Chapter Twenty

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CARTER P.O.V

"Consigo ver a cidade." Murmuro depois que horas se passam.

"Vamos lá." Ele me puxa em direção à cidade sem falar uma palavra. Reconheço ser a pior parte da cidade. Quando nos aproximamos, podia ouvir vozes abafadas. Meu pés tocam o cimento frio, me fazendo tremer. A cada passo, as vozes ficam mais altas.

Harry me pera e olha para o beco, rapidamente me puxando para trás. Ele amaldiçoa sob sua respiração, me fazendo franzir as sobrancelhas em confusão. Queria ver quem era, mas sabia que não podia.

"Basta ter cuidado da próxima vez, certo?" Uma voz vem do beco. Não escuto a resposta, pois estava focada ouvindo os passos barulhentos. Esperamos até dois homens com uniforme de polícia entrarem em nossa visão. Seus olhares pousam em nós, esticando os pescoços.

"Vocês dois." O policial careca sussurra antes de rapidamente pegar sua arma e correr para pedir reforços. Sou puxada para atrás de Harry, então mal posso ver o que acontecia.

"Levante as mãos." O outro policial grita. "Pare de esconder a menina."

Fui puxada para frente pelo policial careca. Ele rapidamente me algema, com Harry rosnando e o olhando. Observo quando o outro oficial, se esforça para colocar as algemas em Harry.

"É só colocar a algema no maldito." O oficial careca fala para o outro, asperamente. Harry de repente se vira e encara o policial, rapidamente pega a arma do cinto do policial, se afastando, ele mira a arma para o oficial, antes de apontar para o outro.

"Isso foi muito fácil, caramba." Harry ri, sorrindo para os dois homens. "Sugiro que vocês soltem ela e eu não vou atirar."

O policial não tem escolha a não ser me soltar. Harry me agarra e me puxa minhas costas contra seu peito, antes de colocar o metal frio ao lado da minha cabeça.

"Entrem no carro antes que eu puxe o gatilho!" Ele grita com eles, me deixando nervosa. Eles lentamente vão em direção a viatura, abrindo a porta e suspirando de alívio quando mais sirenes são escutadas. O aperto de Harry aumenta, a segunda viatura para na rua.

"Larga a arma!" Outro policial exige, fazendo Harry rir. "Isso não é um jogo."

Harry se vira, todos os quatro policiais apontam armas para nós. Estremeço e me empurro para mais perto de Harry. "Vá em frente, atire em mim." Praticamente conseguia ouvir o sorriso em sua voz.

"Larga a arma, e solte a garota." O mesmo policial repete. Harry bufa e da um passo para trás, me forçando fazer o mesmo.

"Atura." Harry diz, sua voz soa dura. Foi quando um dos policiais chama mais reforços.

"Preciso que você se acalme e faça o que digo." O oficial diz, lentamente. Harry ignora o que ele disse e continua indo para trás. Mais duas viaturas da polícia aparecem, completamente nos cercando quando mais policiais saem das viaturas. "É melhor se render!"

"Tudo bem, tudo bem." Harry suspira em falta derrota e me solta, mas nunca solta a arma. Um policial da um passo em minha direção, tentando me puxar para longe de Harry quando um tiro ressoa de repente. O policial cai de joelhos, agarrando seu ombro. Fui puxada para trás quando outro tiro e disparado. Penso que Harry estava me segurando, mas quando olho para trás, percebo que era um policial.

Ele me leva para uma das viaturas enquanto olho na direção de Harry. "Harry!" Grito, olhando para o menino caído no chão sangrando. Luto contra os polícias, tentando correr de volta para Harry. Seus olhos ainda estavam abertos e ainda estava respirando quando agarra sua barriga. Antes que pudesse falar outra coisa, estava dentro de uma viatura.

Bato na janela com as mãos algemadas e grito para o policial me soltar. Posso ouvir outro barulho de sirene. O carro liga, começando a se movimentar, uma ambulância no caminho me pega desprevenida. Fico sentada, lágrimas escorrendo pelo meu rosto, me perguntando se Harry estava bem. Não tinha ideia para onde estava indo, ou o que eles iam fazer comigo. Só queria saber se Harry estava bem.

[...]


"Eu já disse, ele não me machucou." Digo quando afundo na cadeira, agradecida por eles terem me dado roupas limpas e uma chance de tomar banho.

"Você não precisa ter medo, Carter. Ele está atrás das grades." O homem sentado do outro lado da mesa fala calmamente. Ele me incomoda.

"Não tenho medo dele!" Quase grito quando ele se encolhe em seu assento. "Ele só me protegeu."

"E por que ele estava protegendo você?" Ele franze as sobrancelhas anotando algo em seu bloco de notas. Dou de ombros, não querendo revelar nosso segredo. Ele suspira e tira o óculos do rosto antes de esfregar os olhos. "Você está livre para sair, Srta. Hill." Ele suspira, olhando para mim quando meu rosto se ilumina. Me levanto e caminho até a porta, olhando para ele.

"Você sabe por quanto tempo ele vai ficar preso?" Perguntei. Ele olha por cima do ombro e sacode a cabeça.

"Ele não teve o julgamento ainda. Mas tenho certeza que ficará por um bom tempo, querida." Ele ri. Olho para ele e me viro para sair da sala. Enquanto caminhava pelo corredor, não conseguia pensar o que eu iria fazer quando saísse do posto policial. Tudo que conseguia pensar era no que estavam fazendo com Harry, ou que ele estava fazendo. Balanço minha cabeça e viro no corredor, dando uma parada súbita por ver meus pais conversando com um policial.

Continuo parada quando eles olham em minha direção. "Carter!" Minha mãe grita, correndo até mim e me puxa em um abraço apertado.

"Mãe." Murmuro, tentando colocar meus braços em volta dela, mas seu aperto era muito forte.

"Meu amor! Nós estávamos tão preocupados!" Ela divaga com meu pai caminhando até nós com um sorriso feliz. Lhe dou um pequeno sorriso, minha mãe finalmente me solta de seu aperto. "Vamos voltar para casa." Ela sorri entre lágrimas, agarrando meu rosto enquanto olha para mim. Ela pega minha mão e me arrasta para fora do prédio antes de meu pai dar um adeus ao policial.

Sento no carro, e tento me distrair para não pensar em Harry. Ele era tudo que via nesse momento. Eu estava livre, ele não estava, essa verdade acabava comigo.

"Ei, vamos." A voz da minha mãe me tirou dos meus pensamentos. A porta do carro estava aberta e já tínhamos chegados em casa. Dou um passo lento para fora e olho para minha casa, como se nunca estivesse aqui antes. "Faz muito tempo." Minha mãe funga atrás de mim. Concordo e caminhamos até a calçada.

Quando entramos em casa, nunca pensei que poderia ser aconchegante como costumava ser. Ele apenas sempre volta em minhas memórias. "Você quer tirar uma soneca? Você parece cansada. Talvez possamos fazer algo divertido amanhã!" Minha mãe sugere. Olho para ela e aceno com o mesmo sorriso de antes. Ela me puxa para um abraço antes de ir para meu quarto.

Fecho a porta assim que a escuto falar que ia preparar minha sobremesa favorita. Me sento na cama desfeita, e percebo que estava exatamente do mesmo jeito da noite que Harry veio me buscar.

"Carter! Carter!" Minha mãe chama do pé da escada.

"Sim?" Respondi, suspirando e abrindo a porta. Olho para fora e ela fala:

"O homem da televisão." Ela faz sinal para que eu desça. Assim que faço, nós vamos até a sala de estar. Meus olhos pousam na TV, uma foto atual do Harry está na tela enquanto um repórter fala sobre ele com a voz monótona. "Ele parece não estar bem." Minha mãe balança a cabeça, se referindo aos arranhões e marcas espalhadas por todo o rosto. Acho que ele vai ser o foco dos noticiários por semanas.

A sensação de frio não parece desaparecer. Fisicamente e mentalmente eu sinto falta.


Esta história não é minha, estou apenas traduzindo. Todos os créditos vão para Its_Totally_Makayla

deranged | harry styles ( PORTUGUÊS )Onde histórias criam vida. Descubra agora