Treino

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Ao abrir os olhos, sentia-se ainda muito melhor do que antes.

Os raios solares infiltrados nas finas cortinas da janela ao outro canto da cama que ela dormira.

Olhou para o teto, e para as paredes que a cercavam. Mal sabia onde estava, que lugar era esse? Ela reconhecia esse lugar, mas por quê?

Só lembrava de algo entrando no seu corpo, fazendo-a adormecer, e Sasuke a segurando. Nada mais lembrava.

Ela desmaiou, só sabia disso, nesse momento, sua cabeça ficou curiosa para saber onde estava.

Levantou com cuidado, analisando o apartamento que passara a noite. Viu até o criado-mudo, onde tinha um porta-retrato do time 7. Seria de Naruto? Não, muito arrumado para ser verdade.

Escorava as paredes, uma superficial lisa e suave. O guarda-roupa, se fosse, descobriria apenas pelos emblemas das vestimentas.

Abriu a porta de correr do guarda-roupa, quase caiu quando viu o emblema, era um leque. Vermelho e branco.

Conhecia aquele emblema em qualquer lugar. Uchiha. Por isso que sentira o perfume tão familiar. Porque era dele.

Fechou a porta, indo em direção ao banheiro, e nervosa. Fez sua higiene, indo no corredor cautelosamente, não sabendo o que veria.

Ela estava com fome, e muita fome, não sabe o que injetaram nela, mas uma forte fome a predominava.

— Você acordou — disse uma voz masculina na cozinha, sentado lendo um jornal.

Sakura arregalou os olhos.

— Há quanto tempo estou aqui? — Uma pergunta rápida, havia pensado em que palavras para dizer.

— Três dias, ou mais — respondeu.

Então, por isso que ela estava com fome, parecia que havia um buraco em seu estômago.

— Por que me trouxe para cá? Na sua casa?

— Hum. A casa dele é muito longe da sua — disse ele, sem olhar a Haruno. — Como a minha estava próxima, a deixei aqui.

— Você me deixou dormir na sua cama por três dias?

— Talvez, é o que está parecendo? — indagou ele arqueando a sobrancelha.

— Ah — ruborizou, desviando o olhar dele. — Hai, é o que está parecendo.

— Então, não pergunta — disse Sasuke sem paciência, com tantas perguntas, ficou irritadiço.

Ela sentou na cadeira em frente de Sasuke, viu uma xícara de porcelana vazia e a pegou.

— Você está se sentindo melhor? — disse ele abaixando o jornal para fitá-la.

Colocando o café amargo na xícara, ela assentiu, embora estivesse surpresa com a pergunta.

— Estou — “Sasuke preocupado comigo? Estou delirando, não estou?”, pensou.

— Você se lembra de alguma coisa? — indagou ele.

— Hã... eu... — se perdeu na imensidão daqueles olhos negros de Sasuke. — Não me lembro de tudo.

— Esperarei você lembrar — disse ele se levantando.

Ele esperaria ela lembrar? Por que ele mesmo contaria a ela? Seria errado?

— Por que esperaria? — indagou ela, receosa.

Sasuke a olhou.

— Kakashi disse para não apressá-la, além do mais, o que aconteceu é muito delicado... — disse ele virando o rosto e saindo da cozinha.

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