Chapter Twenty Three

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CARTER P.O.V

"Por favor! Me deixe aqui." Murmurei enquanto me sentava na beirada da minha cama. Tinha estado o dia inteira deprimida, já que não abriria minha porta.

"Você não tomou café nem almoçou! Venha para baixo para jantar com a gente." Minha mãe pede. Eu ainda ignoro os gritos e batidas contínuas na porta. Logo os ruídos morrem, me dizendo que ela tinha desistido do meu comportamento rude. Outro dia de miséria e tristeza, nada de novo por aqui.

Com meu pijama folgado, não queria fazer nada além de chorar. Não sabia o que fazer neste momento. Não quero perdê-lo, realmente não quero. Disse a ele que o amava, e ele deve pensar que eu sou parcialmente louca. Todo esse tempo que estive com ele, não posso negar meus sentimentos quando ele me beijou.

Pulo com o som repentino de outra batida. "Carter, por favor, vem para fora." Minha mãe pede mais uma vez. Eu me sento, meu queixo começa a tremer. "Podemos conversar!"

"Não tenho nada para falar." Tento responder com uma voz monótona, mas eu falho. Eu lentamente me levanto da cama e caminho hesitante em direção à porta.

"Tenho certeza que a uma tonelada de pensamentos em sua mente. Você só precisa sair querida." Ela me tranquiliza. Abro minha porta e olho para ela.

"Não preciso conversar." Repito enquanto passo por minha mãe e desço as escadas. Meu plano era sair para uma caminhada, mas ela não ia deixar, não por muito tempo. Então, simplesmente me sento no sofá, pego o controle e ligo a televisão.

"Seu jantar está na geladeira." Minha mãe diz antes de caminhar até a sala de jantar para terminar sua refeição. Continuo olhando os canais, passo por um de futebol e deixo para ver quem irá jogar. Jogo o controle no sofá e puxo minhas pernas até meu peito, colocando meu queixo em cima do joelho direito. Fecho os olhos, e caio em algum estado de espírito.

Tudo em que pensava era em Harry. Imagens terríveis dele coberto de sangue passam pela minha cabeça, enviando um choque pelo meu corpo. Depois de um suspiro sair pelos meus lábios, me levanto para acalmar meu coração instável antes de olhar ao redor da sala de estar. Olho para a TV, franzindo as sobrancelhas com o que vejo. Eu não coloquei no canal de notícias, não faz nem cinco minutos que liguei a TV.

Quando o repórter fala, uma imagem aparece ao seu lado. Meus olhos se arregalam, meu queixo quase cai no chão. A manchete dizia: Fugitivo enlouquecido mantém a cidade em alerta. Não podia acreditar que a foto de Harry estava na TV. Ainda mais, fico surpresa, pelo fato de ter fugido da prisão sem ter sido pego.

Eu me sento, minha mente corre com tantos pensamentos. Como aconteceu? Onde ele está agora? Me deparo com essa pergunta, que rapidamente eu respondo.

"O túnel." Sussurro para mim mesma. Me levanto rapidamente, o que causa uma tontura. Quando ela desaparece, eu corro para a porta, sem me importar se estou descalça ou se estou com frio, precisava saber se ele está bem. Só rezo para não o encontrarem.

Ouço meus pais gritarem quando eu bato a porta da frente. Eu os ignoro e saio correndo pela calçada molhada pela chuva, indo em direção ao túnel. Ignoro os gritos dos meus pais do lado de fora. Meu pai tenta me seguir, mas eu já estava muito longe, já tinha entrado na estrada de cinza chapado.

Abrando e corro o resto do caminho. O túnel aparece em minha vista e praticamente consigo ouvir meu coração batendo em meu peito. Foi apenas por alguns segundos até encontrar Harry. Quando paro na frente do túnel, meus olhos vão para um objeto brilhante de prata. Sinto vontade de vomitar, e quase faço quando saio do túnel.

Caio no chão enquanto lágrimas correm pelo meu rosto. Mal conseguia manter meus olhos abertos, a dor era enorme. A dor não diminui ao pensar nele. Só com o pensamento, abro meus olhos e olho para dentro do túnel. Uma sensação estranha surge em meu estômago, subindo a cada minuto que continuava olhando para o túnel.

Me levanto lentamente, sem desviar meu olhar. Abro a boca e grito. "Harry!"

[...]

NARRADOR

Ele podia sentir que estava entrando em um estado de insanidade. O mesmo riso mau ecoa em seu ouvido enquanto ele lutava por oxigênio. Ele fecha os olhos com força, cerrando os punhos.

"Me deixe..." Ele faz uma pausa e respira fundo. "Ir." Ele parece intimidante, mas ainda há uma pequena medida de medo nele. A risada soa pelo túnel, enviando calafrios pelas costas de Harry.

"Fique. Para sempre." A voz vaia. A mandíbula de Harry aperta, e sente como se algo o tivesse levantando no ar.

"Não." Ele diz, inclinando a cabeça para traz sentindo a queimação da dor no peito. "Eu disse não!" Ele grita mais alto, não se importando se iria enraivecer-lo. Uma onda de choque eletrocuta seu corpo, fazendo seus músculos contraírem em mais dor. Veias pelos seu corpo estouram, seu rosto fica vermelho.

Ele estava mudando novamente, mas dessa vez para o bem. "Seu imbecil!" Harry grita no topo de seus pulmões, lutando, mesmo não podendo não se mover. Sua respiração estava rápida, o choque corria pelo seu corpo. "Você... Você vai ficar longe dela. Escuta bem isso!"

Ele ri e da um passo em direção a Harry. "Não falei que não faço promessas?"

Harry não tem energia para responder. O choque elétrico estava começando a cansar seu corpo, e logo, ele iria morrer. Mas, quando ele fecha os olhos, ele sente uma sensação familiar. Os cabelos de sua nuca ficam arrepiados. Ele parecia mais calmo do que antes.

Um olho permanecia no escuro, quase virando branco. Ele não conseguia saber o que tinha acontecido com o choque, nem como ele caiu no chão de concreto com o nariz sangrando. Ele ouvia a voz. Ele reconhece a familiar voz, é a voz que tinha ouvido nos dias anteriores. Uma onda de alívio flui pelo seu corpo e seus olhos voltam para o verde.

Mesmo estando fraco, ele luta para se levantar. Murmurando palavras e um nome para encoraja-lo. As veias em sua mão não desaparecem, ele se levanta e encosta na parede para obter mais suporte. "C-Carter." Ele murmura, com os olhos abertos olhando a sua frente, na esperança de estar perto da entrada do túnel. Uma rajada de vento bate em suas costas enquanto ele se arrasta para frente.

"Fique longe." Ele sussurra. "Fique longe dela."

Harry ignora os rosnados e continua andando. Ele sente um impulso repentino, não viu de onde tinha vindo a força até que abre os olhos. Ele havia sido jogado no chão pela segunda vez. Ele geme e coloca as mãos trêmulas no cimento, se levantando.

"Não se mova."

"Carter!" Harry grita, ignorando a ordem.

"Não!"

"Carter!" Ele grita mais uma vez. Ele abre os olhos, a luz da entrada do túnel o pega desprevenido. Ele pode ouvir seus gritos, sua voz trêmula enquanto ela responde. Harry caminha mancando até o início do túnel. Ele pode sentir sua raiva, mas neste momento, ele não ligava.

Quanto mais se aproximava, mais conseguia ver. Ele vai mancando para perto, para a luz. De repente, ela engasga, lágrimas escorrem pelo seu rosto.

"Harry." Ela sussurra, abrindo os braços para abraçá-lo. Ele dá um passo para fora do túnel e coloca seus braços em seu ombro, a puxando para mais perto.

"Você está bem?" Ele sussurra em seu ouvido.

"Estou, mas você não." Responde ela. Ele se afasta um pouco e segura seu rosto com suas mãos grandes.

"Não, não." Ele sussurra, franzindo as sobrancelhas. "Estou bem agora. Meu anjo me encontrou."


Esta história não é minha, estou apenas traduzindo. Todos os créditos vão para Its_Totally_Makayla

deranged | harry styles ( PORTUGUÊS )Onde histórias criam vida. Descubra agora