Prólogo

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Está escuro o bastante, preciso voltar para casa. Tirei os olhos do céu e levantei-me do banco de metal, onde estive recostada desde as cinco e meia da tarde. Por cinco anos consecutivos eu me recosto neste banco, todos os dias, e procuro  a primeira estrela a surgir no céu após o pôr do sol. As pessoas no meu bairro me olham de soslaio enquanto caminho para casa, eu sei que me olham, mesmo estando de cabeça baixa, sou considerada a louca do lugar, aquela que tem visões. Às vezes penso que estão certos, tenho vinte e um anos, acho que está na hora de acreditar que tudo não passou de um sonho.

Parei em frente ao meu portão e ainda olhando meus tênis velhos e sujos, suspirei: "Que droga Max! Quando virá me buscar?"


Andirá - a jovem da profeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora