Capítulo 13: Perdão

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Acordei sobressaltada e suada olhei para o local em redor, negro cumprimentou-me, tive impressão de déjà-vu, eu já tinha visto uma decoração assim, nesse constaste de negro (as paredes, mobílias) e toques de branco, tudo em decoração minimalista, fez-me lembrar de um certo quarto, sobressaltei quando senti uma mão quente na bochecha sentando na cama, até que ouvi a voz grave tranquilizadora de Bruno.

- Bruno? – Perguntei confusa ao homem grande todo de preto sentando na cama de lençóis igualmente pretos, tao misturado com a atmosfera do local que era assustador, como se o ambiente pudesse assimilar tao perfeitamente com a alma do dono.

- Sou eu, calma, estás salva agora.

Salva, do quê?

Arfei e minha mente entrou em estado catatónico. Por Lunar... aquilo tudo realmente aconteceu comigo?

- Bianca... Bianca... Bianca... - longinquamente ouvi alguém chamando-me, mas não sabia quem era, só podia ver aqueles monstros, sentir as mãos deles, o bafo deles, o toque deles, o ... - Bianca, querida, por favor, volte para mim vampira!

Ah...

- General! – um grito estrondoso quebrou o escuro e o rosto de Bruno brilhou como o poderoso intocável sol no meio da minha eterna escuridão.

A primeira lágrima escorregou, e não consegui parar. Senti seus braços fortes rodearem-me.

- Não, - neguei. – Você abandonou-me! Bati sem força no seu peito despedaçada.

- Bianca, por favor, eu...

- Eu não quero ouvir, você abandonou-me! – Continuei choramingando.

- Bianca, oiça, por favor, nunca foi minha intenção passares por aquilo. Eu juro que nunca quis aquilo. Eu os matei por tocar-te. – Disse pegando meu rosto com ambas mãos, - ninguém mais fara-te passar por aquilo. – Garantiu e solucei ao sentir a forças das palavras em sua promessa.

- Eu não posso confiar de novo em você. – choraminguei.

- Não, Bianca por favor, eu imploro, não faça isso, eu. Desculpe. – Sua voz despedaçou-se também e lá foi-se o poderoso alfa.

Virei o rosto, mas ele forcou-me a encarrá-lo de novo. Fixou seu olhar desolado no meu e algo aconteceu, transformou o clima, em um singelo segundo as coisas perderam gravidade, tempo e compasso, e como se fosse impossível a separação de duas entidades fortes, solitárias mas complementárias, um eclipse formou-se.

Sua boca fechou-se na minha, minhas pálpebras flutuaram para baixo ao sentir aquele choque térmico e era como se gelo e fogo tomassem conta de mim, estrava fragilizada emocionalmente e fisicamente demais para entender a extensão do seu gesto, mas lembranças desagradáveis de mãos tocando-me fizeram empurrá-lo para longe.

- Não me negue Bianca, - suspirou nos meus lábios, seus olhos nos meus.

Ele não me libertou, suas mãos continuaram a segurar minha cabeça, acordando-me a realidade do seu calor.

- eu... eu não posso...

- Bianca, não precisas teres mais medo, eu matei aqueles lobisomens que queriam fazer-te mal.

- Mas você também quer fazer-me mal.

- Não. – Negou venereamente. Eu não quero fazer-te mal.

- Mas já fizeste. – disse triste.

Ele suspirou pesadamente como se tivesse a maldição de Altas e olhou-me triste, - desculpe Bianca, desculpe carinhoso. - Perdoa-me por favor.

Fechei os olhos engolindo um soluço, - Bianca, - ele rogou.

A Maldição do Sol e Lua: Lua de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora