- Quem ganhou? - Fui directamente ao ponto assim que o lacaio saiu do banheiro.
Seu corpo distraiu-me momentaneamente da minha resolução. Aproveitei o tempo que ele tomou seu longo banho para tentar raciocinar e tentar entender verdadeiramente que raio estava se passando, porque me negava a aceitar que eu era sua consorte, mas por mais voltas que minha mente deu, não encontrei resposta, a única alternativa era fingir que nada aconteceu e que eu não estava a beira de deitar tudo fora por conta de uma foda selvagem de um lobisomem.
Por Lunar, o que o clã diria, a merda com eles, se não fosse por eles, não estaria nessa situação pra começar, mas... voltei ao meu objectivo e suspirei cansada ao deparar-me com sua nudez hipnotizante, agora que sabia para onde levava aquele V exuberante escondido pela simples tolha branca não tinha como não me distrair diante de tudo aquilo.
Ele levantou uma sobrancelha ao alto estudando-me, pelos vistos a euforia da guerra acabou no banho porque ele estava mais calmo e seu olhar tinha voltado ao normal, foi a primeira vez que notei o castanho dourado, aceso que eles eram. Bonitos e deslumbrantes, feitos para encantarem sua presa. E eu não era uma presa. Voltei a activa.
- Então?
- O que achas? – Disse continuando sua marcha ao closet num sorriso cruel.
- Porque tanta crueldade? Demostre honra lobisomem e diga qual é o destino dos meus irmãos.
Ele parou, virou lentamente, - irmãos? Odiaria saber quem são seus inimigos então.
- Não se preocupe, estão mais perto que pensas.
Ele estudou, - ai sim? Quanto aos seus irmãos, bem digamos que eles ainda respiram.
- Eles ganharam. – Esperança floresceu.
Ele gargalhou ruidosamente, - não chamaria ganho perder metade do seu batalhão.
- Como? O que aconteceu? – Exigi.
Ele não respondeu, caminhou a porta de toalha mesmo e disse a sentinela estacionada lá que nos interrompeu mais cedo, - leva-a a prisão.
Espera, - o quê?!
Virou-se a mim, - o que esperavas, que passarias a vida nesse bem bom, seus queridos irmãos e o sem honra do seu noivo certificaram que recebesses esse tratamento. Sua vida não vale nada para mim agora. Então porque te manter bem?
Bem? Filho da puta. Nervos borbulharam e doeu ouvir suas palavras, porque ele dizia a verdade, os meus condenara-me quando dispensaram tao deploravelmente ao lacaio. Não valia nada nesse momento mesmo, mas e a cena de antes, íamos fingir que nada aconteceu?
Certo que era isso que eu pretendia fazer, mas sua frieza doeu. Uau, incrível, Bruno nem perecia um lobisomem, impulsivo de sangue quente, ele era tao frio quanto os filhos da lua. Não sei o que doeu mais, sua rejeição, desprezo ou dos meus companheiros. Engoli a tristeza e encarei lhe como uma verdadeira Corvus, - quando será minha execução?
Ele parou, - quem falou em execução? O facto de sua vida não valer nada aos seus irmãos, não quer dizer que acabei contido general, seu inferno ainda nem começou vampira.
Desgraçado! – Seu maldito lacaio, - não cheguei nem perto do desgraçado porque o guarda estacionado fora entrou no quarto, aprisionou-me e com o aceno de Bruno levou-me para longe dele, comigo esperneando, coisa que pouco valeu, porque além de estar fraca devido a fome, tinha essas malditas algemas enfeitiçadas que punha-me mais fraca ainda.
- Para a área L. – disse Bruno fechando a porta na minha cara.
Recompondo as ideias parei de lutar e a sentinela largou-me, - para onde estás me levando? – Demandei altiva.
- Toca a andar. – Empurrou-me impulsionado a marcha.
Escolhendo minhas batalhas andei e priorizei as coisas, - preciso alimentar-me.
O guarda grosseiro gargalhou, - por acaso pareço-me com sua babá vampira? – Da maneira que ele cuspiu a palavra vampira evidenciou seu supremo ódio por minha espécie.
- Não. Mas aposto que seu alfa não vai querer saber que tornei vegetal por causa de fome, então aí como ele poderá castigar-me?
Silêncio. – Zair! – A sentinela gritou e um outro homem também grandalhão que nem meu sentinela veio ao nosso encontro, - arranje sangue para nossa vampira, estamos a caminho da área L.
Zair acenou e saiu do nosso caminho. Subimos um elevador diferente, pela falta de luxo comparado com o demais cedo, acho que esse era o comum, mas não deixava de ser impressionável. Descemos ao subsolo e as portas abriram para uma ampla sala escura.
Meu sangue congelou quando as luzes de detentor de movimento ascenderam. Sala de tortura. Era uma sala clínica com paredes em tons cinza, equipada com todo tipo de material imaginário de tortura, havia varias portas no fundo e celas em cada lado.
Todas celas vazias, sem um residente, mas o cheiro de sangue vampírico invadiu minhas narinas intoxicando meu sistema e vomitaria se tivesse algo no estômago. A sala estava limpa e podia sentir o forte cheiro de detergentes no ar, então a quantidade de vampiros que foram trazidos e sofrido aqui tinha que ser enorme.
Por Lunar... o que o conselho fez em negar meus apelos para investigar os desperecimentos dos vampiros civis nas ruas de Asta. Fiquei estática observando o cenário tirando de uma cena obscura de Saw, mas mais aprimorado, nós também tínhamos uma sala de tortura e não era bonita, das poucas vezes que visitei a masmorra onde ficava nossa sala controlei-me para não sair correndo, mas isto, isto era outro nível, nem os vampiros eram tao cruéis.
Que espécie de criatura era Bruno para permitir tamanho derrame de sangue inocente?
- Vamos. – Minha sentinela voltou a empurrar-me, quase tropecei ainda em choque, mas rápidos reflexos impediram-me de passar essa vergonha, perambulei no automático seguindo as instruções do sentinela conjurando imagens sórdidas do que Bruno faria comigo com aquele todo arsenal da sala de tortura.
***
A área L não era má, considerando o show de horrores da sua entrada, a cela que designaram-me era fechada, toda branca, clínica, com um lavatório, pia e cama solteira. Luz no telhado alto, 2 altifalantes em paredes opostas, um canal de ar com ar condicionado embutido no tecto e uma pesada porta de aço reforçado, com abertura pequena para comida entre outras coisas. Pequena, mas não desconfortável. Pelo menos não me deram um lugar sujo.
Depois que a sentinela deixou-me, 10 minutos mais tarde Zair apareceu com uma bolsa de sangue, não falou comigo, simplesmente bateu a porta de aço chamando minha atenção, abriu a pequena janelinha da porta e lançou a bolsa singela de sangue no chão, que eu corri feito uma cadela para apanhá-la e sugar seu conteúdo, sem mesmo preocupa-me com envenenamento.
A fome era muita para detalhes.
/////////////////////////////////////////////////espero que estejam gostando ate agora!!!
nao esquecam de votar e comentar, :) (quero saber o que estao achando do livro ate esse ponto)
Foto: nao podia de ser nosso Alfa Male ;)
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A Maldição do Sol e Lua: Lua de Sangue
ParanormalInimigos mortais... paixão imortal Vampira Implacável Bianca, a chefe da guarda de Asta, é umas das vampiras mais corajosa e respeitada entre os do seu clã, não aceita derrota e nunca perdeu uma batalha. Vive, respira, e existe para exterminar l...