Fuga Explosiva

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No dia seguinte, Sakura se arrumava para seu próximo dia. Penteava as madeixas roséas com os dedos, desfazendo os nós feitos, enquanto olhava seu reflexo no espelho do banheiro.

A silhueta displicente e taciturna, encostou-se na parede em frente à pia e ao espelho, onde Sakura estava. Ela o olhou, enquanto terminava de desfazer os nós.

Sasuke estava com a toalha na cintura, os fios negros molhados, as gotículas desciam pelas madeixas grossas e escuras, e no corpo másculo, alvo, e forte. O rosto dele estava impassível, o mesmo de sempre, porém, lindo.

— O que foi? — ele inquiriu.

Sakura suspirou, ao terminar de pentear.

— Fico preocupada — ela murmurou, olhando para o chão. — Não vi Saku ontem, e nem mesmo na floricultura... de manhã, ela havia ido para ver Teruo... — começou a dedilhar a pia de mármore. — Será que ela...?

Sasuke suspirou.

— Bem, se ela sumir, isso já não é problema seu — ele comentou. — Aliás, ela não está solta condicionalmente, daqui a pouco, o Kazekage pode prendê-la a qualquer momento em que vê-la liberada.

— Mas a minha obrigação era cuidar de Saku — ela murmurou. — Se ela sumir ou não, é meu problema sim.

— Você que quis aceitá-la — ele disse, enquanto se afastava da parede oposta.

— Eu a aceitei por causa do Selo, se isso não fosse caso, eu não... — parou no meio da frase.

Sakura não pensou nisso. Só por causa do Selo. Saku não deveria estar presa?

— Se isso não fosse o caso, Saku ainda permaneceria presa.

A rosada cruzou os braços.

— Não... é claro que não. Eu não a deixaria em Suna nem por nada.

— Você arranjou mais problema, Sakura — o Uchiha murmurou. — Ela não largará de Teruo tão cedo. Ninguém poderá impedí-la.

— Eu sei disso — e sabia disso mais do que ninguém. Será que Sakya saberia sobre isso? — Sasuke-kun...

Ele já estava na porta, e virou-se para olhá-la.

— Hun?

— Por acaso... — ela o olhou. — Você tem alguma previsão do que possa acontecer a partir de agora?

— Por que está me perguntando isso?

— Eu... — colocou a própria mecha de cabelo atrás da orelha. — Eu estou com um pressentimento ruim, e não me sinto bem com isso.

Sasuke ponderou.

Sempre quando Sakura dizia sobre isso, era porque algo mesmo está para acontecer. Era raro ela dizê-lo, mas também quando dizia, sempre acontecia.

— O que você quer que eu faça?

— Eu não sei — respondeu. — É como se... algo tivesse sido arrancado abruptamente de mim — encostou na pia. — Eu tenho medo sobre isso.

O moreno assentiu, e caminhou até ela.

— Bom, se isso é o caso — segurou o rosto alvo e delicado dela com os dedos. — Não deixe que isso aconteça, de forma alguma. Se são importantes para você, nunca deixe de protegê-los.

Sakura ficou na ponta do pé, entrelaçando seus dedos. Tocando os lábios dele com os seus, segurando no ombro largo dele com a mão livre.

— Você é importante para mim, Sasuke-kun — sorriu Sakura durante o beijo.

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