Capítulo sem título 14

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     Apoiando a cabeça em minha barriga, ainda com a camisinha tentávamos acalmar nossas respiração, quando o telefone da sua sala tocou.

Vendo que Dimitri permanecia sem reação, falei:

_Se você não quiser que Alberta tente abrir aquela porta, é melhor você atender camarada!

Levantando seus olhos para mim, Dimitri esticou a mão e pegou o telefone:

_ Fala, Alberta. - atendeu meio ríspido.

Não escutei o que Alberta falou, mas a resposta não demorou muito.

_Não lembro de uma conference marcada para essa tarde na minha agenda. Não pode ser mais tarde? - mexi um pouco meu corpo embaixo de Dimitri, procurando um espaço para levantar. Ele se separou o suficiente para que eu levantasse meu corpo, permanecendo, agora totalmente erguido, entre as minhas pernas. _ Ok. Espere uns 20 minutos, enquanto eu termino uns assuntos importantes com a Srta. Mazur e chame o Sr. Pierce.

Desligando o telefone, Dimitri me deu mais beijo faminto enquanto me colocava me pegava pela cintura e me tirava da mesa, me colocando de pé.

_ Sinto muito, queria poder ficar mais com você, mas eu tenho que participar dessa conference. - disse enquanto afastava seu corpo do meu.

Sem falar nada, assenti e comecei a ajeitar meu vestido que, por sorte, era bem justo ao corpo, e de um pano que quase não amassava. Dimitri já estava de calças e me olhando atentamente fechava os botões da sua camisa. Sentei na cadeira para colocar minha sandália que, em algum momento que eu não sei ao certo, tinha sido arrancado do meu pé. Quando estava terminando de afivelar o segundo pé, avistei no chão, quase embaixo da mesa , o que tinha restado da minha calcinha. Meio sem graça, estiquei a mão para pegá-la. Não tinha a menor condição de voltar a usá-la, mas não podia deixar ali no chão do escritório do meu chefe.

Foi neste momento que minha ficha caiu e por um momento refleti sobre o que tinha acabado de acontecer. Não, eu não estava arrependida. Desejei sexo com aquele homem como jamais tinha desejado sexo com ninguém e não era nem um pouco puritana. Nunca fui do tipo que achava que sexo só era prazeroso se fosse ligado ao amor e já tinha transado sem compromisso algumas vezes antes. Também achava que a mulher tinha o mesmo direito de explorar seus desejos e se conhecer que era assegurado aos homens. Como, onde, quando e com quem quisesse e foi isso que eu tinha acabado de fazer. Exceto que o semi desconhecido em questão era meu chefe. O onde tinha sido na mesa do escritório dele e o quando tinha sido no meio do expediente de trabalho.

Sempre lutei para ser reconhecida nessa empresa pelo meu talento profissional, nunca tive qualquer tipo de envolvimento com qualquer colega de trabalho e evolui na minha carreira unicamente por meu esforço e capacidade e ainda sim, carregava a fama de ter usado sexo para ser provida. Como eu queria que meu chefe, recém chegado, se convencesse que eu não era uma vadia, e que tinha alcançado meu cargo de diretora porque realmente eu mereci, se eu tinha acabado de dar pra ele sem a menor resistência em menos de uma semana depois de conhecê-lo? Sai de meu transe e levantei meu olhos até Dimitri. Ele já estava perfeito em seu terno caro, me olhando ainda cheio de desejo enquanto eu acabava de me arrumar. Então, sem conseguir me segurar, comecei a falar meio atrapalhada:

_Eu não quero que você ache que eu sou uma vadia. - Ele me olhou curioso, como se não esperasse por isso, mas antes que ele abrisse a boca, continuei:

_ Transei com você, porque estava com vontade. Não porque você é meu chefe e eu quero receber algo em troca por isso.

Enquanto estava tagalerando Dimitri caminhou em minha direção e selou nossos lábios em um selinho gostoso e demorado. Pela primeira vez, nosso beijo teve mais empatia do que desejo. Ele deslizou novamente seus lábios até meus ouvidos e falou num sussurro.

_Eu não acho que você seja uma vadia, Roza. - e então voltou com seus lábios ao meus em um outro beijo lento. Enquanto pedia passagem para entrar com sua língua na minha boca, deslizou sua mão até a mão que eu segurava a minha calcinha rasgada e a pegou, fazendo mais uma vez fez uma trilha de beijos suaves até meu ouvido

_Mas é a sem dúvida a mulher mais gostosa que já gozou, dizendo meu nome. - ele disse enquanto guardava minha calcinha no bolso de sua calça. - Mal posso esperar para que você faça isso gritando de verdade... - encerrou me dando outro selinho demorado.

Ainda estava de olhos fechados, tentando conter novamente minha excitação quando ele completou.

_Mas agora eu realmente preciso ir para essa reunião. - ele disse com um sorriso sensual nos lábios.

Dei uma última ajeitada no meu cabelo, antes de sair da sala do meu chefe sem olhar para trás.

Logo que fechei a porta dei de cara com Alberta, e assumi minha postura mais sonsa ao falar com ela:

_ Dia corrido para nosso querido chefe? - falei como se nada tivesse acontecido. Decidi que ainda não iria contar para minhas amigas da minha aventura sexual mais recente. Sentia que ainda ia transar com Dimitri algumas vezes, pelo menos até que eu pudesse explorar tudo que aquele deus russo do sexo tinha para me mostrar. E sabia que se até Mia, seria contra uma sequência maior de encontros com ele, quem dirá Liss e Beta. Mia achava sim que eu deveria aproveitar. Mas que deveria ser apenas uma vez, para evitar o risco de me envolver. Eu não me envolveria. Não conhecia Dimitri, mas sabia que ele era complicado e comprometido e por isso nem queria conhecer. Mas não conseguiria ignorar a tensão sexual que havia entre a gente. E não iria parar até explorar isso o suficiente.

_Nem fale. Parece que hoje todos querem a atenção do querido presidente. Como foi sua reunião? Algum problema? - pelo tom da resposta de Alberta, fiquei feliz por ela não desconfiar o que tinha acabado de acontecer. O que me deixou também aliviada, já que por mais que tivesse tentado me controlar, sei que alguns gemidos saíram mais alto do que deveria. Santa parede anti-ruídos, pensei.

_ Nada de especial, a mesma burocracia de sempre. - disse me despedindo da minha amiga e me dirigindo apressadamente para minha sala.

Antes de entrar, olhei no relógio e percebi que já eram quase 17h. Nossa rapidinha não tinha sido tão rapidinha assim, sorri safada enquanto abria a porta. O restante do dia foi de algumas ligações chatas e assinaturas de pedido de compras. Não via a hora de ir pra casa, precisava de um banho e é claro, uma calcinha. Por mais que não quisesse, não conseguia parar de pensar no Dimitri. Queria mais sexo e com aquele homem e queria logo. Foi quando então senti meu celular vibrar e mal consegui controlar minha empolgação ao ler a mensagem que tinha acabado de receber: "Temos uns assuntos para terminar. Passo na sua casa mais tarde. D." Parece que meu chefinho vai descobrir onde eu moro, afinal.


Meu chefe e euOnde histórias criam vida. Descubra agora