Acordei com uma dor horrível no meu pescoço e acho que eu dormi de mal jeito, deve ter causado alguns torcicolos ou algo assim.
Tomei um banho quente, vesti uma calça jeans e uma camiseta preta com um casaco de tecido fino azul escuro, fiz uma maquiagem básica e desci as escadas, Laís já estava acordada e estava fazendo o café da manhã, quando olhei no relógio já eram 6:20 e eu estava super atrasada, depois de alguns segundos o ônibus da escola chegou e não deu tempo de eu tomar café, peguei uma maçã e coloquei um chocolate quente industrializado na bolsa, eu e Laís entramos no ônibus e dessa vez eu me sentei do lado de Stacey.
_bom dia.
Ela falou com o rosto todo inchado de sono.
_bom dia, você não dormiu ontem?
Eu perguntei.
_ahh, na verdade eu passei horas tentando fazer o trabalho de filosofia, não consegui dormir direito.
Ela comentou com voz de sono.
_o que??? Ahhsggg, o trabalho de filosofia,EU ESQUECI .
Falei meio que gritando o que fez ela levar um susto.
_nossa, nem acredito que você esqueceu, você é sempre tão responsável,o meu eu não terminei todo, pede para o Stivin te emprestar, o professor de filosofia só vai receber os trabalhos no 3; horário.
Stacey disse apoiando sua cabeça na poltrona.
_okay, mas onde ele está?
Stacey não respondeu, acho que ela não tinha ouvido e eu observei o local, e em umas das ultimas cadeiras o Stivin estava lá ouvindo música.
_eiii??? Tira esse fone.
Eu falei sentando ao lado dele.
_credo, bom dia pra você também.
Ele disse sério.
_ahh, eu não tenho tempo para me preocupar com meus modos quando eu não faço o trabalho de filosofia.
Eu falei gritando as ultimas palavras.
_o que?? Você não fez?
Ele perguntou surpreso.
Antes que ele falasse qualquer coisa eu disse:
_sem comentários, agora eu preciso do seu trabalho, onde ele está?
_está no segundo bolso dentro de uma pasta na minha mochila.
Enquanto ele dizia me entregava a mochila, eu peguei a sua pasta e comecei a escrever para a minha e QUE DROGA, eram aproximadamente umas 8 folhas somente com letras.
Me virei para o Stivin e ele estava com os fones de ouvido:
_desde quando você passou a ser responsável?
Eu perguntei olhando para a quantidade de páginas.
_acho que desde o dia que eu conheci uma nerd aí, que hoje não fez o trabalho de filosofia e não me deixa ouvir música sem me atrapalhar.
Ele disse firmemente.
_atha, e que mau humor.
Fiz cerca de 3 páginas dentro do ônibus, eu iria terminar o resto quando estiver nos horários vagos.
Ainda não havíamos chegado na escola e eu observo sobre o vidro da janela o rosto do Stivin, ele estava com os olhos fechados e seus olhos eram todos cheios de cílios perfeitos, fico alguns segundos observando aqueles olhos e vejo que uma lágrima desce sobre o seu rosto em direção ao pescoço, ele estava chorando, eu não sabia o motivo, mas sim, ele estava chorando, eu não sabia o que fazer, e não restou tempo para isso pois já tínhamos chegado na escola, as pessoas começaram a passar sobre nós, eu esperei que ele abrisse os olhos, mas parece que tudo o que ele queria era ficar ali chorando:
_Stivin?
Ele não me respondeu, eu insisti em chama-lo e ele disse:
_ahh, oi.
_precisamos descer.
Sem mais nem menos ele se levantou e saiu do ônibus com o olhar fixo no chão, ele parecia muito triste, o que poderia está acontecendo com ele?
Stacey estava do lado do ônibus nos esperando descer:
_ mas que demora.
Ela disse olhando para o relógio.
Seguimos em silêncio para a sala, parecia que o tempo estava muito sóbrio e todos estavam tristes como o Stivin, eu não sabia o motivo de tanta sobriedade.
A aula começou com a professora de geografia, ela estava falando sobre os tipos de rochas e os famosos dobramentos modernos com uma pequena aula sobre relevos, como a aula acabou cedo ela deu uns horários vagos para nós para que façamos o que quiséssemos desde que fosse sem barulho, eu aproveitei e continuei a escrever meu trabalho de filosofia e sem que o Stivin percebesse eu ficava o observando, o tempo todo ele estava com a cabeça baixa apoiada sobre seus próprios braços e de vez enquando ele usava uma das mãos para enxugar algo em seu rosto, que com certeza eram lágrimas. Eu não entendia aquilo, e não entendia mais ainda o porquê das pessoas não observarem ele.
Se passaram dois horários e a professora, graças a Deus não deu aula, o que me permitiu terminar o meu trabalho de filosofia.
O professor de filosofia chegou na sala e pediu para deixar os trabalhos encima da sua mesa, como eu estava com o do Stivin fui avisar a ele que eu levaria o seu trabalho?
_ stivin?
Ele levantou a cabeça e seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar, sua camisa estava repleta de lágrimas, uma angústia me tomou quando eu o ví naquele estado, sem saber o que fazer eu disse:
_eu vou entregar o seu trabalho de filosofia e obrigada por me emprestar.
Falei de cabeça baixa com um voz aparentemente triste.
Ele acenou com a cabeça, e o professor percebendo que ele não estava bem disse:
_Stivin, você está bem?
Ele respondeu:
_não, professor, eu preciso sair de sala.
O professor o acompanhou e os dois saíram de sala sem nem olhar para trás...
Os comentários logo começaram a surgir, o que me fez ter uma certa raiva daquelas pessoas medíocres, que só observam o que estão em sua frente quando alguém percebe isso.
10 minutos depois.
O professor entra na sala :
_bem... O Stivin terá que ir para a casa mais cedo, pois ele recebeu a notícia de que o seu pai faleceu, alunos, vamos ser compreensíveis com ele,e espero que você possam da-lo todo o apoio necessário nisso que ele está passando.
Todos fizeram uma expressão de espanto, a questão é, que normalmente eles desprezam a existência dele, mas quando ele está passando por uma situação, todos se fazem como coitadinhos, como se importassem com ele.
_pessoas hipócritas
Pensei comigo mesma.
Olho para a Stacey e ela está chorando, ela pega o seu celular e durante a aula me manda uma mensagem:
_amiga, não consigo assistir a essa aula, precisamos estar do lado do Stivin nesse momento, vou ligar para a minha mãe para vir me buscar mais cedo e vamos para a casa do Stivin, você quer vir comigo?"
Eu respondi:
_"sabe na hora que eu e ele demoramos a sair do ônibus? Ele estava chorando, mas não imaginei que fosse algo tão sério e não comentei nada, agora eu estou me sentindo um pouco culpada por isso, eu preciso pedir desculpas a ele"
Stacey digitou:
_okay.
20 minutos depois.
As aulas passaram muito rápido e eu não consegui dar minha atenção a nada, a não ser o Stivin, após alguns segundos a mãe da Stacey pede permissão para falar com o professor que estava em sala de aula, o professor avisa para que nós saiamos da sala e Stacey e eu vamos de encontro a mãe dela, eu ainda não a conhecia e ela falou:
_oi, você deve ser a Lucy, certo?
_isso.
Eu respondi.
A mãe dela comentou:
_Stacey me falou muito de você.
Sem que eu não respondesse nada,Stacey me interrompeu:
_mãe, o pai do Stivin faleceu.
Stacey falou para a mãe dela, que parecia muito triste com a notícia.
_bem, meninas, então vamos para o carro, precisamos falar com o Stivin, eu sou muito amiga da mãe dele e é uma obrigação minha ajuda-los nesse momento tão difícil.
A mãe da Stacey, que eu descobri que se chamava Susan continuou:
_Lucy, você já avisou para os seus pais que está comigo?
Eu respondi:
_ainda não, mas vou avisar agora.
_okay.
Pego meu celular na minha bolsa e ligo para mamãe.
Ligação on.
_oi, filha, você está bem?
Mamãe disse com uma voz preocupada.
_sim, mãe estou bem. Mas soube que o pai do Stivin faleceu hoje, e a Stacey e eu estamos indo para a casa dele agora com a mãe dela, tudo bem?
Eu comentei.
_sim, filha. Meus pêsames para a família, o Stivin deve está se sentindo péssimo, avisa para ele que assim que eu chegar do trabalho vou até a casa dele, eu só preciso do endereço.
_okay.
Eu respondi e desliguei o celular.
Avisei para a Susan que já havia avisado para mamãe.
_okay.
Susan respondeu.
Seguimos todo o percurso até a casa dele em silêncio.
20 minutos depois.
Susan estacionou o carro e chegamos a casa do Stivin.O que estão achando do livro??
Deixem comentários!!
Bjs
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O Inverno Me Define(em Revisão)
RomanceA história aqui publicada se trata das decepções de uma garota chamada Lucy, ela era uma espécie de diamante bruto que necessita ser lapidada,porém nenhum ser humano sequer decifrou o valor imensurável que era pouco notado nela... A garota aparentem...