Henry não o impediu e deixou-se ser levado pelo beijo indelicado e as mãos que passeavam por seu corpo procurando por calor. Dessa vez foi o próprio louro quem se separou dele, quando sentiu que não havia mais fôlego por ambas as partes, mas cada segundo que manteve sua língua dentro da boca dele foi procurando insaciavelmente por sentir mais e mais do calor dele.
- Se continuar desse jeito vai gozar antes de tirar a roupa. – o capitão comentou com escárnio.
Arthur sorriu com o mesmo escárnio e levou a mão até a camisa para tirá-la, nesse curto período Henry tomou liberdade para levantar-se de novo e sair do colo dele, seu animalzinho de estimação não sabia se controlar e precisava de disciplina. Foi até sua mesa e abriu a última gaveta, a que continha coisas divertidas, pegou um chicote e o tubo plástico de tampa laranjada. Quando voltou ao sofá percebeu que Arthur se mostrava bastante eficiente em despir-se.
- Se fosse rápido desse jeito para concluir as atividades não teria que correr o pátio seminu tantas vezes.
- Eu gosto de correr o pátio seminu. – ele respondeu.
- Eu desconfiava. – Henry respondeu jogando o tubo de lubrificante no canto do sofá.
Também pensou em tirar a camisa branca logo de uma vez, mas isso seria dar felicidade demais a Arthur e ele ainda se mantinha firme na afirmação eu não quero vê-lo feliz. Sentou-se no sofá, ao lado do louro e cruzou as pernas, impedindo qualquer aproximação por parte dele. Arthur o fitou sem entender muita coisa e o capitão sorriu.
- Fique de quatro. – ele ordenou.
Arthur não contestou, apenas obedeceu, não valia a pena bater boca com o capitão, ele sempre vencia. Desceu do sofá e ficou na posição pedida de frente para ele. Sentiu algo tocando suas costas e logo deduziu que provavelmente era um chicote e diferente do que Henry costumava segurar, aquele tinha três tiras na ponta que fizeram seus pelos se arrepiar por onde passaram.
- Recruta, que tal conversarmos sobre aquele dia em que você estava só de cueca com seus amiguinhos? – perguntou. – Vocês fizeram alguma coisa?
- O que? Eu não fiz nada n... – Arthur começou a dizer quando Henry o atingiu nas costas e o louro acabou embolando as palavras em um gemido.
- Sim ou não? – rosnou.
- Não senhor. – respondeu.
Henry não mudou de expressão, embora Arthur pudesse dizer que tinha visto um sorriso no canto dos seus lábios. O louro se perguntou por alguns segundos se ele realmente tinha ficado com ciúmes naquele dia.
- Está mentindo para mim?
- Não senhor. – repetiu.
- Engraçado, lembro-me de estarem se divertindo bastante. – disse. – Por acaso estava se divertindo enquanto deveria estar cumprindo uma ordem?
Pensou um pouco sobre aquilo, é claro que não estava se divertindo, mas sambar com Damien nas costas só de cueca não estava entre as ordens que Kazimir havia dado.
- Sim senhor. – sussurrou com alguma hesitação.
- Fale mais alto.
- Sim senhor, eu não estava cumprindo a ordem apropriadamente. – apertou os olhos ao dizer aquilo, esperando alguma dor.
- Que bom que reconhece que fez algo errado, mas acha que precisa ser punido por isso? – ele arqueou uma sobrancelha.
- Eu... – o louro mordeu o lábio inferior, Henry o estava provocando, se era aquilo que o deixava excitado então Arthur não hesitaria em fazer. –... sim senhor, eu mereço ser punido por isso, capitão.
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Damage
RomanceArthur entrou no exército sem grandes expectativas a respeito do futuro, assim como seus dois companheiros de dormitório, Heiner e Damien. No entanto no primeiro dia quando são apresentados ao seu instrutor, o Capitão Wardraig, Arthur acaba soltando...