Especial Dia dos Namorados

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Especial Dia dos Namorados — Destinados

***-***

Ela tinha certeza de que não estava bem, na verdade, ela mal parecia se importar com este fato.

Sempre fora ela, uma mulher determinada, talvez inquieta interiormente, e serena ou pacífica quando atingira o auge da sua adolescência.

Não estamos falando de uma kunoichi qualquer. Ela julgava não ser qualquer uma. Ah, disso ela tinha certeza.

Quantas vezes já ouvira falar da sua força e da dua ótima atuação em batalha. Ela era uma kunoichi corajosa, porém...

Todos aqueles corajosos, sempre temem a uma coisa.

E era algo que ela não conseguia lidar muito bem. Mas, se ela tivesse com quem que pudesse conversar e compreender seria mais fácil.

Como esse mundo é pequeno.

De quem falamos? Falamos da tal temida, Sabaku no Temari. A kunoichi destemida e forte junto de seu grande leque, e também, o seu elemento chakra fuuton.

Ela tinha a grande consciência do pesadelo desde que ele entrou na sua vida. Ele entrou, dominou suas barreiras de forma leviana, despreocupado com as consequências — onde nossa querida Temari passou a maior parte da sua vida tentando detê-los —, porém, nem tudo é um mar de rosas para não dizer perfeito.

Ela havia ido a Konoha por ser convidada por Hinata e Naruto ao seu grandioso casamento do ano. E ela, bem, teve de ficar na casa do seu querido amigo, Shikamaru.

Ela o temia. Oh, sim. Temari temia Shikamaru por um motivo: Ela era perdidamente apaixonada por aquele moreno de olhos castanhos do clã Nara, da qual ela amaldiçoara de ser tão contrário dela.

Mas, como toda mulher, Temari sempre fora dura, e muito, mas muito difícil de se lidar. Se realmente ela gostava de fazer isso? Não, a Sabaku odiava, no fundo do seu coração.

Toda vez que a loira o via, sua vontade era de enchê-lo de beijos, agarrar aquele corpo másculo e certa forma, preguiçoso — que a atraía como imã. Ela gostava do corpo dele, ela adorava a preguiça dele, ela idolatrava as reclamações rotineiras dele e também, amava principalmente, seu ar intelectual.

Se de certa forma ela o queria, bastasse Shikamaru dar o primeiro passo. Porque Temari não o faria, já que a mesma achava que isso deveria partir do homem, e não da mulher. Se o seu mundo era quase perfeito, seria ainda mais perfeito se ele fizesse isso por ela. Não apenas por ela, mas sim, por eles.

*-*-*

Shikamaru andava entre as ruas de Konoha até a sua casa, vendo as nuvens cinzentas no céu aberto — não tão aberto assim —, e previu que logo choveria.

Aliás, esse acabara de voltar do QG do Hokage, ele estava tão exausto e cansado que mal sabia se iria comer alguma coisa ou não. Se é que ele estava com vontade para isso.

Toda essa confusão de nukenin, Darame, que quer Saku e Sakura, da quais Sasuke tem que proteger, Shikamaru já não entendia mais nada! Quero dizer, o moreno entendia sim, e melhor do que ninguém aliás, já que era ele o shinobi de confiança nas estratégias do Hokage.

Ele apenas fingia que não entendia. Shikamaru lá não era um bom ator.

— Que problemático — resmungou, olhando a porta de sua casa, e adentrando. Tirando seus calçados no genkan e andando para dentro da casa.

Pensando bem, Shikamaru era tão sozinho, porém ainda vivendo com a sua mãe — Nara Yoshino —, mas... depois do falecimento de seu pai, sua mãe não voltou a ser a mãe mandona e temida. E sim uma mãe amargurada, e sozinha na companhia do filho.

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