Confiança traída

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Sakura sentiu seus cabelos sendo tocados por dedos suaves e ao mesmo tempo pesados. Suas mãos estavam agarradas ao lençol.

— Hey, Sakura-chan — disse aquela voz que ela conhecia muito bem.

— Na-naruto? — sussurrou rouca e sonolenta. Queria encontrar os olhos azuis do Uzumaki, mas seria difícil, já que suas orbes estavam escuras, e os cabelos não eram loiros, e a pele não era bronzeada.

— Ohayou — sorriu. Sakura levantou o corpo. — Você precisa levantar.

— Sasuke-kun... levou Ayumi-chan? — indagou ela esfregando os olhos.

— Levou, e Shikamaru está cuidando dela agora — explicou Naruto. — Agora sim, todos os kages ficarão furiosos, dattebayo.

A rosada sentiu um arrepio passar pela sua espinha. O modo que Naruto disse, seria algo mais destruidor do que parecia.

— Sakura-chan, acho melhor não demorar, porque o cara vai subir lá em cima para descobrir o que aconteceu com a Ayumi — começou. — E se for a última a levantar, ele vai suspeitar de você.

Ela assentiu, e se apressou em arrumar-se. Guardando a kunai que pegara de Sasuke, dentro do short novamente. Passando as mãos nos cabelos, separando os nós. Lavou o rosto, e vestiu o jaleco.

Desceu a escada, logo avisando Kaori sentada no sofá, acompanhada de Yamada e Koji.

— Ohayou — disse a rosada. — Aonde está Miho?

— Ela demora, dependendo dos dias — disse Koji de braços cruzados. O rosto de Sakura se tornou frio.

Há algo de errado nessa história”.

— Venham senhores — disse a criada, levando-os para a mesa do café da manhã.

(...)

Sakura descansou os braços na mesa do laboratório, lembrando o estado de Ayumi. Como queria ela estar com Sasuke a esse momento que se sentia vulnerável.

— Senhores e senhoritas — alguém os saudou. Sakura sabia que era aquele homem. — Como passam esta tarde?

— Quer me mesmo que eu te responda? — desafiou a rosada sem olhá-lo.

Koji pigarreou. Kaori segurou o riso, enquanto Yamada continuava impassível.

— De qualquer modo a sua petulância, Sakura — começou o Líder. — Quem subiu ontem à noite no terceiro andar?

Silêncio. Ninguém ousou olhar para a rosada que se sentava lá atrás.

— Bem feito — ironizou Sakura, embora estivesse com grande dor no peito, e raiva com o homem que perguntava ali.

— O que disse? — indagou o homem.

— Eu disse bem feito! — repetiu Sakura levantando o rosto e o queixo.

Kaori colocou as mãos em cima da boca, se perguntava como Sakura conseguia ter essa coragem em respondê-lo.

— Sua insolente — disse o homem, indo em sua direção, e tocando seu braço, agarrando fortemente.

— Me largue agora, seu cretino — mandou Sakura se debatendo em dele tirar a mão de seu braço. O homem sorriu maliciosamente.

— Se não o quê? Vai me socar como sempre faz com seus inimigos? — indagou com desdém.

Ela o olhou com fúria, concentrou o máximo que pôde de chakra, fazendo bisturis de chakra com os dedos, e indo na pele do Líder. Nas marcas feitas no rosto, deslizavam sangue.

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