2° Capítulo

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4 ANOS DEPOIS

P. O. V SAMMY

Passatempo: Andar de moto a toda velocidade.
Vício: Adrenalina.
Idade: 18 anos


Bom, depois de quatro anos da morte de Mary, minha mãe, tudo em minha vida mudou, neste exato momento estou sendo perseguida pela polícia à 200km/h em cima de uma moto por ultrapassar o limite de velocidade, em uma tentativa falha deles tentarem me pegar, pois nunca conseguem e não é hoje que vão conseguir, sou mais rápida que eles.

Amo fazer isso, é como se me fizesse esquecer de tudo, sinto-me como se fosse invencível.

Tenho que chegar rápido em casa, não quero perder meu vôo para Sydney, na Austrália. Como eu disse, não conseguiram me pegar, vocês devem se perguntar: "será que não vão anotar o número da placa?" Claro que não, sou mais esperta, tenho várias placas falsas e troco-as todos os dias.

Não acredito que depois de quatro anos finalmente voltarei a Sydney.
Vou terminar o ensino médio lá por que me expulsaram da escola só porque mandei o diretor se foder e por ter quebrado a cara de umazinha.

Sydney me faz lembrar de mamãe, mas também me trás lembranças ruins daquele dia horrível; depois que minha mãe morreu, meu pai resolveu vir morar aqui em Londres. Não sou mais aquela mesma garota.

Conheci Tyler e contei tudo o que aconteceu comigo ele me ensinou tudo que sei: à usar armas e andar de moto, ele me preparou para o dia em que eu reencontrar Victoria, infelizmente Tyler morreu de overdose há 6 meses, fiquei muito triste, mas como Tyler dizia: "A vida não para, temos que continuar com ela independente do que aconteça."

Tudo que eu quero é que Victoria pague por tudo, quero a fazer sentir tudo que eu senti, sofra o que minha mãe sofreu.

Passei de filha boazinha para filha rebelde, minha vida se tornou intensa e pura adrenalina, me meti em várias confusões aqui em Londres.

[...]

Chego em casa e encontro meu pai no sofá, quando ele me vê, vem eté mim e começa falar.

— Sam não quero que volte para Austrália, tenho medo que alguma coisa aconteça com você, eu sei o que você quer lá.

— Eu vou sim, você nem ninguém irar me impedir, o senhor não se importa comigo, por que agora está assim? Eu vou e pronto, e não vai acontecer nada comigo. — Falo subindo às escadas.

Meu pai mudou muito depois que mamãe morreu, só pensa no trabalho não dá a mínima pra mim, e só agora está querendo se importar. Agora é tarde. Eu vou para a Austrália e não tem quem me impeça.

Entro em meu quarto e vou até o banheiro tomar banho.
Quando termino visto uma regata branca, uma calça preta, minha típica jaqueta de couro e calço meu salto que quase nunca tiro dos pés.

Saio de casa às pressas para não encontrar meu pai novamente, subo na minha moto dirijo a toda velocidade para o aeroporto.

Chego no aeroporto e me despeço da minha belezinha que irei ver de novo somente na Austrália. Eu e minha moto somos inseparáveis, se eu pudesse casaria com ela.

Estou louca para chegar em Sydney, antes de sair de lá tinha amigas das quais perdi contato e nem sei se vou reencontra-las, sinto falta delas, elas me ajudaram muito.

[...]

Depois de 10 horas de vôo, finalmente chego em Sydney, vou ficar na minha antiga casa.

[...]

Quando chego em casa, minhas malas e minha moto já haviam chegado.
A casa está do mesmo jeito que deixamos, os móveis no mesmo lugar, só que empoeirados. Subo as escadas para ir até meu quarto.
Ele continua o mesmo, as paredes rosa e um pequeno mural com fotos minhas e de mamãe.

Fico um tempo olhando as fotos, como ela faz falta... vejo uma foto minha, como eu era tão ingênua, meiga e doce, eu acreditava em contos de fadas. Como minha vida mudou totalmente depois da morte de mamãe.

[...]

Resolvo fazer uma limpeza na casa, quando termino vou até meu quarto e entro no banheiro para tomar um banho.
Visto meu pijama, deito-me na cama e resolvo descansar um pouco para tentar dormir e esquecer as lembranças porque elas me trazem dor e ódio.

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