capítulo 35

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Lucy e eu continuamos molhando algumas plantas e as colocando próximo ao sol, também colocamos um pouco de adubo em algumas o que as deixariam mais lindas do que já estavam.
Já tínhamos terminado tudo e ela parecia exausta, ela andou até a fonte de água da estufa e ficou sentada verificando se tinha algo a mais para fazer, fui em sua direção e peguei uma rosa azul, me sentei ao seu lado e dei a ela, ela pareceu não entender e disse:
_por que você está me dando essa rosa?
Eu começo a rir e digo:
_porque azul é minha cor predileta, e qual é a sua?
Ela se levanta e pega uma tulipa lilás e me entrega, ela diz:
_é essa.
Eu digo a encarando:
_vamos fazer o seguinte, você fica com a minha rosa azul e eu fico com a sua tulipa lilás,mas detalhe, nós temos que cuidar dessas flores, ela será o nosso laço de amizade, pode ser?
Ela fica parada me observando e parece duvidar totalmente da minha saúde mental, eu começo a rir e ela diz:
_você não é uma pessoa normal, agora eu tenho certeza, mas acredito que se todos fossem normais a vida não teria sentido e todos seriam como zombies com jaleco e uma maleta escravizados pelo trabalho e preocupação da droga da "aceitação social", portanto, eu, Lucy Sparkson, aceito que ambas as flores, cujo teremos que dar tanta beldade e amor será simbolo da nossa amizade, okay?
Eu começo a rir e falo:
_okay.
Ficamos em silêncio, o que na verdade pareceu um silêncio um tanto constrangedor, mas eu gostava muito de estar com a Lucy, ela era o único ser que me entendia, que me conhecia de verdade, talvez até mais que eu mesmo, e ela era linda.
Mas eu sentia que toda a sua amargura e a escolha por uma personalidade tão fria a fizeram amadurecer muito rápido, isso era de certa forma bom, mas o ruim é que ela só pôde amadurecer passando por coisas tão ruins, quando nós estávamos na torre ela me contou que desde o 5; ano ela era desprezado por todos e ela teve que se acostumar a não ter amigos e lhe dar com todos os tipos de Billings, tudo isso porque ela não se encaixava no padrão que as pessoas idiotas sempre acabam criando, e a partir desse momento, as pessoas passaram a negar a sua existência.
O interessante é que ela me disse uma frase naquele dia:
" por mais que eu não seja notada, infelizmente ou felizmente, eu tenho que continuar respirando"
E isso que ela estava fazendo, ela tentava no mínimo se destacar em sala de aula e foi isso que ela fez, de certo modo, esse era o único jeito das pessoas notarem ela.
Uma voz me tirou dos meus pensamentos:
_Stivin e Lucy, nós já procuramos vocês por todos os lugares da casa, nós já vamos almoçar, venham logo conosco.
Disse minha mãe com a mãe de Lucy enquanto entravam na estufa.
Lucy falo:
_desculpe,Deborah, nós só estávamos molhando algumas flores, o Stivin disse que elas estavam secas e decidimos molha-las.
Deborah passou um olhar sobre o local e disse:
_ah, obrigada Lucy, você foi muito gentil, sempre que eu tenho tempo eu venho e cuido das flores, mas as vezes o caseiro faz isso pra mim, como ontem aconteceu aquele ocorrido, eu acabei ficando sem tempo, mas de qualquer forma obrigada.
Ela riu e eu retribui o sorriso e continuei:
_eu não fiz tudo sozinha, o Stivin também me ajudou .
Percebo que a mãe de Lucy fica olhando para ela e rindo de forma que me fez não entender nada, depois ema ficou me observando e eu já estava e falei:
_mãe, vamos logo almoçar então.
Fomos andando até a minha casa, atravessamos o campo de futebol e chegamos, vamos até a cozinha e a comida já estava na mesa,porém minha família não é nada tradicional e preferimos comer assistindo televisão ou no balcão da cozinha, peho minha comida e convido Lucy para ir até uma varanda que tinha uma piscina,lá era confortável e tinha uma área que minha mãe convidava os amigos para um churrasco, ela me segue e nos sentamos na borda da piscina:
_sua mãe tem ótimo gosto para decoração, tenho que admitir.
Lucy diz enquanto coloca os pés na piscina, eu faço o mesmo e digo:
_essa casa era dos meus avós como eu já te disse, eles tinham muito dinheiro e deixaram muita coisa de herança, inclusive a casa, com o templo, minha mãe decidiu morar a qui e fazer algumas modificações, consequentemente eu vim
morar com ela.
Ela parece ficar pensativa e diz:
_entendo.
Terminamos de comer nossa comida e passamos um tempo conversando,eu levanto primeiro para ir em direção a cozinha e quando Lucy levanta ela escorrega, eu me viro rapidamente e seguro o seu braço antes que ela caia na água, tento puxar ela, só que como ela é magra ,eu provavelmente tenha colocado muita forca, o que a deixou bem próximo de mim, era como se nós estivéssemos abraçados e ela estava tão perto que eu podia sentir o seu cheiro e sua respiração, por alguns segundos eu notei que eu a deixei nervosa e depois ela se afastou,eu disse rindo:
_é bom você olhar mais por onde.
Ela faz expressão de raiva e fala:
_ahh é?e como é que eu vou saber se não foi você que molhou a borda da piscina para eu cair.
Eu tento parecer zangado e digo:
_nossa, acho bom você ter noção do que está falando, isso é uma acusação séria.
Lucy faz uma expressão de convencida e grita:
_eu estou brincando.
Eu comento:
_eu também, senhorita Lucy.
Ela faz birra e começar a bater pauminha:
_parabésn. Você tem talento para mentir.
Eu a interrompo:
_okay, mas vamos logo levar nossos pratos para a cozinha.
Ela rí e diz:
_primeiro as damas.
Eu faço indiferença e falo:
Eu não me importo mais com essas ofensas, e aliás ela já está bem antiga.
Ela afirma e me da um soco no ombro.

Mais um capítulo para vocês!!
Deixem estrelinhas e se possível indiquem o meu livro para outros leitores.
Irei ficar muito agradecida...
Bjs

O Inverno Me Define(em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora