A Maldição do Sol e Lua: Lua de Sangue

Capítulo 18: Viagem Surpresa

Entramos no carro a toda velocidade com o sol ao nascer, virei a cara ao bonito espectáculo que aprendi a abominar, e Bruno, como um cavalheiro, ajudou-me a subir no Mercedes Benz, que era mais uma caixa forte que carro, o Mercedes trouxe-me a recordação da minha captura em Asta e meus olhos fixaram no responsável.

Bruno dava instrução ao Christian que estava no volante ao lado de um outro lobisomem grandão que eu não conhecia, e Darius, seu Delta ao nosso lado, debatia pontos de segurança com eles, todos atentos na conversa que Bruno comandava que eu não fazia parte e nem entedia, o máximo que deu para entender foi que íamos a Babel.

Babel...? A cidade dos anjos e demónios?

O que será que íamos lá fazer? Babel era uma autêntica metrópole, ficava ao sul de Natal, numa ilha separada do continente, mas nem por isso remota, longe disso, a moradia dos reis, nobres e altas figuras do mundo das sombras fazia de babel Hollywood, onde só as figuras mais importantes do mundo sobrenatural passeavam sua classe.

Era comandada por Elementos, os Supremos, o poder era dividido entre os 4 elementos principais da natureza, mas na verdade que mandavam aquela cidade por baixo dos panos eram os anjos e demónios que por algum motivo que ainda respeitavam estavam proibidos de assentar poder na terra, talvez por não conseguirem hospedar seu espírito num hospedeiro por muito tempo... a não ser o marido de Thea, que por acaso vivia em Babel com a sua horda e louca, floral mulher.

Não... não pode ser, estávamos indo a casa da maldita que ordenou a seus homens que me atacassem? Não, Bruno não faria isso depois da noite que tivemos, faria...?

Curiosidade roeu e não dava mais para bancar a donzela e esperar meu macho notar minha presença, poderia estar nesta situação, mas não deixava de ser Bianca, a Inderrotável e ex-fodida General da casa Corvus, chefe da guarda de Asta, então estava mais do que não hora de obter respostas.

Assim que estava pronta para abrir a boca, Bruno dispensou os três lobisomens e voltou sua total e completa atenção em mim, olhou-me fundo e eu fiquei sem fala.

- Já disse quão bela estás esta manha?

- Ah...

- Inacreditável, a Inderrotável Bianca sem fala perante um elogio.

- Não quando o elogio vem da fonte mais inesperada.

Christian soltou uma risada leve e Bruno e eu o encarámos, ele pediu desculpas com olhos e pós o carro a arrancar.

- Bruno, já estamos no carro, podes explicar agora porque saímos como se fossemos fugitivos.

- Além do lamentável episódio que transcorreu consigo, há outro problema. O atentado planificado a minha vida.

- Por Lunar, foi tudo armado? – Solucei.

- Um serviço interno. – Respondeu Darius.

Não... - quem?

- Não soubemos ainda, mas alguém grande do clã, a informação de que eu vinha para casa exactamente naquele dia, aquela rota e carro era privilegiada, e então só pode ser alguém do meu círculo íntimo ou um informante traidor externo que teve acesso a informação, em todo acaso é perigoso ficar aqui até descobrimos quem é o traidor.

Isso era sério, atentando de assassinato contra próprio Alfa era um delito grave, gravíssimo, a pena para isso, não era tão simples como a morte, ias chorar, pedir, rogar para acabarem com seu sofrimento pesado, devido a um crime deste calibre.

- Tens ideia de quem possa ser?

- Infelizmente não senhorita Bianca, mas estamos investigando. – Darius respondeu com olhar perfurador em cima de mim.