Capítulo 10: Condómino Luna Nova

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Christian, o motorista levou-me ao grande complexo que era o condomínio de Bruno em Osla, um tanto fora da cidade, a uns 10 minutos velozes de carro, no meio da mãe natureza, numa linda floresta, especialmente na alvorada. Uau, o lacaio estava bem servindo vivendo numa vila moderna dessas, diferente das paredes ancestrais do castelo de Asta.

Não que eu não gostasse da decoração gótica de Asta, mas faltava algo dentro daquelas frias paredes sombrias que eu não conseguia nomear, mas só de ver a colorida vivaz vila mesmo com os muros altos, dava para sentir o calor esquecido pelos vampiros. Paramos num grande portão vermelho com desenhos intricados de protecção e uma sentinela bem robusto veio ao nosso encontro.

Christian desviou sua atenção momentaneamente a mim e disse com um sorriso, - Bem-vinda ao condómino Luna Nova.

Condómino Luna Nova?

Interessante nome para um complexo moderno, porquê do nome, mas não tive tempo de ponderar porque a sentinela logo falou com Christian.

- Christian?

- Ale?

- Ouvi sobre o ataque.

- Notícias?

- A equipe ainda está no local.

Arfei temorosa e foi quando a atenção do lacaio desviou-se a mim. – Que que temos aqui? – Perguntou com desprezo sacando logo minha espécie.

- Prisão política. – Explicou Christian, - Sob a responsabilidade de alfa Bruno, que exclusivamente foi passada a mim. Ele ordenou que ela fosse trazida aqui e mantida em segurança até sua segunda ordem.

A sentinela olhou-me desgostoso pelas palavras de Christian, desejando que ele pudesse ter cinco minutos comigo, jogamos "quem encarra por mais tempo" até Christian chama-lo e pedir que abrisse o portão e rosnando, desgostoso a sentinela voltou a seu posto e deixo-nos entrar.

- Você não perdoa um bom desafio, sim?

- Como?

- Lobisomens odeiam ser desafiados com o olhar, sabes disso, sim?

- Sei. – Respondi altiva.

Christian gargalhou, - dá para ver porque alfa Bruno está interessado na senhorita.

Parei a respiração um momento. Ele o quê!?

- Vá lá, não me olhe com essa cara, sabes tao bem quanto eu que nosso alfa esta no mínimo balançado com a senhorita, e pelo que vi hoje, o sentimento é mútuo. – Minhas bochechas aqueceram e afundei na confortável cadeira. – Sem estresse, como disse, eu sou um túmulo e apenas sirvo os melhores interesses do meu alfa, apesar de não acreditares ainda, - piscou num sorriso leve que desconcertou-me, se eu não soubesse melhor, discutiria que esse motorista era um lobisomem. Eles eram tao... animais, mas esta criatura era tao brincalhona...?

- Quem é o você? – Demandei curiosa.

- E autoritária também. Deves estar a dar cabo da paciência do alfa.

Esbocei um sorriso petulante, - certo. Como já disse, meu nome é Christian, ao seu serviço. Sou o acompanhante real do alfa Bruno, seu serviçal, amigo, confidente e como podes ver, motorista nas horas vagas. Tudo que o alfa precisar. Minha vida é servi-lo.

Uau, quanta dedicação...

- Bruno é seu criador. – Afirmei, não perguntei, pela dedicação leal que ele tinha ao Bruno, só podia.

- Sim, ele salvou-me há muito tempo atras... - vagou, recordando com certeza da época que era humano.

- Salvo-te?

A Maldição do Sol e Lua: Lua de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora