Presente

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Olhou novamente o relógio de pulso constatando ser 2:15am, as coisas pareciam tranquilas e apesar de não ter falado com Roland novamente sabia que ele estava de olho em sua amiga. Retomou a caminhada seguindo rumo a faculdade, estava a umas três quadras de lá.

-Vejam se não é minha irmãzinha. – Ouviu uma voz masculina sibilar a suas costas

-Adam. – Disse simplesmente se virando para fita-lo. Imaginou por que infernos, entre todos tinha logo que ser o Adam o primeiro a aparecer.

Ele estava encostado em um poste poucos passos dela, seus olhos azuis encobertos pelos fios pretos ondulados e desalinhados sustentando um sorriso encantador em seus lábios.

Raquel estreitou o olhar o analisando, não se lembrava da última vez que tinham se encontrado, mas se ele estava ali a sua frente seria por ter conseguido sentir sua amiga ou talvez, estivesse seguindo alguma ordem. Se amaldiçoou por não ter insistido para Roland a acompanhar.

-A última vez que nos vimos foi...- Ele esfregava a mão em sua barba cerrada como se tentasse se recordar de algo. – Claro, no Brasil. – Ele se desencostou do poste e tentou alinhar os fios escuros com a mãos em um movimento lento, sorrindo novamente de canto.

-O que o traz aqui Adam? – Perguntou cruzando os braços sobre o peito.

-Só de passagem irmãzinha. – Disse ele parando frente a ela e estendendo sua mão até tocar os cachos dourados de Raquel. – Gostei dessa cor em seus cabelos, realça ainda mais a sua beleza.- disse ele aproximando o rosto dela inalando seu perfume. – Delicia. – Sussurrou insinuante.

-Me faça dois favores Adam. Primeiro, se afasta, e segundo, some. – Empurrou para o lado a mão que ele ainda mantinha em seu cabelo.

-Arisca. Eu gosto. – Colocou a mão de volta no bolso. – Nos vemos por aí, irmãzinha.- Disse ele tomando o caminho contrário ao dela.

-Devia ter ficado no Brasil. – Resmungou retomando seu caminho.

(...)

Abriu os olhos calmamente sentindo o calor agradável do sol em seu rosto, tentou se mover e percebeu que continuava envolvida pelo corpo quente de Cam, que mantinha seus braços protetoramente entorno dela a fazendo suspirar em deleite se recordando da noite que tiveram.

-Espero que tenha tido um boa noite. – Se arrepiou com o sussurrou dele em seu ouvido tendo lampejos em sua memória do quanto ele tinha sido insaciável a noite, mesmo depois da segunda vez que tinham feito amor e ela tinha se deixado adormecer exausta, mas Cam parecia ávido por mais já que ainda o sentia duro a suas costas.

Cam a girou e se acomodou sobre ela com um sorriso preso no canto dos lábios, Lilly soltou um gemido baixo quando sentiu os lábios dele sobre os seus em um breve beijo que depois passou a percorrer o caminho até seu pescoço, entre lambidas e pequenas mordidas até alcançar o lóbulo de sua orelha.

-Vou preparar alguma coisa para comermos. – Finalizou ele se levantando à-vontade com sua nudez, colocando sua box preta tranquilamente enquanto Lilly observava nos ombros dele os arranhões feitos por suas unhas e o sol negro tatuado.

Assim que o viu descendo as escadas se sentiu à vontade para se levantar e seguir para o banheiro, no espelho averiguou algumas marcas roxas em seu quadril e coxas e foi impossível não se recordar da sensação de tê-lo dentro de si, de como ele se movia em um compasso enlouquecedor, do toque quente de sua língua em sua pele, do aperto firme de suas mãos, sentiu-se úmida e pulsante tomada por esses pensamentos.

Durante o banho sua mente repetia insistente o que tinha acontecido desde a revelação de Cam até a noite tórrida que tiveram, ele era um demônio, mas também era o homem por quem estava perdidamente apaixonada. Distraída em pensamentos que não percebeu que Cam à admirava apoiado no batente da porta, com os braços cruzados sobre o peito e um sorriso lascivo nos lábios.

-Você não imagina o quanto é difícil manter minhas mãos longe de você, Li. – Disse Cam a despertando de seus devaneios seguindo para mais perto. Lilly estava estática com o sabonete a meio caminho de seu corpo. – Você me atiça quando morde os lábios desse jeito. – Cam estava tão próximo que ela já sentia o corpo febril enquanto sua respiração descompassada deixava seus lábios entreabertos.

Cam tomou o sabonete de suas mãos trêmulas e começou a ensaboá-la sensualmente a fazendo arfar com seus movimentos, Lilly apoiou suas mãos contra a parede enquanto Cam se posicionava a suas costas. Sentiu-o pulsar e crescer ainda mais contra si, logo o sabonete deu lugar a suas mãos ávidas que envolviam seus seios em movimentos circulares e lentos enquanto sentia o toque quente de sua língua percorrer seu ombro até sua nuca, um arrepio percorreu seu corpo e se depositou em seu baixo ventre que pulsava.

Enquanto com uma mão ele mantinha a caricia em seu seio com a outra seguiu deslizando até alcançar seu núcleo latente enterrando dois dedos em seu interior, gemeu incontida se contorcendo involuntariamente e se sentia derreter sob as mãos hábeis dele. Suas pernas tremiam, mas ele a amparava contra a parede, sentia que estava a um ponto de explodir, mas então, ele parou.

Cam a virou para si apreciando o olhar de luxuria brilhar em seus olhos, ainda sorrindo se livrou da peça que os separava.

- Você vai gozar Li, mas comigo, dentro de você. – Disse pausadamente a impulsionando para que ela o envolvesse com as pernas, a encostou contra a parede pressionando seu membro rijo contra a entrada dela. – Você é minha Li, só eu posso te dar prazer. – Sussurrou se enterrando lentamente dentro dela.

A sensação de tê-lo dentro de si era como se seus corpos fossem capazes de se fundirem. Ela firmou suas pernas em torno dele enquanto suas mãos em sua nuca o guiaram para um beijo repleto de desejo, Cam investia contra ela com estocadas intensas e rítmicas e logo Lilly sentiu seu núcleo palpitar em repetidos espasmos entorno dele e seu corpo desfalecer em seus braços, e logo, Cam a seguiu gemendo seu nome.

O banho não se estendeu mais depois disso, e logo ambos estavam sentados na cama desfrutando de um café preto, algumas torradas, frutas e um suco de laranja fresco. Lilly vestia uma camiseta de alguma banda de rock, um pouco desconfortável sem sua peça intima que tinha sido destruída a noite. Cam parecia entender seu olhar pois sorria divertido.

-Quando saímos naquela vez. – Lilly interrompeu o trajeto da xicara de café até sua boca a repousando novamente na bandeja, o ouvindo atentamente. – Comprei uma coisa para te dar, mas em vista de tudo o que aconteceu. – Ele se interrompeu pensativo.

-E não vai me dar? – Inqueriu ela quebrando em pedaços o receio que havia percebido nele. Cam se alongou até o criado mudo do seu lado da cama e tirou de lá um pequeno saco de veludo vermelho amarrado com um cordão da mesma cor.

-Espero que goste. – Finalizou estendendo o embrulho.

Lilly o abriu cuidadosamente revelando um sorriso luminoso erguendo a corrente até a altura dos seus olhos, encantada, com o pingente delicado de uma pedra vermelha em formato de coração envolto por asas douradas. Seus olhos arderem e se inundarem de lágrimas ao se lembrar do abraço que ele tinha lhe dado com suas asas na noite passada.

-É lindo. – Proferiu com a voz embargada estendendo o colar para que ele colocasse em torno de seu pescoço. Notou um sorriso sincero curvar os lábios de Cam e alcançarem seus orbes esmeraldas fazendo-os reluzirem em contentamento. Lilly tocou carinhosamente o pingente enquanto o sentia acariciando suavemente a pele de seu pescoço entorno a corrente. – Muito obrigada. – Agradeceu deixando lágrimas correrem por seu rosto em emoção.

Libertação (Cameron Briel - Fallen)Onde histórias criam vida. Descubra agora