capítulo 25

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Acordei com um o som impetuoso do despertador que me deu meio que um susto, tentei voltar a dormir, mas não consegui e já eram 7:45, Laís provavelmente já tinha ido para a escola e ahhgghh eu esqueci de colocar o trabalho na cômoda dela, olho para o lugar que deixei o trabalho dela e não está mais lá, provavelmente ela veio pegar, mas isso não importa, depois eu pergunto pra mamãe se ela levou ele para a escola.
Vou em direção ao banheiro, molho meus rosto, escovo os dentes e vejo que meu rosto estava sendo completamente tomado por espinhas, já cheguei a pensar que isso fosse alguma doença generativa ou hereditária, meu pai sempre disse que quando ele era adolescente ele tinha muitas espinhas, mas isso é o de menos, vou pedir a mamãe para marcar uma consulta com um dermatologista, tomei meu banho e vesti uma saia rodada preta de seda e uma camiseta azul ciano com uma bota cano curto sem salto preta.
Vou em direção a cozinha e me apoio na madeira da escada, como não tínhamos rampa eu preferi ir sem a cadeira de rodas, já que eu não sentia mais dores no tornozelo, me sentei na cadeira do balcão da cozinha:
_bom dia, filha.
Disse mamãe com o cabelo todo bagunçado e seu rosto completamente tomado pelo sono.
_bom dia.
Eu respondi e continuei:
_mãe, você está péssima.
_eu sei... E estamos atrasadas, hoje você terá uma consulta com o dr Johson.
_nossa,eu tinha até esquecido.
Eu respondi.
_ahh, ontem eu não consegui dormir, tenho que fazer um artigo sobre a aprovação da lei da maioridade penal e eu nem consegui terminar, e para piorar, eu esqueci que tinha dois julgamentos para participar ontem.
_poxa,eu lamento mãe.
Eu continuei:
_quando é para você entregar o artigo?
Ela respondeu:
_hoje às 14:00.
Eu queria muito ajudar a minha mãe, sabia muita coisa sobre maioridade penal,e sem pensar direito eu disse:
_eu faço para você.
Minha mãe me encarou não entendendo nada.
_como assim você faz para mim? Você só está no 1; ano do ensino médio, não tem capacidade para desenvolver um artigo sobre tal assunto.
_ mãe, você não sabe muitas coisas sobre mim.
Eu rí e continuei:
_enquanto estivermos no hospital eu faço para você, sei que vamos esperar horas na recepção.
_okay, eu vou te dar essa chance.
Ela continuou:
_ por falar em hospital, eu vou logo subir e tomar um banho quente rápido e por favor, pega algumas maquiagens, não vai dar pra se maquiar em casa.
15 minutos depois.
_ vamos lá.
Mamãe desce as escadas correndo com a minha cadeira de rodas, me ajuda a sentar e vamos para o carro, checamos o relógio e estávamos atrasadas 30 minutos, mamãe estava dirigindo e eu a ajudo a colocar o rímel, um gloss e um corretor com pó compacto, termino a maquiagem, e mamãe fala:
_filha, pega o meu notebook no banco de trás,se você quiser pode começar o artigo.
Bem... Eu já tinha muita experiência em publicar artigos, já havia feito sobre diversificados assuntos, como educação infantil,processo sobre agressão verbal, racismo e etc, e um deles foi sobre maioridade penal.
Comecei a digitar e em dez minutos chegamos no hospital, por sorte eu acho, quando chegamos foi anunciado o meu nome, minha mãe preencheu uns dados e entramos na sala do dr Johson:
_olá, senhorita Luci.
O doutor se referiu a mim enquanto cumprimentava minha mãe:
_oi.
Eu respondi.
O dr falou:
_ bem... Vamos fazer alguns testes com você hoje, tudo bem?
_okay.
Eu disse com um certo medo, nunca gostei de hospitais.
Primeiramente, o dr me colocou deitada em uma maca e tirou os curativos do meu pé, ele fez alguns testes de toque como o que a enfermeira fez comigo e dessa vez eu não sentia sequer uma dor.
Ele falou:
_seu tornozelo aparentemente já está cicatrizado, mas precisamos fazer mais um teste para ter certeza.
Ele me colocou sentada na cadeira e me levou a uma sala que tinha uma rampa que se movia por eletricidade e eu devia caminhar e apoiar o meu peso sobre duas colunas de ferro.
Minha mãe ficou ao meu lado e aquela espécie de esteira começou a se mover, eu apoiei meu pé e não estava sentindo nenhuma dor, comecei a andar normalmente e depois o dr acelerou a máquina e eu corri por uns 5 segundos, eu não sentia mais dores. Depois o teste acabou.
Minha mãe saiu da sala comigo e o dr disse:
_Lucy, você teve uma evolução muito eficaz, já pode voltar a caminhar normalmente e fazer suas rotinas diárias.
Minha mãe cumprimentou o dr e disse:
_ muito obrigada, dr.
Ele a cumprimentou também e saímos da sala.
Entramos no carro e minha mãe parecia estar feliz, ficamos escutando umas músicas bem agitadas e ficamos imitando as vozes dos cantores por horas, eu lembrei que ainda não tinha terminado o artigo e comecei a digitar.
5 minutos depois.
Pronto, já terminei.
Falei comigo mesma, tentei dizer para a mamãe, mas ela tava muito contente imitando a Cristina Perry cantando, hahaha ela estava demais cantando, minha mãe tem uma voz linda , depois de alguns minutos já estávamos em casa, peguei o notebook de mamãe e deixei encima do balcão, subi as escadas normalmente, claro que com um certo cuidado, mas em partes eu já estava andando normalmente, mamãe ficou na cozinha fazendo o almoço e eu subi para tomar um banho,me vesti, organizei meu quarto e fui ajudar mamãe na cozinha.
Cortei alguns legumes para ela e fiz uma salada de frutas com suco natural.
Já estava tudo pronto e Laís chegou:
_oi.
Ela disse entrando em casa.
_oi, Maninha.
Eu respondi .
_oi, filha.
Minha mãe respondeu.
_como você está, Lucy?
Lais perguntou.
_ahhh, adivinha?
Laís fez uma expressão como se estivesse pensando, enquanto se sentava na mesa da cozinha, mas eu sabia que ela não estava pensando, a sua preguiça não permite isso.
Eu disse:
_ você vai ter que me aturar a partir de amanhã, e eu só lamento, querida.
Ela riu e disse:
_ poxa, minha vida estava ótima sem você.
Ela falou com chantagem.
_eu sei que você me ama.
_ é... Você sabe , e que bom que você não precisa mais andar de cadeira de rodas.
Laís disse rindo.

O Inverno Me Define(em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora