Rastros

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Ao amanhecer, Sasuke abre os olhos automaticamente ao ver os raios solares em seu rosto.

Mas o que o seu rosto não havia notado, era o rosto de Sakura próximo ao seu. As costas levemente arqueadas, com as mãos um pouco cerradas, com a coberta até seus ombros.

A respiração controlada, os olhos serenos fechados, os lábios entreabertos anunciando seu sono profundo. Os cabelos róseos esparramados sobre o travesseiro... ela se tornava uma mulher delicada sobre a luz do Sol.

Ele estranhou. Estranhou pelo fato dele estar a observando. Se era problema? Não havia certeza sobre isso. Ela era uma mulher, bonita com certeza. Mas... seria por acaso uma que lhe chamasse a atenção?

Tentou ignorar a todas aquelas perguntas que lhe veio a mente, as julgou desnecessárias, e tolas.

Levantou-se, passando a mão nos cabelos negros, andando pelo local. Foi ao banheiro, tomou um banho relaxante de água quente, e voltou para o quarto secando o cabelo.

Sakura já não estava na cama, ela estava sentada olhando a janela.

— Ohayou, Sasuke-kun — disse ela virando-se para ele, dando um sorriso dócil nos lábios.

A dimensão que eles conviviam juntos, os tornavam cada vez mais íntimos, como ela sempre foi em relação a Naruto.

Por que ele tinha vontade de tocar no rosto dela de jeito carinhoso?

Quando ele ia tentar responder ao seu cumprimento, algo chamou a atenção da rosada.

— Olha lá! — apontou Sakura. Sasuke correu até a janela, avistando um taka de Konoha.

A ave voou até a janela aonde o casal esperava. Pousou no braço de Sasuke, onde o Uchiha tirou o pergaminho dentro do recepiente que a ave carregava.

— Kakashi-sensei demorou, hein? — riu Sakura. O Uchiha arqueou a sobrancelha.

— Isso não tem graça — murmurou. Ela revirou os olhos.

— Você é tão sem sal, sabia? — indagou ela o encarando. Ele ignorou o comentário.

— Humpf — Sasuke agradeceu a ave, que por fim desapareceu.

— Vou tomar banho, tenho uma missão longa para ser cumprida — disse Sakura se afastando dele, passando os dedos sobre os fios róseos desgrenhados.

Após a porta ser fechada, Sasuke pôs-se a ler o pergaminho de Kakashi em silêncio.

No entanto, a resposta do Hokage o deixou surpreso. Shinobis de Konoha passaram pelo mesmo, tendo aquele momento em que vários chakras e sua dissipação simultânea. Era intrigante, deixando-o atiçado a descobrir o que fora aquilo.

Kakashi havia lhe dito também, que Sai e ele pensaram que seria outro grupo de nukenins. Sendo aqueles que foram presos em Konoha eram grupo de Hiruka.

Seria mesmo isso? Será que só ele e Sakura sentiram aqueles chakras? Se Hayato era um shinobi, ele não deveria ter sentido? Há coisas muito erradas nessa história...

*-*-*

O trio Ino-Naru-Sai olharam os shinobis sentados em troncos de árvores ou no gramado da floresta. Era a fronteira com o País da Água, o grupo de pesquisa estavam anotando coisas enquanto a outra metade do grupo estava fazendo vistoria pela fronteira.

— Hokage-sama nos enviou até aqui — disse Sai, aos homens que permaneciam ali.

— Que bom — sorriu um dos shinobis. Levantou o óculos que deslizava de seu nariz e olhou seriamente. — Vocês ficaram sabendo também?

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