45° Capítulo

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P. O. V SAMMY

Hoje faz dois dias que o Michael está no hospital e finalmente ele vai ter alta hoje.

— Senhor Clifford, está liberado. — O médico fala.

— Ai, graça a Deus, obrigado. — Michael fala.

Após termos ajeitado tudo no hospital, finalmente saímos de lá e fomos direto para o cemitério aonde está acontecendo o enterro de Brad.

— Só de pensar que poderia ser seu enterro em vez do dele... — Michael fala enquanto eu dirigia o carro.

— Mas agora está tudo bem, meu amor. — Falo.

— Será mesmo? Aquela assassina ainda está solta e pode querer fazer alguma coisa a você. — Michael fala.

— Ela deve estar longe agora, não se preocupe. — Falo.

Depois de alguns minutos chegamos ao cemitério e caminhamos até o enterro.

Há poucas pessoas, Crystal está sentada em uma cadeira. Ela está arrasada.

[…]

Ao terminar o enterro vou até Crystal.

— Eu sinto muito, Crystal. — Falo e a abraço fortemente.

— Ele sabia das consequências e eu também, agora já é tarde, mas eu me arrependo tanto de ter continuado com aquele plano ridículo... Vingança não leva ninguém a lugar nenhum, somente a morte e a tristeza. — Crystal fala.

[...]

Deixei Michael em sua casa e fui para a minha, preciso de um banho e tentar digerir tudo que aconteceu.

Abro a porta de casa, vou até a cozinha e encontro Eloise preparando alguma comida.

— Como Michael está? — Pergunta.

— Bem, graças a Deus. Eu vou subir e tomar um banho e venho comer. — Falo.

Subo as escadas e vou até o banheiro, dispo-me, ligo o chuveiro e entro debaixo do mesmo deixando aquela água percorrer pelo meu corpo me deixando mais relaxada.
Termino de tomar banho, visto uma blusa de Michael e um short, desço as escadas e vou até a cozinha comer.

Depois de ter comido, volto para meu quarto e me deito um pouco para descansar, mas ouço meu celular tocar e o pego em cima do criado mudo. O número a ligar era desconhecido, mas mesmo assim atendo.

— Olá, querida, sentiu minha falta? — Uma voz feminina soou do outro lado da linha.

— Oi... quem é? — Falo com a trêmula voz.

— Soube que seu querido namoradinho sobreviveu, só um aviso... Te dou uma semana para sair da Austrália ou matarei todos que estão próximo a você. — Fala.

— Você está mentindo. — Falo.

— Não estou, você sabe muito bem do que eu sou capaz, ou você fica longe de mim e dos seus amigos ou mato um por um. — Victoria fala me fazendo chorar.

— Eu te odeio... por que está fazendo isso? — Falo.

— Porque eu te odeio e porque gosto de ver as pessoas sofrem. — Fala e da uma gargalhada.

— Eu irei embora, mas, por favor, não faça nada a Michael e aos meus amigos. — Falo com lágrimas nos olhos e Victoria rir e desliga a chamada.

Eu não posso colocar mais uma vez a vida de Michael em risco, Victoria realmente pode fazer algum mal a ele e aos meus amigos e eu não posso ser a culpada. Vai doer ficar longe deles, na verdade só de pensar nesse fato já está doendo, mas vai ser necessário.

Deito na cama e lágrimas caem de meu rosto. Uma tristeza me invade, a vida não é como contos de fadas, infelizmente, mas também há vilões perversos que querem nos derrotar. A única diferença é que nos contos de fadas a mocinha sempre vence os vilões no final e na vida real as vezes os vilões vencem. Sei que esse ainda não é o fim, mas espero imensamente que a vilã não saia ilesa dessa história.

Mais pensamentos me invadem. O que eu vou fazer? Para onde eu irei?

Levanto da cama, abro a gaveta do criado mudo e procuro um cartão. Finalmente o acho, sento na cama e o olho fixamente, acho que talvez deva aceitar a proposta de Alexandre e ir morar em Londres o mais difícil de tudo vai ser como eu vou contar ao Michael que eu vou embora, ele certamente não vai querer desistir de mim, mas eu preciso que ele desista, vai ser melhor para todo mundo menos para mim, mas o mais importante é que ele não vai correr nenhum risco comigo por perto, eu espero.

Coloco o cartão na gaveta de volta e vou até meu guarda roupa, pego uma roupa qualquer e visto as pressas.
Desço as escadas correndo e vou até a garagem pego minha moto e a faço funcionar.

Dirijo até a casa de Michael e corro até a entrada da mesma, ao chegar bato na porta e Karen abre.

— Oi Sammy, pode entrar o Michael está no quarto dele. — Fala e eu entro na casa.

— Obrigada Karen. — Falo e subo as escadas indo até seu quarto e bato na porta.

— Pode entrar. — Michael fala e eu entro. — Ah é você.

— Preciso conversar com você. — Falo sério.

— Claro, pode falar. — Fala.

— Quero terminar com você. — Falo.

— Está de brincadeira, né? — Fala e ri.

— Eu não estou. Isso tudo foi um erro, eu não podia ter me apaixonado por você e eu vou voltar para Londres. Recebi uma proposta de emprego, vai ser melhor para mim e para você. — Falo tentando ser o mais convincente e não chorar.

— Mas Sammy, eu não estou entendendo . — Fala.

— Entenda Michael,  eu não sou a pessoa certa para você, nunca fui e nunca vou ser. Vou embora, espero que entenda isso. Estou indo atrás do meu sonho. Desculpa Michael, mas não da mais. — Falo e o Michael me olha triste já com algumas lágrimas.

— Você só pode estar de brincadeira depois de tudo que a gente viveu você vai embora??? Sammy, você é o melhor para mim. — Fala e eu luto com meus olhos que já teimavam em ficar marejados.

— Não dá mais, espero que entenda. — Falo e saio do quarto o deixando sozinho.

Saio dá casa de Michael em um estado péssimo e vou para minha casa.
Subo as escadas chorando e correndo, abro a porta de meu quarto e caio no chão em lágrimas.

Doeu tanto em o ver chorar e em partir seu coração, eu o amo tanto o que vai ser de mim sem ele por perto? Sem ver aquele sorriso que me derrete por dentro, sem sentir os melhores beijos que já recebi e poder adormecer ao seu lado após uma noite de amor.

Victoria é um inferno em minha vida, eu queria tanto que ela me deixasse em paz, que fosse presa e pagasse por todos os seus crimes...
Por que a vida tem que ser assim? Podia ser tudo simples, mas não, parece que ela gosta de nos ver sofrer, mas talvez tudo tenha um propósito.
Deito na cama e fico pensando por um longo tempo, depois o sono veio.

P. O. V MICHAEL

Ainda não consigo entender o porque Sammy terminou comigo. Será que fiz algo errado?

Meu coração está completamente partido, ela vai me deixar... Eu a amo tanto. O que eu fiz de errado? Será que eu não sou o bastante para ela?
Tudo que nós vivemos ela joga fora assim. Meu travesseiro já está encharcado de tantas lágrimas.

Por que o amor tem que doer tanto as vezes? Amar é bom, mas machuca às vezes.
O amor tem seus altos e baixos, sorrisos e choros, beijos e brigas, a felicidade e tristeza estão interligadas ao amor.
Tudo que eu queria era que ela estivesse aqui ao meu lado me abraçando e dizendo que tudo não passou de um pesadelo.
Fecho os olhos e tento dormir, mas foi impossível. Passei a noite em claro.

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Então o que acharam?

Beijinhos de Glitter amo vocês...

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