ANTÔNIO
Tadinho de Marcos. Vem se dedicando tanto que acabara ficando cansado a ponto de cochilar na beira da escada e sair rolando até o andar inferior.
O pobrezinho, aparentemente, havia deslocado o tornozelo e por isso estou o ajudando a andar.
Ok.
Tudo bem!
Estou feliz com a situação, pois ele está com o corpo bem junto ao meu e... ah! Que corpo.
Pera.
Que merda estou falando?
Ele é seu aluno Antônio!
Bem, como eu havia pedido para a Reitora continuar com os alunos, resolvi ir com Marcos até o local de encontro, já que o cabeça dura batera o pé inúmeras vezes alegando que não queria ir ao hospital.
No meio do caminho, fomos surpreendidos com uma voz infelizmente conhecida.
— Que merda é essa que está acontecendo aqui? — A voz de Caio ecoou pelo corredor.
— Deixa de nóia moleque. — Marcos respondeu.
— Por que diabos você está agarrado em um macho? — Caio parecia ter nojo da minha pessoa, já que não se referia a mim como sujeito.
Mas não estou nem aí.
Me intrometi no assunto dos dois, mesmo.
— Seu primo se machucou e ao contrário do que você deve estar pensando, só estou lhe ajudando a apoiar.
— E no que eu estou pensando, caro professor?
— Como você mesmo disse: que estamos nos agarrando. — Debochei.
— Tem como pensar outro coisa? — Ele respirou fundo. — Primeiro descubro que meu primo está se prostituindo e agora... Isso?! — Ele estava cada vez mais nervoso.
— Prostituindo? — Marcos e eu o questionamos em uníssono.
— Prostituindo!
Marcos se acabou de rir.
— De onde você tirou essa ideia, mano?
— Uai, pô! Você está estranho, vive cansado, não me conta mais nada, não sai mais comigo durante a semana pra tomar uma... — Caio se explicou. Ou pelo menos tentou.
— Já passou na sua cabeça que talvez eu só esteja exausto porque ao contrário de certas pessoas não tenho pais que me adulam e que tenho que me virar do avesso caso queira conquistar as coisas que almejo? — A voz de Marcos estava trêmula.
— Você está me chamando de mimado? — Caio cerrou os dentes.
— Se você interpretou assim, ótimo. — Marcos cruzou os braços.
Eu pude sentir que aquilo estava prestes a acontecer.
E então, atirei meu corpo na frente do meu aluno favorito e segurei o punho de seu primo quando ele tentou atingir Marcos com um murro.
— Caí fora daqui. — Ordenei com a voz calma. — É melhor você esperar no ônibus.
Se ele fosse capaz de soltar raios pelos olhos, com toda certeza do mundo eu estaria como aquele viral da internet onde o .
Sim.
Por um instante eu senti medo daquele olhos.
— Marcos, me desculpa... — A voz do rapaz chegou a falhar e ele seguiu seu caminho dando passos rápidos e pesados.
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Teus Olhos Meus
RomanceDizem que a Universidade é uma das fases onde todos querem aproveitar o máximo do mundo, independentemente da vida que você levara antes dela. Antônio, um renomado professor terá um ano letivo conturbado após conhecer Marcos, seu novo aluno. Como se...