Capítulo 9: Irmandade da Luz

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Um músculo em seu queixo moveu-se e encarrou-me como se tivesse perguntado se o mundo era redondo.

- Isso, Marla decidirá.

- Marla decidirá? – Repeti sarcástica.

- Respeito vampira, rainha Marla para você.

- Uhh, - resmunguei, - que meda. – Chiei, - eu quero saber o que farão comigo. Acho que mereço saber que minha morte aproximar-se, sim? Não serias cruel ao ponto de negar isso.

- Quem falou em morte?

- E o que a rainha Marla faz com prisoneiros vampiros?

Ele cruzou o olhar, a expressão feroz.

- Execução na certa, certo?

- Como já disse, morte não está na sua agenda agora.

- Então o quê?

- Bianca, - suspirou exasperado, mas não ultimou porque seu celular tocou e ele dispensou-se, siando do sofá adentro no avião.

Quando voltou seu rosto estava sério e neutro, mas pela conjunção das sobrancelhas negras dava para notar que o telefonema não foi bom. E isso encheu-me de alegria. Seja lá o que fosse, desde que chateasse o lacaio estava e bom tamanho para mim.

- Mudança de planos. Vamos dar um desviou a Osla.

- Como? – Osla? – O que tem Osla?

Encarrou-me por um comprido segundo antes de dizer, - vais conhecer minha cidade, general.

Estagnei. Não era possível... Todo esse tempo procurando por um inimigo ao redor do mundo enquanto ele estava bem na minha frente! A quilómetros da minha cidade. Fala sério! Não era possível isso, - está de brincadeira comigo, - soltei um sorriso histérico, mas o lacaio não devolveu e fiquei séria. – Puta madre!

- Linguagem, general.

- Vai te a foder!

Uma das sentinelas levantou e quis atacar-me por eu insultar seu chefe, mas Bruno impediu com um comando duro e como um bom cão obediente, o lacaio parou ressentindo.

- Teria mais cuidado com a forma que falas comigo, Bianca.

- Isso é uma ameaça? – Não era mulher de levar desaforo para casa e deixar passar um desafio, defeito, sabia, mas ninguém era perfeito.

- Bianca... - alertou duro.

E mesmo gostando de um bom desafio, vi que esse deveria ser feito noutro dia, noutra hora. Como disse não era estúpida, nem burra e sabia escolher minhas batalhas muito bem e obrigada.

- Okay, - disse inocentemente, - então, vossa majestade, - ele cruzou o olhar, mas estava dirigindo lhe como todo respeito, como requisitado. Tamanho sarcasmo. – Pode-me dar a graça de dizer o que nos espera em Osla?

- Nada que tenha algo a ver consigo.

- Aí que te enganas.

- Desculpe?

- De um jeito ou outro, desde que sequestraste-me tenho tudo a ver com nossa nova trajectória, pois não sei se ela mudar meu destino.

- Ponto tomado, mas só para clarificar, eu salvei sua vida. Não devia. Mas salvei quando a sequestrei.

- O quê! – Como assim, salvou minha vida?

Não respondeu por mais que eu insisti e depois de algum tempo desisti lembrando os horríveis episódios daquela noite, sim, meu fim tinha chegado naquela maldita noite, mas algo trouxe-me de volta a vida, sã e salva. O que Bruno fez...? Perguntei estudando seu perfil de soslaio enquanto ele trabalhava no seu Tablet sem prestar atenção em mim.

A Maldição do Sol e Lua: Lua de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora