Bônus: Sweet Dreams

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Hans estava na dispensa, procurando alguns produtos de limpeza reserva que Krieg tinha exigido, como se ele pudesse exigir algo do cozinheiro. Ele só estava fazendo seu trabalho levando o café da tarde do Coronel até sua sala em uma bandeja quando o primeiro-tenente surgiu do nada e acabou levando toda a bandeja no peito. É claro que ficou muito puto da vida quando viu o bolo no qual tinha trabalhado tanto em pedaços no uniforme do primeiro-tenente, mas o homem conseguiu superá-lo em quesito de raiva e quando ele o segurou pelo pescoço Hans achou que não fosse mais sair vivo das mãos de Krieg.

Revirou alguns vidros de produtos fortes demais para serem usados em tecido, podiam manchar o uniforme do primeiro-tenente, acabou não encontrando nada, mas não podia voltar de mãos vazias ou seu superior que já não costumava ter um humor muito agradável ficaria ainda mais irritado, por isso pegou uma flanela que encontrou jogada por ali. Quando chegou na cozinha o louro estava resmungando algo em russo que Hans não conseguiu entender, mas devia estar xingando, até porque tudo em russo parece xingamento.

- Por que toda vez que eu vejo você acontece alguma merda? – Krieg apontou para Hans de uma forma ameaçadora o suficiente para que o orgulho do ruivo fosse atingido.

- Eu não tenho culpa se você entrou na frente! – justificou-se.

- Não teria acontecido se não estivesse tão desatento, porra, que tipo de animal anda equilibrando uma bandeja no punho?! – Hans estava mesmo fazendo isso, mas já era mestre em equilibrar as coisas desse jeito.

- Ah, vai se foder. – deu de ombros, um dos motivos para que Hans continuasse sem uma boa patente era porque seu nível de disciplina e educação eram bastante baixos. – Você devia é pegar esse glacê e enfiar na cara para tentar esconder essa monstruosidade que chama de rosto.

- Francamente, sua mãe deve ter chupado o Coronel para te aceitarem no exército!

- Na verdade não, ela chupou o clitóris da puta da sua mãe enquanto ela dava a bunda para o cavalo do Coronel. – respondeu com escárnio e deu uma risadinha curta, afinando a voz de repente para imitar os gemidos da mulher. – Ohh, ah, meu deus como isso é bom, enfia mais fundo, vai! Ohh!

Nesse momento Hans piscou por um segundo e sentiu uma lâmina raspando seu pescoço, Kazimir a tinha arrancado do faqueiro e mandado em sua direção com toda a raiva acumulada dentro de si.

- Ficou maluco?! – o ruivo gritou imediatamente, mas antes que obtivesse uma resposta foi obrigado a desviar do primeiro-tenente que desferiu alguns socos em sua direção depois de pular por cima do balcão que os separava. – Eu não estava falando sério! Na verdade foi seu pai!

O ruivo riu consigo mesmo durante um minuto enquanto desviava dos golpes do primeiro-tenente que vinham em sua direção carregados com tanta força quanto podiam estar e uma vez que foi atingido na bochecha não conseguiu desviar dos outros golpes no estômago que o fizeram engolir a risada e perder o equilíbrio, quando caiu sentado no chão Kazimir se ajoelhou entre suas pernas e o segurou pela gola do dólmã, preparando o punho livre para outro soco. O ruivo voltou a rir de leve de repente e passou a língua em cima do corte no lábio inferior.

- Se continuar me batendo como uma mocinha irritada eu vou gozar. – avisou e rapidamente agarrou a faca que o primeiro-tenente tinha arremessado contra ele, não era idiota, tinha se dado ao trabalho de cair perto dela e quando a ponta da lâmina tocou o abdômen de Krieg ele hesitou em acertar o rosto do ruivo de novo.

- Vai fazer o que? Me matar? – ele riu de leve e arqueou uma sobrancelha, sabia que Hans não era inconsequente a esse ponto.

- Claro que não. – o cozinheiro respondeu deslizando a ponta da faca até o pescoço do primeiro-tente, mas ao invés de perfura-lo ele puxou a faca entre os botões da camisa dele cortando todos rapidamente até que a lâmina foi parada pelo cinto de Krieg.

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