda estava ali. Não sinto nada, apenas ar frio.

"Harry, isso não é engraçado." Eu recuo até bater contra, o que parecia ser, a parede. "Você é muito confuso, você sabe disso!" Grito, não conseguindo manter a calma. Uma rajada de vento atinge meu rosto e isso me da coragem para continuar. "Eu não entendo você. Você é um mentiroso demoníaco, e isso me assusta!" Sinto a respiração de alguém em meu ouvido, e sei que era ele.

"Eu te assusto?" Ele rosna em meu ouvido.

Tremo e assinto. "Sim."

"Como assim?"

Não queria responder, com medo de lhe dar mais uma satisfação.

"Eu gosto quando assusto pessoas." Ele ri. "Posso sentir seu medo. E quando sinto seu medo, eu quero te matar. Me faça um favor, não vá por esse caminho. Você pode fazer isso por mim?"


Esta história não é minha, estou apenas traduzindo. Todos os créditos vão para Its_Totally_Makayla

deranged | harry styles ( PORTUGUÊS )Onde histórias criam vida. Descubra agora