Konohagakure
Sentiu olhares — mesmo que virtuais — sobre si. Aquilo tampouco o incomodou, mas não disse nada, apenas deu um aceno de cabeça.
Havia satisfação, era o que Kakashi deduziu ao ver o rosto tranquilo de cada um dos kages pelos monitores.
— Muito bem, Hokage-sama — começou a Mizukage com um sorriso nos lábios rosados. — Permito-me dizer que o trabalho foi satisfatório e também muito atencioso para com os ex-shinobis que precisavam de ajuda, porém, ninguém os deu — passou a língua nos lábios. — Concordo em que isso possa continuar, quem sabe isso não se torne uma organização atenciosa e muito colaboradora para os ninjas dos quais nos desprezam e tentar trazê-los ao nosso lado?
— É uma proposta interessante — Kakashi disse, com as mãos em frente do rosto. — Talvez isso possa ser uma boa ideia.
— Tenho certeza de que não são todos que possam contribuir — Gaara disse. — Há nukenins perigosos, que jamais partiriam ao nosso lado. É algo irreparável para casos como ninjas que desertam de suas vilas por ideais contrárias a nossas ou até mesmo... insatisfação.
— No caso... de Matsumoto Hiruka — complementou Oonoki, Kakashi também pensou o mesmo. — Mas, no caso do Book Bingo, não há nada a ser feito, se caso nossos ANBU derem a escolha deles entrarem em um acordo, é certo de que fugiriam na primeira oportunidade que tiverem.
— Partir para o nosso lado? — Raikage indagou. — Isso soa como se nós fôssemos ditadores. Desculpem, essa coisa de entrar no Book Bingo, é por crimes cometidos. Se caso o tal nomeado “nukenin” tiver algum crime feito, a morte lhe parece certa, não há porque deixar soltos, se há risco de acontecer a mesma coisa duas vezes — deu uma batida forte na mesa. — Eu que não peço para isso acontecer!
“Se ver por esse lado...”, Kakashi pensou enquanto abria e fechava suas pestanas.
— Feitos para matar, feitos para fugirem. Sem dó. E piedade — Ay parecia soletrar. O Rokudaime não deixou de perceber que o Raikage ainda tinha ressentimento pelo jovem Uchiha.
— Pessoas podem mudar, Raikage-sama — Mei Terumi disse com suavidade. — Eu acredito que possam sim, se caso darmos apoio e recebam a atenção que precisam, é questão de tempo para que mudem de opinião.
— Se caso não sabe — resmungou Kira A. — Nukenins não são crianças. Apoio e carinho? Estão de brincadeira, que nukenin queira algo desse tipo de tratamento. Estamos bancado de ridículos para querer algo desse tipo! Não devemos fazer pela vontade deles!
Gaara estava com a mão no queixo, pensativo. Oonoki só observava, enquanto Kakashi tentava formular algo.
— Crianças... — o ruivo murmurou, fazendo os demais kages olharem-no.
— Hã? — inquiriram.
— Talvez, crianças possam ter o apoio e atenção que precisam.
Inconscientemente, Kakashi deixou-se de sorrir pela inteligência de Gaara.
— No que diz, Kazekage-sama? — indagaram Oonoki e a Mizukage. O Raikage já estava ficando um pouco farto desse problema e da conversa.
— Muitas das pessoas foram moldadas por sua infância, tendo algum tipo de ambição para que pudessem se desviar do caminho “certo” — Gaara respondeu. O Hakate teve um lampejo no olhar, sorrindo.
Então, Gaara pegava como si mesmo de exemplo.
Interessante.
— Se pudéssemos arranjar alguma coisa em que as crianças pudessem ser tratadas e tendo uma infância normal — o Sabaku sorriu de lado. — É provável que sua alma jamais corrompa-se.
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Destinados
FanfictionEla nunca se assegurou de que ele voltasse, certamente, ela estava à beira de desistir depois de tanta rejeição e desinteresse do amor que sentira por ele. Mas se por alguma razão o destino o deixassem juntos por algum motivo? E que eles mesmo tenta...