Chapter Twelve

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CARTER P.O.V

Ele se levanta da cama, dando alguns passos para frente até se levantar sobre mim. A porta se abre de repente, me fazendo pular de susto. Os enfermeiros correm, imediatamente circulando Harry e eu.

"Se afaste da menina." Um enfermeiro exige, dando um passo para mais perto do Harry. Ele parecia ignorar o enfermeiro, seus olhos negros olhavam na direção da parede atrás de mim. Fiquei parada, sem se atrever a me mexer.

"O que pretende fazer se não me afastar?" Harry fala, seu sorriso começa a crescer. As enfermeiras e enfermeiros ficam em silêncio, com medo. "Acho que preciso ensinar duas coisas." Sua cabeça se vira para ele. "Primeiro de tudo." Ele começa, andando na direção deles, com indiferença. Eu fico quieta, observando o medo atravessar seus rostos. "Posso sentir o medo de vocês. Vocês estão enterrando seus próprios túmulos neste momento." Ele ri.

"Senhor, você precisa parar."

"Não disse que você podia falar porra!" A voz de Harry aumenta. "Ou seja, me escutem e façam o que eu digo, deem um passo sem eu mandar e vejam o que acontece."

Todos ficam em silêncio, não tendo ideia de como lidar com isso. Acho estranho o fato de deles serem treinados para isso e ainda sim ficam parados aqui.

"Harry." Eu começo, mas não consigo continuar porque meu corpo foi lançando no ar batendo na parede de pedra. Deslizo para baixo, uma dor se espalha pelo meu corpo quando solto um suspiro trêmulo. Tento me levantar, mas sinto como se algo invisível estivesse me pressionando para baixo.

"Ninguém está salvo." Ele afirma e se aproxima de mim. Se ajoelha, sua mão pousa em minha bochecha esquerda, enquanto olho em seus olhos negros. Estava respirando pesadamente e não conseguia controlar o pânico que estava recebendo. "Nem mesmo você, querida. Mas não se assuste ou vou te confundir com um deles."

Como não posso ter medo dele? Ele me olha de forma mais intimidadora do que antes. E quando se levanta, não posso deixar de seguir seus movimentos. Ele pega uma caixa de fósforo e meus olhos se arregalam.

"Fogo. Brinque com ele." Harry sorri, acende um fósforo e joga em uma das enfermeiras com uniforme branco. Todos gritam tentando parar o fogo, mas já estava queimando a pele dos enfermeiros. Eu consigo me mover, me arrasto para a porta, soluçando. Não quero ver o estrago causado. Sua gargalhada toca meus ouvidos e eu continuo dizendo para mim mesma não ter medo dele.

Chego na porta, que se fecha, não me deixando sair. "Por favor." Eu sussurro, lentamente me levanto para abrir a porta. Como antes, ela não abre.

"Eu disse que ninguém estava a salvo." Afirmou. "Vem aqui." Ele faz sinal para mim caminhar até ele. Hesitante, assim faço, e quando chego, ele me entrega a caixa de fósforos. "Acende um e jogue."

"Não." Balanço minha cabeça, com medo de olhar para ele.

"Sim."

"Não, Harry!" Elevei minha voz, finalmente olho para ele. Ele me disse para não ter medo dele, por isso estou tentando. Sinto um pouco de alívio quando ele pega a caixa das minhas mãos. A culpa surge no meu estômago, eu preciso sair daqui. "Harry, e se alguém nos encontrar? Nós podemos ir para a prisão." Disse calmamente, observando os enfermeiros. Olho para o chão, lágrimas ainda correm pelo meu rosto, isso parece tão surreal.

"Ninguém vai te pegar." Harry me tranquiliza em um tom irritado. "Basta correr. Corra e eu te sigo." Ele exige. Lentamente assinto com a cabeça e ele se afasta, puxando a porta quê finalmente se abre. Corro pelo corredor. Percorrendo corredores, tropeçando em uma escada em espiral. Continuo rapidamente antes de chegar na entrada.

Meus olhos vão até à mesa de segurança, onde estava um guarda. As palavras de Harry voltam em minha cabeça, o que me incentiva a correr atravessando o guarda e empurrando as portas, abrindo e indo para o exterior. Respiro o ar fresco, ouvindo o guarda me chamando. Continuo correndo pela calçada, não tenho nenhuma pista de onde estava indo. Olho para o hospício para ver o edifício em chamas.

Eu paro e vejo pessoas tentando salvar suas vidas, tento ver Harry, mas não o encontro. É como se a minha mente não estivesse trabalhando, corro de volta para o prédio. Subo as escadas e começo a gritar Harry pelos corredores vazios. Minha mente começa a repetir a palavra sair, mas meu corpo parece estar sob um feitiço sobrenatural.

Sinto a fumaça, tornando cada vez mais difícil de respirar. Por mais que queira sair, não posso. Algo estava sobre mim.

"Harry!" Chamo mais uma vez e vejo um quarto se iluminar pelo fogo. Olho para as chamas ardentes, o calor bate em meu rosto. O que me chama atenção é uma figura no meio do fogo. Assisto quando as chamas explodem de repente. O fogo de alguma forma desaparece.

"Eu disse pra você correr." A voz rosna.

"E-eu."

"Você me desobedeceu." Ele se vira, seu rosto ensanguentado me pega desprevenida.

"Harry, eu."

"Se salve, Carter." Ele estala, ele dá alguns passos até ficar diante de mim. O sangue escorria do alto de sua testa e tudo que queria fazer era correr, minhas pernas, infelizmente, não me permitem me mover.

"O que você realmente quer de mim?" Grito para ele, o medo destrói minha adrenalina, e mais uma vez, olho em seus olhos negros. "Você disse que eu era sua cura. Que você podia se livrar do túnel. Nós estamos fora do túnel, mas a olha agora para o que você se tornou." Disse em um sussurro. Espero por uma reação, eu mais espero, e o medo começa a me consumir.

Pulo com o toque de sua mão com a minha. Ele agarra a minha, causando uma sensação de queimação em meu corpo. Eu choro de dor, tento puxar minha mão da sua em chamas.

"Olha." Ele diz, soltando meu pulso para revelar uma longa cicatriz.

"I-isso não estava aqui antes." Disse.

"Sim, estava. Você simplesmente não conseguia ver, até agora." Ele ri alto.

"Como ela foi parar aqui?" Sussurro perguntando, franzindo minhas sobrancelhas em confusão quando olho para ele.

Mais uma vez ele dá uma risada alta. "A pedra, era o jeito do demônio marcar você."

"O quê você quer dizer com me marcar?"

"Basta eu ter tirado antes que ele fizesse alguma coisa." Ele sorri.

"Para onde estamos indo agora?" Olho para ele, curiosa.

"Para o túnel." Ele pega minha mão, mas desta vez, não queima minha pele e ele me arrasta pela porta. As chamas começam a subir atrás de nós, mas Harry não parece estar com pressa em se afastar.

"Você disse que tínhamos que sair do túnel, agora estamos voltando?" Grito para ele, e fazendo parar de repente. Engulo em seco quando ele se vira e me pressiona contra a parede.

"Que tal você fechar a boca e confiar em mim. Você pode fazer isso, querida?" Ele sussurra em meu ouvido.

"C-como confiar em um demônio?" Perguntei, deixando escapar algumas respirações trêmulas.

"Quando ele marca sua mão com essa cicatriz, é quando você começa a confiar em mim, querida." Ele ri maldosamente.


Esta história não é minha, estou apenas traduzindo. Todos os créditos vão para Its_Totally_Makayla

deranged | harry styles ( PORTUGUÊS )Onde histórias criam vida. Descubra agora