Preencher-se

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— Aceita as minhas desculpas, Mii-chan? — ele inquiriu.

Ayumi não teve outra reação, seu peito se retorceu e sentia tão feliz por vê-lo bem. Sua felicidade mal cabia nas suas palavras.

— Ayumi — murmurou Sakura, Teruo entregou as coisas para Saku, que estava ao seu lado desde o início.

Ele a abraçou tão forte, e com tanto carinho, sentindo tanta falta da sua irmã mais nova. Ela havia crescido tanto, mais tanto, que se arrependia de não ter visto Ayumi crescer com o passar dos quinze anos após aquele envenenamento.

— Não chore.

— Gomen-nasai — pedia ela, chorando nos braços dele. — Gomen... — suas lágrimas salgadas molhavam a camiseta do Satoru, mas ele não se incomodava. — Gom... men...

— Por que está se desculpando?

— Por não ter acreditado em você, por ter dito aquelas coisas, fui injusta... eu sinto muito — pedia, chorando muito, soluçava alto. — Desculpe por tudo, oniichan... deveria eu pedir desculpas, e não você.

Ela apertava o tecido da camiseta, enquanto chorava. O irmão apenas acariciava a cabeça da mais nova, sorrindo.

Sakura suspirou sorrindo, e direcionou um olhar para Sasuke. O olhar dele estava sereno, e ele fez um aceno de cabeça.

Teruo acalmava Ayumi, dizendo coisas dóceis e amáveis. A morena foi acalmando-se, e limpou as próprias lágrimas — agora, secas — e respirou fundo. Olhou para o irmão, e sorriu satisfeita e carinhosa.

— Então — Sakura iniciou, ao vê-los sorrirem. — Que tal jantarmos por causa desse encontro?

— Boa ideia — disseram todos, exceto Sasuke.

A Haruno sorriu, satisfeita.

(...)

No restaurante, ocorreu algo leve e muito caloroso como se fosse uma família reunida. Nem mesmo Sakura e Sasuke ficaram de fora, para os irmãos Satoru, o casal fazia mais do que parte da família após de tudo que fizeram por eles.

Aconteceu muito ciúme vindo de Teruo, por causa de Takeshi, o noivo de Ayumi. Mas, acabara dando certo no final, portanto, isso não impediu para que Teruo mandasse Takeshi fazer uma promessa para que cuidasse sempre de Ayumi não importasse a circunstância.

No final, fora do restaurante, Ayumi deu um abraço apertado em Sakura, agradecendo muito a rosada por ter trago seu aniki de volta.

— De nada — murmurou a Haruno, fazendo a morena sorrir.

— Ah... — Ayumi olhou para a amiga, e se aproximou da orelha da rosada, sussurrando: — Parabéns, viu. E vejo que está muito avançado seu relacionamento.

Sakura corou, olhando para o chão.

— Como sabe...? — murmurou, levemente corada, as bochechas queimavam. Não comentara nada sobre o relacionamento dela com Sasuke.

— Está... marcado — Ayumi sorriu de forma maliciosa, e deu uma piscadela, desvencilhando dos braços da rosada.

Sakura arqueou a sobrancelha, perplexa. Que Ayumi era aquela, afinal? “Marcado? Como assim?”, pensou.

A ficha caiu. Sakura enrubesceu até dos pés a cabeça. Ela mal sabia onde enfiar a cara! Queria cavar um buraco, e enterrar a cabeça de tanta vergonha que sentia.

Conscientemente, a mão delicada tocara o próprio pescoço, próximo na clavícula, mais acima. Havia uma marca roxa ali, sim, Ayumi se referia a um chupão.

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