Destinados

Quebra-cabeça

Sakura inclinou o rosto sobre o espelho, fitando sua imagem refletida.

Ela conseguia ver sua expressão cansada, e muito mal-tratada de seu próprio corpo que ansiava por um descanso. É isso o que ela teve.

Após uma semana, ela ensinou alguns ninjas médicos a curarem mais rápido, e também ensinando-os outros tipos de coisas de medicina. Kirigakure podia ser bom em criar espachins, mas era ruim na saúde local, por mais que a temperatura fosse úmida e fria, isso ajudava as pessoas ficarem doentes, e também terem algumas doenças respiratórias.

Passou a mão livre nas olheiras que se encontravam a baixo de seus olhos verdes. Fez uma careta.

— Estou péssima — constatou.

Havia tirado dois dias de descanso, a Mizukage viu seu estado crítico e achou melhor uns bons dias de descansos, pois viu o grande esforço que a Haruno fazia: saindo tarde do hospital, fazendo plantões de vez em quando; no que resultou numa grande exaustão.

Era uma manhã fria de Kirigakure, onde Sakura havia acordado cedo por notar que Sasuke não estava na cama. Era óbvio demais para se preocupar, Sasuke estava fazendo suas investigações ao redor de Kirigakure com ajuda de Takeshi.

O Uchiha estava levando a investigação a sério. Sasuke havia dito a ela, que tinha alguma coisa que o impedia de usar o Rinnegan para rastrear os chakras. Sakura temeu por ele, e algo dizia a ela que não era nada bom.

Sakura saiu do banheiro após fazer sua higiene pessoal, e procurou pela escova para pentear suas madeixas róseas desgrenhadas.

Havia um pequeno cartão embaixo da escova ao ela ter pego esta. Com cuidado, Sakura apanhou o papel entre os dedos, e tentou reconhecer a letra legível e feminina.

“Yo, Sakura-chan!
Gostaria muito que viesse aqui, em minha casa, sabe que será bem-vinda sempre, por mim e pelo Takeshi-kun. Já que estará de folga, poderia dar uma passadinha para conversarmos, já que esteve tão ocupada com seu trabalho. Estou enviando pelo Sasuke-san, fiquei com vergonha de pedir pessoalmente a ele, ele me dá certos calafrios!
Arigatou pela atenção,
Satoru Ayumi”.

Sakura havia esquecido completamente do convite de Ayumi. E realmente Sasuke havia entregado o bilhete.

— Ah... é mesmo — murmurou Sakura indo pentear os fios róseos, sentando-se na beirada da cama. Ao sentar, pôde sentir o perfume que emanava naquele lugar da cama.

Sasuke.

Ela sorriu só de lembrar a mão de Sasuke sobre a sua, sabendo que ele estaria ali para protegê-la, mas como discípula de Tsunade, era algo inadmissível.

Sakura não era a mesma Sakura. Ela era mais forte, não um peso morto na equipe. Ficar sendo protegida pelos outros é algo que machuca o ego de uma pessoa que quer superar os desafios.

Veem-se deixam?

Sakura bufou.

Realmente, ela jamais entenderia os motivos de Sasuke a protegendo com a vida, mas, por outro lado, tinha um pouquinho dela que adorava o lado protetor do Uchiha. E o outro lado, queria esganar aquele Uchiha insensível de querer intrometer na sua vida, na hora errada, e que ainda carregava raiva e angústias àquele rapaz que a fizera sofrer ao abrir seu coração a ele.

Isso jamais irá acontecer novamente. Haruno Sakura não vai se entregar aos sentimentos outra vez. Acontecera o mesmo que Hideo... ela começou a gostar dele, mas... quando soube o caminho do mau que ele se envolvia, seu mundo ficou abalado e na escuridão.