capítulo 50

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Eu já estava um pouco atrasada, teria que deixar as minhas especulações para depois, no caminho para a minha próxima aula, que seria na sala 24 de biologia fiquei pensando que a minha vida estava um tremendo caos, o Stivin está mal comigo e eu não sei o que fazer em relação ao Allan, por sorte me parece que Stacey não estava zangada comigo, mas talvez Stivin conte todo o ocorrido sobre o Allan e ela acredite que eu sou essa farsa que eu sou.
Fui desligada dos meus pensamentos quando entrei na sala, me senti encarada por todos que estavam alí e isso fez o meu estômago revirar, me sento na minha cadeira ignorando os olhares constrangedores das pessoas ao meu redor e atento-me somente para as aulas.

A aula de biologia passou como um vento, no intervalo eu fui para a biblioteca,teria que ler um livro para uma prova que eu faria na semana seguinte,  mas em partes foi tudo muito monótono, eu não ví a Stacey, Stivin e nem o Allan ou a anoréxica da Alice...
Muito bom para ser verdade...
As demais aulas também passaram como um vento, e logo eu já estava do lado de fora da minha sala.

Sinto uma mão me puxando e esse ser humano diz quase susurrando:
_por que você está fugindo de mim?

Eu sinceramente conhecia muito bem aquela voz sublime que fazia qualquer pessoa parar de respirar, e essa voz não poderia ser de outra pessoa além do Allan.
Tento me acalmar contando até 10, dizem que isso ajuda,mas no meu caso não resolveu nada:
_escuta a qui, acho melhor você ficar longe de mim, por sua causa eu briguei com o meu melhor amigo e acho que a Stacey também não acredita em mim.
Eu falei o deixando surpreso e curioso:
_mas o que eu tenho a ver com a sua briguinha com o Stivin?
Eu respiro antes de responder:
_é que ele me disse que você anda fazendo coisas erradas e eu te defendi.
Era facilmente notada a curiosidade nos seus olhos:
_coisas erradas?
Eu respondo:
_sim, coisas erradas, tipo drogas, bebidas e namoradas.
Ele me encarou com os olhos me fazendo perder a linha de raciocínio e falou pausadamente:
_Lucy, por acaso em todos essas semanas que nós estivemos juntos você notou algo que comprovasse que eu sou assim como ele diz?
Eu assegurei:
_não.
Nós estávamos com nossos rostos colados dessa vez
e ele simplesmente perguntou:
_então, em quem você confia?
Eu falei quase não acreditando no poder que aqueles olhos tinham:
_em você.
Ele se separou de mim, andamos em silêncio até a saída da escola e antes de entrar nos ônibus ele falou:
_droga, eu ia me esquecendo, o trabalho de filosofia é para amanhã e eu ainda nem comecei a fazer.
Eu falo espontaneamente:
_se você quiser eu posso te ajudar.
Ele olha para mim:
_que tal você ir pra minha casa hoje?
Eu fiquei pensativa e concluí:
_minha mãe nunca deixaria eu ficar na casa de um amigo meu que ela não conhece
Ele rí:
_uma mentira nunca faz mal, que tal você dizer que vai para a casa da Stacey?ela deixaria?
Eu respondo:
_sim. Mas e se ela ligar para a Stacey e perguntar por mim e minha mãe descobrir que eu não estou lá.
Ele rí de novo:
_você só tem que fazer da Stacey sua cúmplice, diz pra ela que foi para casa de outra pessoa cuja sua mãe não queria que fosse, mas não diz que fui eu.
E avisa que se a sua mãe ligar é pra dizer que você está lá, entendeu?
Eu começo a rir:
_sim, ahh, mente diabólica a sua, viu?
Ele rí:
_okay, então vamos colocar nosso plano em ação.
Eu peguei o celular liguei pra mamãe:

Ligação on.

_oi, mãe, ligando pra dizer que hoje eu vou para a casa da Stacey fazer um trabalho pra entregar amanhã, tudo bem pra você?

_sim, filha, se você quiser pode até dormir na casa dela, eu gosto muito da Stacey.

O Inverno Me Define(em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora