No dia seguinte acordei antes de Dimitri e observando-o dormir, lindo em sua plenitude, senti uma sensação estranha. Pela primeira vez na vida, me sentia feliz. Não feliz porque tenho um trabalho maravilhoso ou amigos que me adoram, ou por nenhum outro "ou". Estava feliz por tudo: trabalho, amigos e... Porque estava apaixonada. "Mas que merda Rosemaire! Como você pode deixar isso acontecer?!", me repreendi mentalmente. Se as meninas soubessem disso iriam ficar desesperada,afinal, eu estou desesperada!. "Preciso dar um jeito de tirar esse sentimento dentro de mim, era pra ser só sexo. Tem que ser só sexo." continuei com minha reflexão mental, enquanto voltava a me aninhar nos braços de Dimitri que, mesmo dormindo os apertou em minha volta, irradiando para o meu corpo o calor do seu. Mais uma vez, percebi que o correto seria me afastar, tinha plena noção que aprofundar nosso envolvimento iria fazer apenas uma pessoa sofrer, eu. Mesmo assim, sabia que não seria capaz de faze-lo. Queria estar ali, queria estar em seus braços, então decidi que, mesmo sendo uma felicidade com prazo de validade e que, muito provavelmente, iria me trazer muito sofrimento no futuro, iria me entregar a ela. E o amanhã? Eu resolveria depois.
Alguns minutos depois, o despertador começou a tocar e entre muitos beijos e ousados carinhos, começamos a nos arrumar, enquanto conversávamos animadamente sobre amenidades. Tomamos café da manhã juntos e saímos para trabalhar. O clima era leve e gostoso até que seu carro parou e voltei a sentir o mesmo incômodo que sentira no dia anterior. Ser deixada no quarteirão, realmente me incomodava, mesmo sabendo que isso preservava minha própria reputação. Tentei disfarçar minha chateação, me despedindo de Dimitri com um falso sorriso antes de sair do veículo, quando ele travou a porta do carro e me surpreendeu:
_ O que aconteceu, Rose?
_ Nada... Tá tudo bem. - respondo, forçando um outro sorriso.
_ Não está tudo bem. Estávamos conversando animadamente, quando de repente sua expressão mudou. E ontem aconteceu a mesma coisa. Então não venha me dizer que está tudo bem e me diga o que está acontecendo. - disse enquanto segurava o meu queixo com uma de suas mãos, me fazendo virar para ele.
_ É besteira - disse enquanto livrava meu rosto de suas mãos e voltava a encarar minhas próprias pernas.
_ Você não vai sair daqui enquanto não me falar o que esta acontecendo e eu posso ficar aqui o dia todo! - disse sem parar de me encarar.
_ É que ser largada aqui na rua, mesmo sendo para minha própria discrição, faz eu me sentir como uma qualquer... Uma amante, ou puta... Satisfeito?! - disse aumentando um pouco o tom da minha voz.
Após alguns longos segundos me observando, Dimitri ergueu suas mãos sobre mim e voltou a afivelar meu sinto de segurança para depois ligar novamente o carro e começar a andar.
_ O que você está fazendo? - perguntei, já com o meu tom de voz normal.
_ Levando você até o trabalho. - respondeu como se fosse óbvio.
_ Mas as pessoas vão falar. Não posso chegar com você. - disse atropelando um pouco as palavras.
_ Não é como se fossemos encontrar a empresa toda na garagem da diretoria, Roza. - disse sorrindo antes de completar. - te deixava ali porque você disse que era mais seguro assim, mas a verdade é que quase nenhum diretor chega tão cedo ao escritório e a probabilidade de encontrarmos alguém é bem pequena...
_ Mas e se encontrarmos mesmo assim? - perguntei ainda preocupada
_ Podemos dizer que eu te encontrei no caminho e te dei uma carona, moramos próximos, afinal. - completou enquanto piscava seus olhos pra mim, me fazendo silenciar.
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Meu chefe e eu
FanfictionMinha primeira Fic! Espero que gostem! Estou postando no Nyah também! Lá os capítulos devem sair primeiro, então, se tiverem um perfil por lá e quiserem acompanhar. Ficarei feliz com comentários e favoritos também. Segue o link https://fanfiction.c...