Capítulo 21: Esperança

3K 306 43
                                    


Bianca não sabia para onde a levavam, era só arrastada de corredor a corredor que mais pareciam túneis de casa de terror, mas não disse um pio sequer e nem reclamou ou choramigou mais, estava aterrorizada e destroçada, não acreditava que a tão glorificada, Inderrotável Bianca iria terminar assim, feito uma mera escrava, prisioneira vampira.

Foi bem feito por ter confiado em alguém como Bruno e sua horda, se seu próprio clã, seus irmãos a traíram, que diria os lobisomens, e agora ela estava perdida, abandonada e para piorar, de coração partido.

Não existia final mais infeliz.

Não sabia quais eram os planos de Marla com ela, mas quanto mais aproximavam-se do calabouço, mas arrepiada ficava ao escutar os gritos, lamúrias, choramingo, pedidos de clemência e loucura do lugar, não via nenhum prisioneiro, pois a portas tapavam todo sofrimento dos residentes da celas e o facto de só ouvir a pôs mais angustiada.

O que acontecia com ela...

Seguraria as lágrimas nos olhos marejados até estar sozinha, se é que tivesse um tempo sozinha. Até este ponto de sua eternidade, essa foi a pior experiência que havia vivido, sentiu algo que nunca tinha sentido antes: derrota. Perdeu completamente a força de lutar, mal esperava pelo fim do pesadelo.

Finalmente chegou ao seu destino, uma porta pesada de metal foi aberta e ela jogada adentro e trancada, ficando sozinha no perpétuo escuro, sem um fonte de luz, e seus braceletes mágicos não estavam a ajudar, mas pode ver que o quarto era de tamanho médio, possuía um único colchão no duro chão frio, sem lençóis ou almofada e uma tigela de ferro suja no canto.

Sentindo-se um cão, sentou-se no colchão cansada emocionalmente e fisicamente, seus braços rodearam o corpo tentando acalmar o tremer, os joelhos no peito, sem esperança, derrotada e magoada.

Passou várias horas naquela posição chorando silenciosamente, ouvindo o sofrimentos dos outros, o que estava levando lhe a loucura até que a pesada porta abriu-se e uma sentinela robusto entrou, seus sentidos saltaram a vida.

Por mais que quisesse morrer, seu instinto básico não deixava seu organismo sucumbir.

- Não! Soltem-me. - Gritou, tentando livra-se da sentinela.

Tentou lutar contra a sentinela, mas estava fraca demais para vencê-lo e facilmente foi dominada, foi arrastada por diferentes corredores dos que a levaram ao antigo calabouço repugnante, e com o coração na mão andou a sua morte.

A última porta abriu-se e notou o barulho agressivo de ondas batendo em rochas. Seus nervos pioraram, mar, para onde estavam a levando? Foi aí que viu Bruno e sem querer, seu coração palpitou de esperança; ele veio buscar-me.

Não seja tonta!

Emoções tomaram conta dela e lágrimas voltaram a cair em seus olhos, se ele participasse de sua tortura ela não seria capaz de aguentar.

Não. Ele não seria tão cruel.

Cruel...

Ah, isso ele era!

Antes que seus medos se confirmassem, Bruno passou algo à sentinela que acenou e partiu os deixando a sós.

Bianca engoliu em seco e deu um passo atrás com medo do que acontecia a seguir.

- Bianca, eu vim busca-la. – Bruno simplesmente disse.

Bianca não podia acreditar no que estava ouvindo. Que tipo de psicopata era ele para brincar com seus sentimentos daquele jeito! Bruno aproximou-se dela, mas ela retraiu.

A Maldição do Sol e Lua: Lua de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora