Tocamos a campainha de uma casa que provavelmente era a do stivin, o portão da sua casa era revestido de ferro com alguns detalhes que davam para visualizar o jardim que levava até a sua casa, o muro era inteiramente de pedras como a do paquê aquático Dom Louis só que em um azul vibrante, um homem vestido decentemente se aproximou de nós e disse:
_olá, senhoritas.
_olá.
Respondemos.
A Susan continuou:
_bem... Eu sou amiga da mãe do Stivin e minha filha e a Lucy são amigas dele da escola, soubemos que o pai dele faleceu e queríamos muito falar com a família.
O homem respondeu:
_ahh, sim, Stivin já me falou sobre suas amigas Stacey e Lucy. Bem... Eu não imaginei que teríamos visita hoje, é muito ruim saber uma notícia como essas e o Stivin está muito mal.
Ele comentou enquanto abria o portão para nós:
_me acompanhem, senhoritas.
Seguimos o homem por aquela casa que mais parecia uma mansão, na entrada tinha um jardim repleto de flores e arbustos e do outro lado havia algumas piscinas e um campo de futebol, não sabia que Stivin gostava de futebol, continuamos a seguir o homem por um caminho de pedras uniformes que levava até a casa,o homem abriu a porta para nós:
_podem entrar, senhoritas.
Susan comentou algo com o homem e foi em direção a uma escada que levava ao segundo andar, provavelmente ela já fora naquela casa e era amiga íntima da família:
_garotas, vou leva-las até o quarto do Stivin.
Fomos em direção a outra escada que levava a um corredor cheio de portas e a ultima era a do quarto do Stivin, o homem disse:
_vou deixa-los sozinhos.
_okay.
Stacey respondeu.
Batemos algumas vezes na porta mas ninguém fez um barulho sequer, então decidimos entrar, abrimos a porta devagar e vimos Stivin com a cabeça apoiada sobre os seus próprios joelhos tentando conter o choro, o seu quarto estava em péssimo estado, parecia que ele tentou descontar toda a sua raiva naqueles objetos, Stacey correu em sua direção e o abraçou e fiz o mesmo, mas parecia que ele estava inconsolável e ficou totalmente imóvel. Eu disse:
_Stivin vai ficar tudo bem.
Ele não disse uma palavra sequer, eu e Stacey ficamos ali paradas ao seu lado enquanto ele chorava amargamente, depois de alguns segundos ele enxugou as lágrimas e se sentou na sua cama:
_vocês não precisavam vir até a qui.
Ele disse tentando falar sem soluçar.
_claro que precisamos, somos suas amigas.
Eu disse o encarando.
Stacey me interrompeu:
_você está bem?
_não. Eu não estou nada bem.
Ele disse enquanto dava um soco em um travesseiro de plumas. O que em minha opinião não adiantou nada.
Ele tentou se acalmar, inspirou um pouco de ar e disse:
_os meus pais eram separados, a minha mãe o amava muito e ainda o ama, mas ele não, eu não estou triste tanto por ele, mas sim pela minha mãe, o tempo todo ela acreditou que poderia recuperar o amor dele, mas ele se foi, e dificilmente minha mãe irá superar essa perda.
Ele voltou a chorar.
_seu pai faleceu, por quê?
Stivin explicou:
_ele estava com câncer no pulmão.
Só que ele não resistiu ao tratamento e faleceu.
Ele continuou:
_ e sabe o que me deixou com mais raiva? Além da falta que ele vai fazer para a minha mãe eu fui muito ingrato com ele, no ultimo dia que ficamos juntos ele estava no hospital passando por uma drenagem no pulmão, eu estava ao seu lado, ele abriu os olhos lentamente e disse:
_filho, eu irei morrer.
Eu não acreditei no que ele me disse e sem pensar falei:
"eu não sou o seu filho, e nunca fui, você abandonou a minha mãe desde o dia que eu nasci."
Eu disse a ele que precisava ir embora e que não queria ficar mais nenhum segundo com ele. Saí do quarto do hospital e ele faleceu, eu não tive nem a chance de pedir perdão. Como eu pude ser tão egoísta?como eu pude só pensar no ódio que estava guardado dentro de mim e perceber que ele estava tentando me dizer adeus? Eu sou muito idiota!!
Stivin começou a chorar novamente, eu o abracei sentada na cama, nunca ví ele tão mal assim, Stacey disse:
_fica calmo, vai ficar tudo bem.
Ele permaneceu alí chorando eu meu ombro, suas lágrimas estavam invadindo toda a superfície do seu rosto eu sabia que não tinha como ele se conter, ou fingir que estava tudo bem, aquilo precisava acontecer,ou seria pior, parecia que ele já havia chorado bastante, tanto que eu coloquei um travesseiro em baixo da sua cabeça e o cabri com um Edredom.
Depois de alguns segundos Susan e provavelmente a mãe do Stivin entram no quarto, ela diz:
_obrigada, por acalma-lo garotas,ele não queria nem que eu abrisse a porta do quarto.
_não se preocupe.
Eu respondi
Quando olhei para ele parecia que estava dormindo e nós saímos do quarto fechando a porta devagar,
A mãe do Stivin disse:
_me perdoem pela bagunça, acho que ele descontou todos os seus sentimentos nos objetos do quarto, mas isso não me surpreende, esperava isso dele, Stivin é muito preocupado comigo e aceitando ou não ele gostava do pai.
Percebia que quando ela falou sobre o pai dele uma lágrima saiu dos seus olhos.
Susan abraçou a mãe dele e disse:
_ se cuida, Deborah, eu preciso levar as meninas para casa, mas se precisar de qualquer coisa me liga.
Deborah disse:
_obrigada, se não se importarem, gostaria que vocês fossem para o velório do pai dele,será hoje as 19:30, o Stivin não tem muitos amigos e se não for muito incômodo, gostaria que você dessem apoio a ele.
_claro que viremos.
Eu disse e Stacey confirmou,
Deborah nos levou até a saída e fomos para casa, eu morava perto da casa da Stacey então a mãe dela me levou em casa,quando chegamos, mamãe também chegou do trabalho, agradeceu por ela ter me trazido para casa, dei tchau para elas e agradeci também, depois entramos em casa.Capítulo deprimente!!
Bem... Eu preciso que digam o que estão achando do livro, sinceramente eu não o estou achando muito bom.
Deixem comentários, preciso de novas sugestões suas!
Bjs...
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Inverno Me Define(em Revisão)
RomanceA história aqui publicada se trata das decepções de uma garota chamada Lucy, ela era uma espécie de diamante bruto que necessita ser lapidada,porém nenhum ser humano sequer decifrou o valor imensurável que era pouco notado nela... A garota aparentem...