Capítulo 14: Um Vislumbre de Bruno

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Primeiro medo tomou-me e depois desprezo pessoal por eu, Bianca, general de Asta deixar-me sentir medo daquela criatura asquerosa que eu tinha certeza que num mano-a-mano venceria ela cheio a zero, porque aquela horrenda criatura não tinha porte de quem sabia lutar, ou sujar suas perfeitas mãos, não, ela tinha capachos suficientes para fazer o trabalho sujo por ela!

Fiz menção de levantar e avançar a porta para enfrentá-la e ensiná-la uma lição que ela nunca mais ia esquecer. Raiva. Pura e absoluta raiva.

Mas quando a voz de Bruno chegou a mim parei um segundo querendo saber o que ele diria a demoníaca Thea-cheira-flores pelo que pela tinha aprontado comigo. Foi mais forte que eu, a antecipação de esperar para ver quais eram as cores verdadeiras de Bruno era desafiadora, pois a minutos estava pronta para entregar-me a um homem cujo seu povo literalmente jogou-me aos lobos.

Então, com um interno suspiro pesado refreie-me minha raiva e pus-me a escutar atras da porta para ouvir de uma vez por todas qual era a absurda verdade.

- O que deu em você para aprontar aquilo Thea!? – Sussurrou/gritou Bruno.

- O quê! Não fiz nada de mais. – Respondeu na defensiva Thea.

- Por favor irmã, sabes muito bem do que estou a falar, isso pode funcionar com seu marido, mas não te esqueças que entre nós não há treta!

- Isso tudo por conta daquela vampira, Bruno?

- Não tinhas direito de fazer isso, Thea.

- Ah, fala sério!

- Como!

- Não compreendo o porquê dessa tempestade toda por conta de uma vampira.

- Ela não é uma vampira qualquer, além de que eu não permito estupros na minha propriedade!

Thea soltou uma gargalhada alta, - hipócrita. Você deixa Theo fazer o quê quer com Marcelina, que é uma dama, e filha de um ancião para completar. E agora, porque eu decidi brincar um pouco com essa vampira, vens com esse papo. Eu, é que digo, chega de treta, irmão.

Arfei do outro lado. Marcelina era... então era por isso que ela vivia assutada e aterrorizada. Dor e nojo tomou conta de mim por conta de eu ter deixando um homem que permite que coisas horrendas dessas aconteçam na sua propriedade tocar-me tao intimamente.

Afastei o ouvido da porta, mas algo mandou-me voltar a escutar.

- A questão não é essa. – Disse Bruno sério. – Não tentes desviar o assunto, sabes muito bem que erraste.

- Errei? E o que Theo faz está certo? – Perguntou descrente.

- Não. Mas Theo tem controlo do que acontece com Marcelina. Vashti é de Theo, sabes melhor do que ninguém como funciona os jogos de poder.

Thea bufou. – Claro. Poder. Contigo é tudo sobre poder, não é Bruno? Então diga-me onde a vampira entra no seu majestoso jogo de poderes?

Travei a respiração a reposta, - ela é uma prisoneira política. – Disse como se isso respondesse a tudo. - E quanto aos meus jogos de poder, Thea, esses são assuntos internos, e pelo que sei, já não fazes parte do clã a bom tempo, pertences a Lotheo, então o que fizeste ontem foi grave demais, além de impor suas ordens às minhas sentinelas, foste contra minhas regras!

- Uau, quanta ferocidade em defender seu poder irmão, não te esqueça quem suporta esse seu reinado.

Um minuto de silêncio.

A Maldição do Sol e Lua: Lua de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora